Perda de fios: você sabia que isso pode ter a ver com a Covid-19?
Victor Bechara, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, alerta para o problema em pacientes que já tiveram a doença
Um ano após a Organização Mundial de Saúde anunciar a pandemia, o número de infectados por COVID-19 no Brasil já passou da casa de 11 milhões de pessoas. Grande parte dos contaminados vem enfrentando uma série de sequelas. Entre as adversidades observadas, por homens e mulheres, no pós COVID-19, esta a queda de cabelo. O problema existe e é conhecido tecnicamente como Eflúvio Telógeno.
A patologia tem causas diversas, como doenças endocrinológicas ou autoimunes, deficiências de vitaminas e oligoelementos, doenças infecciosas agudas ou crônicas, o próprio estresse e até mesmo grandes cirurgias ou longos períodos de internação. O cabelo apresenta um padrão de crescimento em ciclo, no qual cada folículo, em conjunto, apresenta-se em uma fase desse ciclo, assim como em uma árvore.
“Pacientes têm apresentado essa queda dos fios até três meses após o quadro de Covid-19, independente da apresentação clínica inicial”, aponta o dermatologista Victor Bechara, membro da sociedade brasileira de dermatologia, que completa: “Febre, estresse metabólico e a inflamação decorrente no organismo podem gerar o aumento de níveis de cortisol e o desvio de nutrientes para áreas de maior prioridade para o organismo, como o sistema nervoso central , sendo a pele e os cabelos contextualizados como secundários neste cenário. Estresse, medo e ansiedade também estão relacionados ao problema”, finaliza o médico.