Carnaval 2025: escolas do Grupo Especial revelam surpresas
De fantasias a alegorias, carnavalescos de Viradouro, Mangueira, Salgueiro e Portela compartilham elementos marcantes dos espetáculos na Sapucaí

A coluna teve acesso a informações exclusivas sobre o que as escolas do Grupo Especial irão apresentar nos desfiles da próxima semana. Cada agremiação destacou fantasias, alegorias ou elementos cenográficos que prometem marcar o Carnaval. Deixamos as escolhas a cargo dos carnavalescos. Da campeã Viradouro à tradicional Mangueira, as escolas deram um gostinho do que vem por aí.
Viradouro

A Unidos do Viradouro, campeã do Carnaval 2024, cujo enredo “Malunguinho: O mensageiro de três mundos” é assinado pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, promete surpreender com o quinto carro alegórico, Nas Veredas da Encruza, que representa Exu-Trunqueiro. O termo “Trunqueiro” remete às “tranqueiras”, simbolizando aberturas, portas e porteiras, cujas chaves sagradas pertenciam a Malunguinho. A alegoria destacará o festejo regional em homenagem a ele em Pernambuco. Com 18 componentes, o carro trará efeitos de dança circense, um equipamento de ginástica de Trampolim e diversas surpresas para o público.
Salgueiro

O Salgueiro, que trará para avenida o enredo “Salgueiro de Corpo Fechado” do carnavalesco Jorge Silveira, explora as origens do fechamento de corpo no Brasil. O samba traz o verso “sou herança dos malês”, que remete à influência do Império Mali e do islamismo. O figurino da ala 3 homenageia os Bixirins, sacerdotes muçulmanos que confeccionavam amuletos com passagens do Alcorão, acreditando em sua proteção contra forças negativas. Esses amuletos, conhecidos como “bolsa de mandinga”, tornaram-se símbolo de proteção e poder sobrenatural no Brasil.
Mangueira

Na ala 18, O Rio Celebra de Branco, a Mangueira, que tem como enredo “A Flor da Terra – No Rio da Negritude entre Dores e Paixões” do carnavalesco Sidnei França, raz a relação entre a virada do ano e práticas religiosas de origem banta. A ala faz referência aos Omolocôs, cultos bantos que influenciaram a Umbanda e cujas celebrações de ano novo lideradas por Tata Tancredo nas praias cariocas popularizaram o uso do branco e os fogos de artifício.
Portela

A Portela aposta na força e na fé das mulheres. Em uma ala repleta de baianas, as marias marias portelenses celebram a vida, o amor e a fé. A procissão é um tributo às mulheres reais da escola, que desfilam em um relicário de graça e sonho, reafirmando o poder feminino na avenida. A azul e branco de Madureira tem como enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”, dos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga.