A astrologia e os graus do amor
Para cada planeta, uma forma de afeto. A Astrologia nos ensina a decifrar as nossas relações amorosas para que o sentimento venha na medida
Na astrologia, assim como na vida cotidiana, cada coisa tem seu lugar. Em um mapa astral encontramos desde a área da saúde, dos hábitos de vida, moradia, expressão, viagens, conhecimento, dinheiro, sendo virtualmente possível fazer a leitura completa de todos os setores. Mas, nada, absolutamente nada, vence a arrebatável atração que o amor e a paixão exercem sobre nós.
Tema de tantos poemas, odes e canções, este sentimento que tanto pode ser uma tempestade ou um voo em céu de brigadeiro encontra representação em diversos mitos, que possuem correspondência nos planetas astrológicos.
Quando falamos de amor e paixão, temos como principais protagonistas Vênus, Marte, o Sol e a Lua. Vênus e Marte, eternos namorados na mitologia, formam um aspecto criativo e sensual, o lado mais sexy e prazeroso do amor. Já o encontro de Sol e Lua pressupõe relações mais sérias, mais estáveis, e indicam a chegada (ou por vezes o fim) de um casamento.
Os demais planetas que dão cor a estes formam aspectos e, a partir do tipo do aspecto, podemos analisar que tipo de relação está chegando: é estável ou é uma aventura? Há mais de um parceiro chegando ou aquele que vem só, mas que veio para ficar?
Nesta categoria temos Júpiter, Urano, Netuno e Plutão.
O amor romântico, modelo cultuado no século XII e depois muito valorizado no século XIX, pressupõe um ideal de beleza, encantamento e perfeição que somente Netuno tem capacidade de conferir quando em aspecto com Vênus. Aquele sentimento idílico que toma conta do ar, o pedestal em que o ser amado vive, sem defeitos e com altíssimas expectativas, a sensação de que é impossível viver sem ele e a noção de que o amor espiritual entre o par é mais forte do que os desejos carnais. Isto é Netuno, o famoso “óculos cor de rosa” que pinta o amor de todas as cores da aquarela, mas que de perfeito nada tem, o tempo cuida de mostrar.
Já o amor Plutoniano, que remete ao mito de Hades e Perséfone, é disparado o mais passional e intenso. Hades raptou Perséfone e com ela foi viver no submundo, onde ela se tornou sua rainha. Noves fora os quiprocós com a mãe dela (que, muito irada, demandou e conseguiu que a filha passasse dois terços do ano na parte “de cima” da Terra para que a natureza funcionasse a contento, e o povo não morresse de fome), o amor do casal, assim como os amores despertados por Plutão, são carnais e possessivos. O par não se contenta em respeitar os ponteiros do relógio e vive junto, para não dizer grudado. Sufocante sim, mas de uma atração ímpar.
Júpiter, planeta que representa a ampliação de horizontes, o aprofundamento do conhecimento e uma veia aventureira, traz amores (isso mesmo, no plural) que, além de virem lhe ensinar algo, também podem ser extremamente harmônicos, equilibrados e prazerosos, mas definitivamente não são amores para sempre. Isto porque Júpiter, além de precisar de espaço para expandir, gosta muito da sua liberdade de ir e vir, então contente-se de viver o amor de forma mansa, divertida e sem cobranças, querer segurar um centauro é o mesmo que correr atrás do vento!
E, por fim, o amor uraniano, que rege Aquário, a era em que iremos ingressar em alguns anos. É claro que não iremos deixar de nos relacionar de forma tradicional, de receber amores como os de Netuno ou Plutão, por exemplo. Mas Urano representa o presente e o futuro das relações: totalmente livres, sem rótulos ou gêneros, sem noção de distância geográfica e diversa em todas as suas formas. É por conta dele que você pode morar no Rio, e seu namorado, no Japão. É por conta dele que a nova geração busca cada vez menos rótulos e mais liberdade, inclusive para ficar sozinho. As relações amorosas uranianas são as mais criativas e engenhosas, as que mais respeitam as diferenças e as que se recusam a serem presas. São calorosas, mas não necessariamente apaixonadas. A relação floresce exatamente por conta do espaço, por conta da diferença cultural ou social do par, ou, frequentemente, por conta da amizade que antecede o sentimento do amor.
Independentemente da forma que você esteja amando hoje, desejo um feliz mês e Dia dos Namorados. E que o amor venha na medida necessária do seu desejo.
Um beijo