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Anna Luiza Rothier cria paisagismo na cidade com cara de casa de campo

Apesar de estar no Rio de Janeiro, este este jardim de mais de 3 mil m² ganhou um paisagismo com cara de casa de campo

Por Nádia Sayuri Kaku/CASACOR
Atualizado em 7 dez 2022, 10h54 - Publicado em 5 dez 2022, 10h00
Anna Luiza Rothier cria paisagismo na cidade com cara de casa de campo
(Fotos Denilson Machado / Produção visual Andrea Falchi/Veja Rio)

O pedido dos moradores para a paisagista Anna Luiza Rothier para esta área externa de mais de 3 mil m² foi um desafio: eles queriam um paisagismo com uma vegetação exuberante, com plantas muito altas, que se misturassem às árvores existentes, para que o jardim parecesse já existir há alguns anos. “Não queriam mudas pequenas para ficar esperando o seu crescimento”, diz a profissional.

Anna Luiza Rothier cria paisagismo na cidade com cara de casa de campo
No primeiro plano, palmeiras-fênix (Phoenix roebelenii), em diversos tamanhos, e liríope variegata (Liriope spicata) como forração. Obra de arte: escultura de Bob Cardim. (Fotos Denilson Machado / Produção visual Andrea Falchi/Veja Rio)

Apesar do terreno ser muito grande, tem um vizinho à direita e outro em frente à casa. Por isso, outra solicitação foi para criar privacidade, inserindo plantas extremamente altas e formando cercas vivas na frente e na lateral da residência. Também por esta razão, foram usados vários tipos de palmeiras e pleomeles, pois aceitam transplante já adultas, com cerca de quatro a cinco metros de altura.

Anna Luiza Rothier cria paisagismo na cidade com cara de casa de campo
Escultura de metal assinada por Franz Weissmann. (Fotos Denilson Machado / Produção visual Andrea Falchi/Veja Rio)

Das plantas originais, foram mantidas as grandes árvores. Os caminhos da entrada de automóvel e a circulação de pedestres tomaram novas formas e desenhos sinuosos para melhor circulação na área. O piso, onde passam os automóveis, foi feito de concregrama, que é uma técnica de grama intertravada onde podem circular os veículos.

Anna Luiza Rothier cria paisagismo na cidade com cara de casa de campo
(Fotos Denilson Machado / Produção visual Andrea Falchi/Veja Rio)

Foram cortadas diversas partes de taludes existentes no terreno para dar maior amplitude à área em torno da piscina. “Dessa maneira, foram criados estares separados no nível da piscina, onde podem ficar, de um lado, os pais com os seus amigos, e do outro, as filhas com a sua turma”, explica Anna Luiza.

Anna Luiza Rothier cria paisagismo na cidade com cara de casa de campo
(Fotos Denilson Machado / Produção visual Andrea Falchi/Veja Rio)

Entre as espécies utilizadas estão: Palmeiras veitcha (Veitchia merrillii), palmeiras-triângulo (Neodypsis decaryi), palmeiras-fênix (Phoenix roebelenii), vriésias (Vriesea), cicas (Cycas revoluta), ráfias (Rhapis excelsa), arecas-bambu (Dypsis lutescens), pleomeles verdes e variegatas (Dracaena reflexa), além de muitas trepadeiras como bougainvilles (Bougainvillea spectabilis), sapatinho (Thunbergia mysorensis), e alamandas (Allamanda).

Anna Luiza Rothier cria paisagismo na cidade com cara de casa de campo
(Fotos Denilson Machado / Produção visual Andrea Falchi/Veja Rio)

“Como o terreno é muito grande para uma casa de cidade, quis dar um ar de casa de campo. Acho que consegui com sucesso essa tarefa, pois a proprietária diz que todos da casa acham que estão passando férias fora do Rio! Os próprios convidados ficam impactados com a exuberância do paisagismo e as diversas áreas de lazer”, conta a paisagista.

Anna Luiza Rothier cria paisagismo na cidade com cara de casa de campo
A árvore funciona como uma escultura e foi coberta de epífitas, como rhipsalis, conhecido como cacto-macarrão, e barba-de-velho, que são pendentes e dão um ar diferente aos seus galhos. (Fotos Denilson Machado / Produção visual Andrea Falchi/Veja Rio)

Para forração, foram usados singônios (Syngonium podophyllum) e jiboias (Epipremnum), em áreas sombreadas, e lantanas (Lantana camara), convolvulus (Convolvulus arvensis) e pingo-de-ouro (Duranta erecta aurea) sob o sol pleno. Também foram usados diversos tipos de helicônias, plantas “parentes” das bananeiras, com flores tropicais belíssimas, bem como strelitzias.

Anna Luiza Rothier cria paisagismo na cidade com cara de casa de campo
(Fotos Denilson Machado / Produção visual Andrea Falchi/Veja Rio)

Também houve um cuidado especial devido ao terreno acidentado. Buscou nivelá-lo o máximo possível ou criar inclinações e escadas para facilitar o acesso. Um jardim vertical, ao lado do gazebo, foi feito no caminho para a sauna, ducha e banheiros da piscina.

Anna Luiza Rothier cria paisagismo na cidade com cara de casa de campo
(Fotos Denilson Machado / Produção visual Andrea Falchi/Veja Rio)
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