Justiça suspende início das obras do Jardim de Alah
Decisão está relacionada a pedido do Ministério Público Estadual, que alega alterações em relação à proposta inicial
O projeto de revitalização do Jardim de Alah, aguardado ansiosamente por grande parcela da população carioca, teve o início das obras suspenso pela Justiça do Rio. A decisão da juíza Regina Lucia Chuquer, publicada nesta segunda (15), atende a um pedido do Ministério Público Estadual.
O órgão aponta que o projeto de remodelação do espaço sofreu uma alteração em relação à proposta inicial, apresentada durante o processo de licitação e, por ser um bem tombado, isso poderia prejudicar a “configuração do desenho original das obras de arte encontradas no local, com probabilidade de causar danos ao patrimônio histórico-cultural.” O consórcio refuta a acusação do MPRJ.
De acordo com a decisão judicial, as obras do Jardim de Alah estão suspensas até a realização de uma audiência marcada para o próximo dia 25 de abril entre o Ministério Público Estadual, a Prefeitura do Rio e o consórcio Rio + Verde, capitaneado pelo empresário Alexandre Accioly e os arquitetos Miguel Pinto Guimarães e Sergio Conde Caldas.
O consórcio assumiu a responsabilidade pelo local, entre Ipanema e Leblon, há cerca de um mês, após a assinatura do termo de arrolamento junto à prefeitura do Rio. Desde então, a segurança privada no Jardim de Alah já é mantida pelo Rio + Verde. Além disso, estudos técnicos, como sondagem do terreno, já estão sendo realizados, assim como o mapeamento de redes subterrâneas.
Vale lembrar que o investimento na revitalização do Jardim de Alah custará R$ 110 milhões, e o projeto conta com a instalação de uma creche, quadras poliesportivas, lojas, restaurantes, um mercado ao estilo europeu, como o da Ribeira, em Lisboa, ginásio multiuso, galeria de arte a céu aberto e áreas de lazer para crianças e idosos.