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Fabiane Pereira

Por Fabiane Pereira, jornalista Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

As paraenses Roberta Carvalho e Aíla dirigem projeto no Rock in Rio

A marca Natura é idealizadora da NAVE e convocou as duas artistas para comandar o projeto

Por Fabiane Pereira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 1 ago 2022, 21h31 - Publicado em 1 ago 2022, 21h30
Roberta Carvalho e Aíla, artistas paraenses que estarão no Rock in Rio graças a um projeto da Natura
Roberta Carvalho e Aíla, artistas paraenses que estarão no Rock in Rio graças a um projeto da Natura (Julia Rodrigues/Internet)
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Esta semana, uma fala minha sobre a falta de diversidade nas programações musicais das rádios, dos festivais e da cadeia produtiva da música, como um todo, viralizou graças a um post do Quebrando o Tabu. Ela faz parte de uma entrevista longa que dei pro podcast “Lançando a Braba” sobre minha rotina como jornalista e radialista. No trecho que viralizou, eu questiono a falta de representantes nortistas nos espaços de divulgação musical.

Pois bem…nesta mesma semana a Natura divulgou que marcará presença novamente no Rock in Rio. Em 2019, a marca criou uma NAVE cuja proposta era conexão entre presente e futuro. Para este ano, a intenção é fazer o público vivenciar uma experiência imersiva pensada para que todos possam sentir e se aproximar de uma Amazônia contemporânea, que inspira, transborda arte e cultura, é plural, feminina, fala em primeira pessoa, é ancestral e periférica.

Para dirigir o Coletivo Criativo NAVE, a marca buscou uma artista visual paraense, Roberta Carvalho, e assinando a direção musical, a cantora e multiartista também paraense Aíla. Ao criar uma conexão emocional com o público, a NAVE pretende desconstruir o estereótipo reducionista da Amazônia e construir novos olhares empáticos sobre a potência da região.

É importante desconstruir o imagético que, nós, sudestinos, temos das pessoas que habitam a região Norte do Brasil. Só através dessa desconstrução conseguiremos vê-los artistas e profissionais da região disputarem quaisquer espaços.

A NAVE criada pela Natura, marca que há quase 20 anos, através da plataforma de cultura Natura Musical, vem fomentando a cena musical brasileira, pretende encantar visitantes da Cidade do Rock com a abundância da Amazônia e gerar mobilização em prol do futuro do planeta.

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O Rock in Rio Brasil 2022 acontece nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro de 2022, no Rio (Parque Olímpico, Barra da Tijuca) mas o projeto vai extrapolar as fronteiras da Cidade do Rock e ganhar as ruas, as mídias digitais e se transformar em uma grande plataforma de comunicação, impactando o público em geral.

Para Roberta Carvalho, diretora artística da NAVE, o público vai se surpreender com a pluralidade cultural e riqueza da região, apontadas pelos olhares de dezenas de artistas. “Estamos construindo uma experiência imersiva que fala de uma Amazônia contemporânea, com uma narrativa poética audiovisual, criada a partir de obras de artistas amazônicos que pensam ativamente o agora, com imagens potentes, diversidade de linguagens e um projeto sonoro arrebatador”, conta Roberta.

E já que estamos promovendo os profissionais da região Norte do país, o projeto, NAVE, também contará com experiências imersivas e grandiosas que vão fazer o público mergulhar na região amazônica. Uma das atrações imperdíveis são as enormes projeções que vão do chão ao teto, trazendo a Amazônia em primeira pessoa sob a voz e ótica de artistas da região. Outra novidade será a presença da maior aparelhagem já construída por João do Som, criador das famosas aparelhagens Crocodilo, Tupinambá e reconhecido “arquiteto” que constrói as tradicionais esculturas famosas nas festas de tecnobrega do Pará. A aparelhagem terá um formato simbólico, de um barco, típico dos rios amazônicos, porém estilizado pelo olhar de Seu João, e vai transformar a NAVE em uma grande festa pulsante, dançante, contemplando apresentações musicais e diversas atrações que retratam a multiplicidade sonora da Amazônia: o som que nasce nas periferias, a música pop contemporânea e a tradição dos povos originários. Encontros inéditos, pensados especialmente para o barco-aparelhagem.

Tem espaço pra todo mundo e a música brasileira só é o que é pela sua diversidade. Então que saibamos promovê-la na prática e não apenas no discurso.

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