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Aline Salcedo

Por Aline Salcedo, jornalista e maratonista que corre atrás de boas histórias Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Maratona do Rio: o que vem por aí no dia mais esperado da programação

Festival termina neste domingo com os 42K, show do Pretinho da Serrinha e cenários que fazem cada passo valer a pena. Veja os destaques dessa edição

Por Aline Salcedo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
21 jun 2025, 19h22
O mar de corredores na Maratona do Rio
O mar de corredores na Maratona do Rio (Assessoria de Imprensa/Divulgação)
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A maior edição da Maratona do Rio termina neste domingo com a prova mais esperada: os 42,195 km da maratona. Largada e chegada no Aterro do Flamengo, céu azul, elite a todo vapor, corredores no modo emoção e torcida posicionada nas grades. Para fechar no melhor estilo carioca, a festa segue com show de Pretinho da Serrinha na Casa Maratona, na Marina da Glória.

Mesmo para os cariocas, é difícil fingir costume para a Maratona do Rio. Aqui, é mais que corrida. É bloco. Banda tocando marchinha no meio da pista, torcida em cada esquina e em cada passarela, com apito, batuque, fantasia. A medalha não encerra a experiência. Depois de cada prova, o clima de celebração continuou com ativações, música, DJs e shows na Casa Maratona, no Vilage e no Bosque

George Israel no meio da galera na Casa Maratona
George Israel no meio da galera na Casa Maratona (Assessoria de Imprensa/Divulgação)

E claro que o percurso mais lindo do mundo impressiona em cada curva, mesmo para quem já correu ali antes. Posso falar com propriedade: completei essa prova duas vezes, em 2016, no trajeto antigo, e em 2023, no percurso atual. A emoção e a beleza seguem as mesmas. Neste ano, fui de treino de luxo nos 5K da abertura e encaixei os 21K como parte de um treino longo de 25K no sábado. Estou de olho em outro desafio, mas correr no Rio continua sendo insubstituível.

Nessa edição, 60 mil pessoas nas pistas, e a estimativa de um público total de 160 mil pessoas nas ativações na Casa Maratona. Nos bastidores, a prova contou com o apoio de 3.100 pessoas na produção, 11.320 grades de contenção, 1,2 milhão de copos d’água, quase 136 mil frutas e 3.796 sacos de gelo. Números à altura da festa.

Até aqui, a festa predominou. A abertura ficou por conta dos 5K, com um visual espetacular ao entardecer e o show da Esquadrilha do Céu. Apesar do tropeço na entrega das medalhas — que a organização prometeu enviar a todos os que ficaram sem — o clima de estreia era de conquista e euforia. Os 10K foram impecáveis e, no sábado, a meia maratona reuniu mais de 25 mil corredores do Leblon até o Aterro, passando por cartões-postais que deixam qualquer um com vontade de tirar o celular do bolso no meio da prova.

O show da Esquadrilha do Céu na estreia da Maratona do Rio
O show da Esquadrilha do Céu na estreia da Maratona do Rio (Assessoria de Imprensa/Divulgação)
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Agora é a vez da maratona. Tem elite, tem estreante, tem a turma do Desafio Cidade Maravilhosa, que fez os 21k e completa agora com os 42k. E não, não é só sobre resistência física. O Rio entrega emoção até para quem só assiste. Para quem corre, entrega ainda mais: aquele momento raro em que o esforço e o encantamento andam juntos, um passo depois do outro. Até o auge de cruzar a linha de chegada.

E no fim, o que fica? Mais do que tempo ou medalha, fica a lembrança do sol nascendo no Aterro. Do Pão de Açúcar no horizonte. Da curva de Copacabana. Do samba na pista. Do corredor ao lado, que você não conhecia, mas que vai no mesmo ritmo. E a certeza: correr no Rio é — e seguirá sendo — uma experiência única.

 

O percurso dos 42K

A largada acontece no Aterro do Flamengo, ainda no escuro. Os primeiros quilômetros seguem em direção ao Centro do Rio, com trechos que exigem estratégia e concentração. Ali, o desafio é não exagerar no ritmo: é cedo demais para gastar tudo, e o corpo ainda está aquecendo.

Depois do giro pelo Centro, começa o retorno pelo Aterro. A Enseada de Botafogo aparece com o Cristo no alto e os barquinhos imóveis no mar. Mais à frente, a Princesinha do Mar, o calçadão mais famosos do mundo, som das palmas nos quiosques. Ipanema entra em cena com vento lateral e energia de praia lotada. E até o Leblon, o Morro Dois Irmãos surge no horizonte como um farol fixo que diz: vai dar certo.

Os quilômetros finais retomam rumo ao Aterro, já sob sol forte e pernas pesadas. Mas também é onde mora mais emoção. Aquele momento onde o corpo reclama alto, mas o coração começa a falar mais forte. E é quando se ouve a música, os gritos de incentivo, os amigos na grade, tudo empurra. A maratona termina onde começou, mas o que se vive ali é outra história.

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5 paisagens para guardar na memória (e no coração)


A vista do Pão de Açúcar no Aterro
– Um dos momentos mais bonitos do percurso. Ele aparece inteiro, imponente, emoldurado pelo céu azul — e parece estar correndo com você.

O bondinho do Pão de Açúcar
O bondinho do Pão de Açúcar (Assessoria de Imprensa/Divulgação)


O Morro Dois Irmãos no horizonte
– Imóvel e gigante, como um marco final. É ele que te espera — ou te observa de longe — nos momentos decisivos da meia e da maratona.

O Morro Dois Irmãos no horizonte
O Morro Dois Irmãos no horizonte (Assessoria de Imprensa/Divulgação)


A curva da Princesinha do Mar
– O ponto alto de Copacabana: quando a orla se abre de uma vez, larga, vibrante, com o calçadão te guiando e a torcida nos quiosques.

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A curva da praia de Copacabana ao Leme
A curva da praia de Copacabana ao Leme (Assessoria de Imprensa/Divulgação)


A Enseada de Botafogo – Um respiro bonito e simbólico: o mar calmo à direita, barcos ancorados e, lá no alto, o Cristo observando tudo.

A chegada no Aterro – Porque não é só o fim. É o começo da lembrança. O momento em que tudo o que doeu vira orgulho.

 

Dicas práticas para os 42K

Percurso: Aterro do Flamengo, Centro do Rio, Flamengo, Botafogo, Copacabana, Ipanema, Leblon. Ida e volta com emoção em cada túnel e vista aberta a cada curva.

Hidratação: Mais de 20 pontos bem distribuídos ao longo do percurso, alternando água e isotônico. Aproveite todos, mesmo quando o cansaço disser que não precisa.

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Suplementação: Planeje os géis. E lembre-se de alternar com água para evitar desconforto.

Proteção solar: Use protetor solar, boné e, se possível, cápsulas de sal, especialmente se o calor apertar. São aliados discretos que fazem diferença.

Estratégia mental: Divida a prova em blocos. Pense em 3 trechos de 14K, ou em 4 blocos de 10K + 2. Isso ajuda a cabeça a não correr sozinha a partir do km 32.

Dica final: Vá com ritmo conservador até o km 25. É ali que muita gente quebra. Use os retornos como marcos para reorganizar foco, corpo e respiração.

 

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