Ministro da Cultura condena censura a exposição em museu no Rio
Leia na coluna Beira-mar
A polêmica da exposição Queermuseu, cancelada em Porto Alegre após protestos de manifestantes que acusaram as obras de fazer apologia à zoofilia e à pedofilia, continuou ribombando pela cidade na última semana. O curador da mostra negociava trazer o acervo ao Museu de Arte do Rio (MAR). Em suas redes sociais, o prefeito Marcelo Crivella criticou a exibição: “Saiu no jornal que ia ser no MAR. Só se for no fundo do mar!”, escreveu o alcaide. Para o Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, a censura é absurda. “A liberdade de expressão e de criação é garantida pela Constituição. A arte livre faz bem à sociedade”, afirma. “Os cidadãos, por sua vez, têm o direito de ir ou não a uma exposição; gostar ou não do que é exibido e de manifestar sua opinião, inclusive realizando boicotes. Mas censura é sinônimo de trevas.” Para Leitão, o impasse poderia ter sido resolvido sem histeria através do sistema de classificação indicativa — a mostra teria um aviso informando sobre o conteúdo e a faixa etária adequada.