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Por Daniela Alvarenga, médica, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia
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Djokovic: verdade ou consequência?

Tenista, que tentou entrar na Austrália sem comprovante vacinal, esqueceu que ninguém pode estar acima das regras

Por Daniela Alvarenga Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 7 jan 2022, 15h48 - Publicado em 7 jan 2022, 15h43

Ainda na escola aprendemos a Terceira Lei de Newton. Para toda ação sempre há uma reação. Como esquecer desta lição? O tenista sérvio Novak Djokovic talvez não tenha se lembrado disso ao se recusar a apresentar o comprovante de vacinação para disputar o Aberto da Austrália, uma exigência do país. Foi barrado no aeroporto de Melbourne e teve a permissão de entrada negada.

Ninguém pode estar acima da lei. Regras, se existem, devem ser cumpridas por todos. Quem é fã do esporte, como eu, sabe muito bem disso. Conhecido por ser um atleta disciplinado e extremamente comprometido com os resultados, o tenista surpreendeu seus fãs com a atitude e teve seu visto de entrada na Austrália cancelado, segundo o ministro da saúde australiano Greg Hunt.

O primeiro-ministro do país, Scott Morrison deixou claro que se ele não se vacinou deve apresentar provas aceitáveis, ou seja, razões médicas, de que não pode se vacinar. Segundo as notícias, o atleta alegou ter recebido permissão para entrar no país sem apresentar comprovante de vacinação. Para o pai dele, Srdjan Djokovic, “é direito pessoal de cada um de sermos vacinados ou não”. E nisso, ele não está errado – é um direito de escolha, embora eu seja a favor da vacinação para todos.

No auge da pandemia, ele passou a ser chamado de Djocovid depois que organizou um torneio beneficente sem qualquer distanciamento social e arquibancadas lotadas, onde quatro tenistas, incluindo ele, foram contaminados.

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Djokovic é o número 1 do ranking ATP. Sua presença em um torneio garante audiência, visibilidade, patrocinadores e a certeza de ver partidas emocionantes, entre outras vantagens. Certamente, sua ausência no Aberto da Austrália, que começa dia 17, tem repercussões negativas. Até lá, acredito, muitas bolas vão rolar e essa situação pode até mudar.

Se o tenista não está vacinado, como parece, já que se recusou a mostrar o comprovante, certamente estava ciente dos possíveis desdobramentos. É um direito dele escolher ser vacinado ou não. Mas, evocando mais uma vez os tempos da escola, é como naquela brincadeira clássica da adolescência: verdade ou consequência? Djokovic parece ter escolhido a segunda opção.

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