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Maitê Proença defende que já está na hora de outra presidenta no Brasil

A atriz, que já definiu seu voto nas eleições 2018, chega ao Rio com a divertida peça feminista A Mulher de Bath

Por Daniela Pessoa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 mar 2018, 17h00 - Publicado em 30 mar 2018, 17h00
Maitê Proença - a mulher de bath - teatro - peça - feminismo - eleições - presidente
 (Simone Marinho/Divulgação)
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Depois de duas temporadas seguidas em São Paulo, Maitê Proença traz ao Rio a peça A Mulher de Bath, escolhida para comemorar suas quatro décadas de carreira e os 60 anos de vida. O bem-humorado espetáculo, que se passa na Idade Média mas traz à tona temáticas atuais, estreia em 6 de abril no Teatro XP Investimentos, no Leblon. A atriz falou a VEJA RIO.

Em que feridas a sua personagem toca? A mulher de Bath é feminista e ama os prazeres carnais. Ela usa argumentos bíblicos ao se colocar. Por que, por exemplo, não pode ter muitos homens se Abraão, Jacó e o Rei Salomão tinham múltiplas mulheres e esposas?

Em que cena as pessoas dão mais risada? Quando a personagem explica detalhadamente que os órgãos genitais servem tanto para serviços purgatórios como para a diversão. E que o orifício dela está à disposição do bom uso.

Algum homem já veio lhe dizer que aprendeu algo com a peça? Vários. A trama mostra como uma mulher dribla a fúria masculina, mas revela também suas artimanhas e truques. Então, ao assistirem, os homens ficam mais sabidos.

Na sua opinião, o feminismo anda mesmo exagerado? Dada a longevidade do problema — desde que os homens resolveram que Eva danou a humanidade —, acho que todo exagero se justifica.

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Aos 60, sente-se ou já se sentiu menosprezada? Os homens têm menos desejo por mulheres mais velhas, pois elas são associadas à decadência. Como eles estão na direção das empresas, por exemplo, muitas vezes somos descartadas. Acontece.

Acha que podemos ter uma nova presidente mulher? É claro, Marina Silva, sem sombra de dúvida. É honesta, não se emporcalhou na lama política, conhece a vida destituída de privilégios, foi analfabeta e se fez através da educação.

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