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Por Fabiane Pereira, jornalista
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No dia do radialista, a importância do rádio no Brasil

Para celebrar a data, 25 radialistas de oito estados diferentes lançam coletivo para valorizar o fazer radiofônico

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Atualizado em 21 set 2020, 13h28 - Publicado em 21 set 2020, 13h21

O profissional que trabalha no rádio é tão importante que temos (me incluo na categoria) dois dias comemorativos: hoje, 21 de setembro, e 7 de novembro. Durante anos, a data foi celebrada exclusivamente em 21 de setembro mas uma lei federal assinada em 2006 transferiu para 7 de novembro o dia que homenageia os radialistas. Com a alteração, passamos a comemorar a data nos dos dias e não se fala mais nisso. Quer dizer, se fala sim e se fala muito porque nosso principal oficio é falar. É denunciar as mazelas, é prestar um serviço à população, é propagar a cultura local, é formar novos ouvintes, é ajudar na educação e na formação do cidadão.

Todo dia ouço algum desinformado dizer que o rádio acabou. Quando estou com paciência, explico por quê o rádio jamais vai acabar (leia-se por “jamais”, o período que compreende a minha encarnação nessa existência). Quando estou sem paciência (na maioria das vezes), só reviro o olho. O rádio é um dos veículos de comunicação mais abrangentes e antigos do mundo e, no Brasil, sempre foi extremamente popular. E continua sendo mesmo em um cenário de crescimento das mídias digitais.

De acordo com a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, o rádio está presente em 88,1% dos domicílios, ou seja, são mais de 200 milhões de aparelhos convencionais no país. O rádio alcança nada menos do que 62 milhões de brasileiros e, desse montante, 89% dos ouvintes estão nas capitais e em suas regiões metropolitanas. O rádio é um veículo democrático (facilidade de acesso) e confiável (de fácil compreensão por parte da população) e essas são umas das causas que fazem o rádio ter números tão expressivos. Num país em que educação é artigo de luxo, informar-se pelo rádio é a única opção de milhares de pessoas.

 

Radialivres

Um coletivo de radialistas de oito Estados brasileiros se formou, no meio dessa pandemia, com o objetivo de trabalhar em rede para valorizar essa categoria que, muitas vezes, não é reconhecida como ferramenta importantíssima na engrenagem da cadeia produtiva da música.

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A intenção do Radialivres é difundir e propagar a música brasileira, trazendo à superfície nomes relevantes da produção musical contemporânea que não chegam as grandes mídias. O coletivo reúne nomes como os de Guga de Castro (CE), Luciano Mattos (BA), Marília Feix (RS), Mário Sartorello (DF), Patrícia Palumbo (SP), Patrick Torquato (PE), Roberta Martinelli (SP), Sarah Mascarenhas (SP), essa que voz escreve e muitos outros.

Determinados a, juntos, fortalecer esta categoria de trabalhadores, 25 profissionais trazem a diversidade como bandeira e chegam para reivindicar melhores condições de trabalho e a valorização do fazer radiofônico.

Além da música, outro conector do grupo são as lutas pelos direitos humanos: além de difundir a música brasileira, o coletivo pretende sustentar e endossar os espaços de expressão e representatividade das minorias que lutam pelas questões étnico-raciais, de gênero e acerca de toda diversidade que reivindica pela liberdade e dignidade de, simplesmente, ser o que se é.

Para saber mais, acesse www.radialivres.radio.br, siga o coletivo no Instagram @radialivres e acompanhe as ações do coletivo.

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