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Mostra no CCBB RJ traz piscina que não molha e fantasmas na sala de aula

“A tensão” de Leandro Erlich fica em cartaz até 7 de março; a exposição chega ao Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo em 13 de abril

Por Nádia Sayuri Kaku/CASACOR
Atualizado em 14 fev 2022, 10h30 - Publicado em 17 jan 2022, 10h00
A piscina de Leandro Erlich (Swimming Pool, 1999). Versão produzida para o museu argentino Malba.
A piscina de Leandro Erlich (Swimming Pool, 1999). Versão produzida para o museu argentino Malba. (Guyot/Ortiz/Veja Rio)

A partir de 5 de janeiro, o Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro apresenta a mostra “A tensão” do argentino Leandro Erlich. São obras de obras de grandes proporções, como barco e elevador flutuantes, janelas para jardins imaginários e até uma piscina em que o visitante pode ficar submerso sem medo de se afogar – características do trabalho provocador do artista, que ganha cada vez mais destaque no cenário da arte contemporânea.

O nome “A tensão” é sonoramente ambíguo: quem não lê pode ouvir “atenção” e traduz um dos sentimentos que Leandro propõe ao retratar espaços que estamos acostumados a ver no dia a dia, mas deslocados da condição de normalidade. “A obra de Leandro Erlich é estruturada no mecanismo da dúvida. O que nossos olhos veem está em desacordo com o que nossa mente conhece”, sintetiza o curador Marcello Dantas.

Piscina que não molha

A piscina de Leandro Erlich (Swimming Pool, 1999). Versão produzida para o museu argentino Malba.
A piscina de Leandro Erlich (Swimming Pool, 1999). Versão produzida para o museu argentino Malba. (Guyot/Ortiz/Veja Rio)

Sucesso por diversas cidades que já foi exposta, a obra “Swimming Pool” (piscina, em português) ganha espaço na rotunda do CCBB Rio de Janeiro e promete provocar diversas sensações tanto para quem entra nela – sem se molhar – quanto para quem está do lado de fora: uma camada de água entre um lado e outro cria a ilusão de que as pessoas ao fundo estão de fato mergulhadas numa piscina.

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“Classroom”: versão produzida para o museu argentino Malba. (Guyot/Ortiz/Veja Rio)

Outra obra desconcertante é “Classroom”: nela, quando o público adentra a sala, sua imagem é refletida num vidro, como se ele fizesse parte de uma cena diferente. Os visitantes ficam parecidos com fantasmas, como se estivessem numa sala de aula abandonada – as memórias de infância se projetam para um cenário de crise e de abandono.

“Classroom”: versão produzida para o museu argentino Malba. (Guyot/Ortiz/Veja Rio)
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A ideia de recorte visual sugerida pelas janelas aparece no trabalho “Blind Window”: paisagens fixas, situações imaginárias e inusitadas aparecem em objetos arquitetônicos ou decorativos, como uma janela ou um falso espelho num elevador.

Obra
Obra “Hair Salon”. (Guyot/Ortiz/Veja Rio)

Serviço – Exposição: “A tensão”

Quando: de 5 de janeiro a 7 de março. De segunda a quarta (exceto terça-feira), das 9h às 20h

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Onde: Circuito Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. Rua Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro – RJ

https://ccbb.com.br/rio-de-janeiro/

A entrada do público é permitida apenas com apresentação do comprovante de vacinação contra a COVID-19. O uso de máscara é obrigatório. O acesso ao prédio é livre, mas os ingressos para os eventos devem ser retirados na bilheteria ou previamente pelo site ou aplicativo Eventim. “A tensão” chega ao CCBB São Paulo em 13 de abril.

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