Panamá e Brasil: cônsul quer aproximar os países com cultura e negócios
Rubén Argüelles propõe fortalecer os vínculos bilaterais por meio de projetos conjuntos nas áreas criativa e institucional

No coração de Ipanema, em uma cobertura que funciona como escritório e residência oficial, com vista para a Lagoa, para o mar e para o Cristo Redentor, o panamenho Rubén Argüelles vem transformando o cenário diplomático carioca desde sua chegada ao Brasil, em 25 de outubro de 2024. Aos 38 anos, libriano, flamenguista e apaixonado pelo carnaval — com destaque para sua admiração pela Acadêmicos do Salgueiro —, ele traz uma proposta clara: estreitar os laços entre o Panamá e o Brasil por meio da cultura, da educação e do comércio. Descontraído e ágil em criar conexões, rapidamente captou o estilo dos cariocas.
“Minha missão, confiada pelo Presidente da República do Panamá José Raul Mulino, é promover os vínculos culturais, educativos e comerciais entre nossos países”, afirma o cônsul, que assume pela primeira vez o posto de cônsul-geral. Natural da Cidade do Panamá, Rubén cresceu cercado pela influência marítima de seu país — líder global em abanderamento de navios e um dos maiores hubs logísticos do mundo, graças ao Canal do Panamá. “Somos referência internacional em assuntos marítimos. Nossa marinha mercante é a maior do mundo, com segurança jurídica, competitividade e eficiência”, destaca.

A residência oficial do cônsul já se tornou ponto de encontro de personalidades brasileiras. Recentemente, ele recebeu o filho da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, reforçando seu compromisso com o diálogo plural. “A gastronomia e o clima aproximam muito nossos países, e isso facilita uma conexão espontânea entre os povos”, comenta.

Com um estilo leve, acessível e diplomático, Rubén Argüelles aposta no relacionamento humano como principal ferramenta de trabalho. “A diplomacia começa na escuta e se constrói com confiança. É isso que quero fazer aqui no Brasil.”