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Por Fabiane Pereira, jornalista
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Meu coração diz teu nome, livro de Cris Lisbôa, é lição para todas nós

Gaúcha e criadora da escola de escrita "Go, Writers" acaba de lançar pela Rocco

Por Fabiane Pereira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 dez 2023, 09h46 - Publicado em 21 dez 2023, 09h31

Fui criança nos anos 80 e desde que aprendi a ler, minha mãe me presenteia em todo aniversário com, pelo menos, um livro. Lembro que no dia que completei 10 anos, fui com ela a uma livraria e sai de lá com dez livros, um pra cada ano de vida. Todos escolhidos por mim. Sou apaixonada por livros. Sempre morei em casas com estantes cheias – ostentação pra mim é isso. Os anos foram passando e os avanços tecnológicos inseridos em nosso dia a dia, a ponto do celular ter se tornado uma extensão do corpo da maioria de nós. Mas nada substitui, nada mesmo, uma boa leitura.

E Cris Lisbôa sabe disso. A escritora gaúcha, que também é criadora da escola de escrita Go, Writers, acaba de lançar o livro “Meu coração diz teu nome” (Rocco) que conta a história de duas irmãs gêmeas, praticamente idênticas. A única característica que distingue uma da outra é a mancha vermelha que uma delas carrega no rosto. Essa comovente história familiar me acompanhou durante os três dias de folga que passei na Bahia. Livros e Bahia, essa associação mais que provável, eu diria obrigatória.

 

Capa livro
(assessoria/Divulgação)

 

Cris é a rainha das frases que gostamos de compartilhar no Instagram. E nesse romance há muitas. Cris, como bem definiu a atriz Paolla Oliveira na orelha do livro, tem a capacidade ímpar de “explicar o impossível ou falar de forma profunda sobre nós e nossos sentimentos.”

De quais substâncias são feitas as opiniões que formamos? As minhas são feitas de frases poéticas como “aprender a ler pode levar a vida toda”.

No livro, a protagonista, a “gêmea manchada”, só passa a se incomodar com os minúsculos vasos sanguíneos entrelaçados como novelos de lã em seu rosto quando as pessoas no seu entorno, comentam, criam apelidos, sentem pena, tecem teorias ou são simplesmente cruéis. Se a gente é a partir do outro, a existência pode ser muito exaustiva. “Todas as vezes que me desgostei foi porque me deixei convencer de que a pele que habito não é digna de ser amada. Deve ser o que acontece com todo mundo que descabe”, filosofa a heroína criada por Cris.

Escrito em prosa poética, com parágrafos construídos em primeira pessoa, o livro mergulha na profundeza emocional da protagonista e no seu esforço descomunal em evitar que a sua voz seja abafada pelo que pensam que ela é. Uma bela lição pra levarmos para o ano que se iniciará nos próximos dias.

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