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Gilberto Ururahy

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Especialista em medicina preventiva
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08 de Maio: Dia Mundial da Conscientização sobre o Câncer de Ovário

Câncer de ovário é uma doença grave, silenciosa e requer prevenção ampla

Por Gilberto Ururahy
Atualizado em 8 Maio 2023, 11h20 - Publicado em 8 Maio 2023, 11h15
Médico segura um utensílio que reproduz o corpo humano.
Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de ovário ocupa a 19a posição entre os tipos mais frequentes de câncer. (Shutterstock/Reprodução)
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Esta segunda-feira, 08 de maio, é marcada pelo Dia Mundial da Conscientização sobre o Câncer de Ovário. A data faz parte do calendário para servir de alerta à prevenção de um dos tipos de câncer mais comum entre mulheres: é o oitavo câncer mais incidente e a segunda neoplasia ginecológica mais comum.

Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de ovário ocupa a 19a posição entre os tipos mais frequentes de câncer. Segundo o INCA, em termos de mortalidade no Brasil, ocorreram, em 2020, 3.920 óbitos por câncer de ovário, equivalendo a 3,62 mortes para cada 100 mil mulheres.

O cenário para os próximos anos, infelizmente, não é nada favorável. De acordo com o documento “Estimativa 2023 – Incidência de câncer no Brasil”, do INCA, o Brasil deve registrar cerca de 700 mil novos casos de câncer por ano, entre 2023 e 2025. Ou seja, mais de dois milhões de brasileiros serão diagnosticados com um novo tumor no próximo triênio, sendo 7.310 novos casos apenas de câncer de ovário ao ano, correspondendo a um risco estimado de 6,62 casos novos a cada 100 mil mulheres.

Na fase inicial, o câncer de ovário pode não apresentar sintomas. Já nos casos mais avançados, os sintomas mais comuns são: inchaço abdominal persistente, dor pélvica ou abdominal, dificuldade para se alimentar, perda de peso, alteração do hábito intestinal (constipação ou diarreia), sensação de saciedade e alterações urinárias.

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O câncer de ovário ocorre, predominantemente, na pós-menopausa. A carga genética não pode ser desconsiderada: mulheres com histórico familiar de câncer de ovário em parente de primeiro grau apresentam risco três vezes maior para o desenvolvimento da doença. Casos de câncer colorretal e de mama na família também estão associados a um risco aumentado de câncer de ovário. Outros fatores reprodutivos e hormonais são considerados de risco, como menarca precoce, menopausa tardia, terapia de reposição hormonal e uso prolongado de contraceptivos orais, por exemplo.

Além disso, sobrepeso e obesidade estão diretamente associados a aumentos do risco. Por isso, um estilo de vida saudável é fundamental na prevenção não apenas do câncer (a ciência já mapeou 14 tipos que estão diretamente vinculados ao estilo de vida pouco saudável), mas de muitas outras doenças também.

Noites de sono reparador, alimentação saudável, prática de exercícios físicos, consumo moderado de álcool e distância do tabagismo são comportamentos fundamentais neste sentido. A eles, soma-se, por fim, a regularidade nos exames de saúde, poderosos aliados na prevenção de doenças. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 90% de tumores, por exemplo, têm cura, desde que detetados precocemente.

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O diagnóstico do câncer de ovário é feito através de exames ginecológico e de imagem, como ultrassonografia transvaginal, ressonância ou tomografia de pelve. Portanto, mantenha seus exames preventivos em dia.

Saúde é prevenção!

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, desenvolveu a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França, Conselheiro estratégico da ABRH-Brasil e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde (editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-up.

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