Mudanças na orla: apps de entrega viram dor de cabeça para a prefeitura
Ao enfrentar uma avalanche de críticas ao decreto que endurecia regras nas praias, prefeito Eduardo Paes decidiu recuar em alguns dos pontos mais polêmicos

Ao enfrentar uma avalanche de críticas ao decreto que endurecia regras nas praias da cidade, o prefeito Eduardo Paes decidiu recuar em alguns dos pontos mais polêmicos. A venda de bebidas em garrafas e copos de vidro continuará liberada para quiosques, e a música ao vivo segue permitida, desde que respeite limites previamente definidos.
As barracas também poderão vender drinques e manter nomes próprios, mas terão de seguir um novo padrão visual.
A decisão foi anunciada nesta terça (27), após reunião entre representantes da prefeitura e trabalhadores da orla. No dia anterior, ambulantes realizaram um protesto em frente ao Copacabana Palace, cobrando mudanças no texto.
Entre os principais impasses está a atuação dos aplicativos de entrega, especialmente no caso das cervejas em garrafas long neck, que continuam circulando livremente pelas areias, já que é cada vez mais comum os frequentadores pediram delivery de cerveja nas areias. “A intenção do prefeito é conversar com todas as plataformas que entregam bebida”, afirmou o subprefeito da Zona Sul, Bernardo Rubião, destacando a dificuldade de fiscalizar esse tipo de serviço.
Outro ponto em debate foi o controle do volume de som em quiosques, que passará a ser feito com o uso de decibelímetros. O monitoramento ficará a cargo da Orla Rio em parceria com a prefeitura.
Para eventos de maior porte, como shows internacionais e festivais, a regulamentação poderá ser flexibilizada. “Esse é um decreto vivo”, admitiu Rubião, sinalizando que ajustes serão feitos de acordo com a realidade de cada situação.
A elaboração das novas regras ficará sob responsabilidade dos subprefeitos da Zona Sul e da Barra, junto ao secretário municipal de Ordem Pública.
Já em relação às bandeiras que identificam barracas, ainda não há uma norma definitiva. O que se sabe, por ora, é que elas poderão conter nomes, deverão medir até três metros e obedecer a um padrão visual: letras pretas sobre fundo branco.
Em relação aos ambulantes que trabalham vendendo comida na areia, como milho-verde e queijo coalho, a situação ainda será regulamentada.