A psicodelia sonora de Bruno Morais
Os músicos Thiago França e Roberto Barreto e a atriz Julia Lemmertz são alguns dos colaboradores do novo álbum do artista

O cantor, compositor e produtor musical Bruno Morais tem dois discos e quatro EP’s lançados. Já em seu primeiro ano de carreira (2005) foi selecionado para representar o Brasil no concorrido laboratório de música, criação e tecnologia Red Bull Music Academy e desde então vem colecionando experiências e desafios musicais mundo afora.
Agora Bruno volta a ritualizar (“Música é feitiço, xamã e antídoto”, diz Bruno, “e gravar um álbum é uma espécie de rito”) com o álbum “Poder Supremo”. Os poderes transformadores da criação, dos sonhos e da imaginação são o substrato artístico da nova exploração do artista. O trabalho propõe uma experiência imersiva, na qual a música pode ser ferramenta de conexão com a dimensão onírica.
O artista contou com inúmeros colaboradores de diversos países em incontáveis sessões de gravação com o objetivo de construir uma sonoridade marcada pelo caráter coletivo. Entre os convidados estão a banda Bixiga 70, parceira de longa data de Bruno Morais, Juçara Marçal e Thiago França, da banda Metá Metá, a atriz Julia Lemmertz, as cantoras e compositoras Kika e Anelis Assumpção, a escritora espanhola Rosa Montero e ainda Roberto Barreto, guitarrista e um dos cérebros do BaianaSystem. O braço estrangeiro conta com nomes como Russell Elevado, que gravou e mixou clássicos de Erykah Badu, D’Angelo, Alicia Keys, badbadnotgood e Kamasi Washington, Leon Ware, lenda por trás de álbuns de Marvin Gaye, Michael Jackson, Minnie Ripperton, Ike and Tina e ainda Riley Mackin, vencedor do Grammy por “This is America” de Childish Gambino.
Numa atmosfera quase metafísica, a identidade visual do álbum também comunica. Cada uma das 17 faixas trata direta ou indiretamente de algum sentido de divindade, de conexão com o que transcende ou ainda com uma alguma consciência primitiva. Com concepção, produção e direção geral de Bruno e coprodução de Guilherme Kastrup e Maurício Fleury, “Poder Supremo” é um convite à imersão, à dança e ao rito, ao mesmo tempo em que é um chamado à necessidade de sonharmos e desenharmos futuros melhores.