Apartamento de 98 m² no Rio ganha nova área social sem quebra-quebra
Projeto assinado pela arquiteta Fernanda Medeiros, do elenco CASACOR Rio de Janeiro, também manteve o piso original de tábua corrida
Depois de visitar um apartamento de amigos que havia sido reformado pela arquiteta Fernanda Medeiros, um casal na faixa dos 45 anos (ambos administradores de empresas, com dois filhos) se empolgou e decidiu renovar o apartamento onde já moravam, no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro, para melhor atender às atuais necessidades da família. E o melhor: sem quebra-quebra.
O projeto encomendado à mesma arquiteta está sendo executado em etapas e a primeira delas acaba de ser finalizada, contemplando somente a área social, que tem 98 m² e engloba sala, home office, lavabo, hall social e varanda. A próxima etapa será dedicada ao quarto dos filhos.
“Na área social, eles pediram uma sala de TV que acomodasse bem toda a família, um estar amplo para receberem confortavelmente parentes e amigos, um lavabo com visual ousado e um grande louceiro. Eles também queriam que a varanda fosse mais integrada à sala e que o home office pudesse ser usado como sala íntima da família, sem deixar de ser funcional”, conta Fernanda.
A arquiteta manteve o layout da planta da área social, já que seu formato original em Z permitia setorizar bem os ambientes e, ao mesmo tempo, integrá-los. Ela projetou um extenso móvel de marcenaria que percorre as paredes da sala de TV e de jantar, unindo visualmente os ambientes, ora servindo de banco (sob a janela) ora de rack (sob a tv) ora de buffet de apoio na área do jantar.
A madeira é, aliás, o principal elemento do projeto, presente não só no piso original de tábua corrida como também na maioria dos móveis e no acabamento da marcenaria desenhada pela arquiteta. Para equilibrar esse material “quente”, ela pontuou o décor com elementos em tons frios de azul, com destaque para o tapete de estampa geométrica, algumas almofadas, quadros, assento de cadeiras, adornos e o papel de parede do lavabo, trazido de Londres.
“O tapete trouxe um ar contemporâneo e jovem ao ambiente e ajudou a suavizar a presença de elementos clássicos, como a tábua corrida, o mármore Carrara e os móveis antigos”, avalia Fernanda.
“No geral, procurei valorizar objetos, obras de arte e móveis de boa qualidade que já faziam parte do acervo da casa, a exemplo da escrivaninha, a cômoda do século passado e as gravuras da botânica Margareth Mee, e mesclar tudo com peças contemporâneas, de design assinado, como o banquinho Mocho, de Sergio Rodrigues, o espelho de parede Chuva, de Leo Romano, e banco Neocloud, de Humberto da Mata”, exemplifica ela.