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Fabiano Serfaty

Por Fabiano M. Serfaty, clínico-geral e endocrinologista, MD, MSc e PhD. Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Saúde, Prevenção, Tratamento, Qualidade de vida, Bem-estar, Tecnologia, Inovação médica e inteligência artificial com base em evidências científicas.

Medicamentos para ansiedade podem aumentar risco de demência

O uso prolongado de alguns medicamentos sedativos, comuns para ansiedade e insônia, pode aumentar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer

Por fernanda
Atualizado em 7 nov 2019, 16h55 - Publicado em 12 set 2014, 19h11
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O uso prolongado de alguns medicamentos sedativos, comuns para ansiedade e insônia, pode aumentar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer.

De acordo com um novo estudo, o uso regular destes medicamentos, classificados como benzodiazepínicos, que incluem medicações como Clonazepam (Rivotril), Alprazolam (Frontal), Diazepam (Valium), Bromazepam (Lexotan) e Cloxazolam (Olcadil) – está associado a um aumento de 51% no risco de desenvolver a doença Alzheimer entre as pessoas que usam estas drogas por três meses ou mais.

No estudo, publicado no BMJ-British Medical Journal, os pesquisadores analisaram seis anos de dados e observaram 1796 casos da doença de Alzheimer.

O estudo só foi capaz de encontrar uma associação entre as drogas e o risco de Alzheimer, ou seja não conseguiu provar uma relação de causa e efeito entre eles. Mesmo assim os pesquisadores dizem que os resultados sugerem que o uso de benzodiazepínicos entre os pacientes mais velhos apresenta uma grande preocupação para a saúde pública. Estima-se que 36 milhões de pessoas em todo o mundo atualmente sofrem de demência e as taxas da doença de Alzheimer continuam a crescer à medida que a população envelhece.

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Este não é o primeiro estudo a sugerir uma ligação entre o uso desta classe de drogas e o aumento do risco de demência.

“Os adultos mais velhos têm maior sensibilidade aos bezodiazepínicos e metabolismo mais lento para os agentes de ação prolongada. Em geral, todos os benzodiazepínicos aumentam o risco de déficit cognitivo, delirium, quedas, fraturas e acidentes em adultos mais velhos”, segundo um relatório da Sociedade Americana de Geriatria em 2012.

Os especialistas recomendam que os pacientes não usem estas drogas por mais de três meses. Os benzodiazepínicos podem ser altamente viciantes e seu efeito sedativo pode tornar muitos pacientes dependentes deles para dormir.

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A mensagem maior é que precisamos cuidar dos nossos cérebros e o primeiro passo é não fazer mal.

Fonte:

Benzodiazepine use and risk of Alzheimer’s disease: case-control study. BMJ 2014; 349 doi: https://dx.doi.org/10.1136/bmj.g5205
(Published September 2014)

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