O MAM Rio, uma das instituições culturais mais relevantes do País, se une a milhares de organizações em um grande movimento para incentivar a solidariedade e a doação no Brasil. O museu lançou uma campanha para doação do Imposto de Renda de pessoa física até o dia 31 de dezembro. É fundamental criarmos a cultura de doação via PF, ainda pouco difundida, que contribui diretamente para a sustentabilidade das instituições impactadas pela crise sanitária, econômica e política, que desafia o setor cultural. A Lei Federal de Incentivo à Cultura possibilita que estas doações sejam abatidas do total do imposto devido: é possível direcionar até 6% para projetos ou instituições que conhecemos, acreditamos e escolhemos apoiar.

Venho regularmente afirmando nesta coluna que os museus contemporâneos são importantes aliados na restauração, não só da economia, mas também da sociedade como um todo. Portanto, a iniciativa privada e a sociedade civil podem (e devem) ser grandes apoiadoras da arte e da cultura, que promovem o desenvolvimento social, bem como saúde física e mental.

Em recente reunião sobre o tema no MAM Rio, a diretora de relações institucionais do museu, Lucimara Letelier, com quem temos construído as estratégias junto a empresas e pessoas físicas, observou que a pandemia gerou um impacto imenso na redução das receitas dos espaços de cultura e nos apresentou uma análise importante que reproduzo aqui, em aspas dela:

“Um relatório do Network of European Museum Organizations (NEMO) apontou que museus de locais turísticos na Europa sofreram uma redução de 75 a 80% de suas receitas.  E, ao mesmo tempo, têm sido alvo de grande procura por parte da população que busca acolhimento emocional, pela capacidade de abstração e empatia que a arte é capaz de produzir em um momento tão vulnerável da sociedade. Seja digitalmente, durante a quarentena, ou presencialmente após a reabertura, museus e instituições culturais têm se mostrado essenciais, cada uma a seu modo. Esperamos que pessoas doadoras e empresas patrocinadoras se sensibilizem e estejam também atentas à integração dos museus às demais causas de sua atuação em filantropia estratégica, investimento social privado e responsabilidade social corporativa“, diz Letelier.

De fato, nesse período em que empresas e pessoas físicas avaliam suas doações e decidem o financiamento para 2021, é fundamental a inclusão dos museus e espaços culturais em seus portfólios de filantropia. Além das exposições, estas instituições criam valor na vida das pessoas por meio de potentes programas comprometidos com educação, regeneração urbana e sustentabilidade.

No MAM, entendemos que empresas, fundações e pessoas físicas são aliadas na reconstituição da sociedade com segurança e inclusão. Os programas de Patronos, Colecionadores e Amigos partem exatamente deste princípio e trazem não apenas recursos financeiros para o museu, mas também a participação ativa de pessoas que têm a convicção de que a arte e a cultura são partes essenciais da potência de uma cidade e de uma nação. E Lucimara complementa: “Criamos inter-relações férteis entre estes doadores e os patrocínios corporativos, muitos deles conectados ao investimento social privado e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, além de suas ações de marketing”.

A doação é simples e rápida. Pessoas físicas que declaram pelo formulário completo podem deduzir doações de até 6% do Imposto de Renda devido, sem prejudicar a dedução de gastos com saúde e educação. Cada real doado se transforma em ações reais de acessibilidade, de inclusão e promoção da diversidade às quais o museu tem se mostrado ativamente atento.

Doar o seu IR para a cultura brasileira é um ato político. Participe! Para mais informações, acesse https://www.mam.rio/amigos-e-parceiros/doeseuir/.

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