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Tradição no ensino

Instituições centenárias e estabelecimentos focados no vestibular são exemplos da diversidade e da excelência das escolas tijucanas

Por Fernando Rosenthal
Atualizado em 5 jun 2017, 14h55 - Publicado em 18 jul 2011, 18h14

Qualquer livro que conte a história da Tijuca bate na mesma tecla: trata-se de um bairro com vocação especial para a educação. Um exemplo é Tijuca de Rua em Rua (Editora Rio, 2004), escrito por Lili Rose e Nelson Aguiar, com um capítulo dedicado exclusivamente ao assunto, chamado ?Grandes Colégios?. Em suas páginas, conta-se em detalhes a trajetória de dezoito deles, tradicionalíssimos e com firmes raízes na região. Ao todo, são 71 escolas, das quais duas federais, treze estaduais, vinte municipais e 36 particulares. ?Costumamos dizer que a letra que melhor reflete o espírito tijucano é a C?, conta o pesquisador Carlos Santos, 74 anos. ?Isso porque é a inicial de três verdadeiras instituições locais: os clubes, os cinemas e os colégios.?

Na verdade, o último C é o único que segue exibindo o mesmo vigor do passado. Estabelecimentos de ensino históricos, como o Batista Shepard, o Instituto de Educação, o Colégio Militar e o Santa Marcelina, continuam em notável boa forma, a ponto de enfrentarem em condições de igualdade concorrentes poderosos como o Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (primeiro colocado no Enem do ano passado, entre as escolas públicas), o Cefet, o Instituto Guanabara, o Mopi e o Intellectus, além de várias redes focadas na preparação para o vestibular. ?A Tijuca tem um papel importante na vida educacional do Rio. Muitos de seus colégios foram instalados em antigas chácaras da região, ou mesmo em mansões e hotéis adaptados?, relata o historiador Nelson Aguiar. Ou seja, além de eficientes, as escolas do bairro costumam ser bonitas ? neste particular, o Marista São José e o Instituto de Educação figuram como dois exemplos clássicos.

Fernando Frazão
Fernando Frazão ()

Em meio à profusão de escolas, duas se destacam. Norteados por linhas pedagógicas bastante diversas, disputam o pódio da excelência o Colégio Militar do Rio de Janeiro (CMRJ), fundado em 1889, e o CAp Uerj, baseado na formação humanística. Principal ponte para a Academia Militar das Agulhas Negras, o CMRJ vale como prova de fogo para meninos (e, mais recentemente, para meninas) que pretendem seguir carreira nas Forças Armadas. Matérias do currículo comum têm, dentro de seus muros, a companhia de disciplinas que denotam o caráter marcial da escola, como equitação, marcha, esgrima e até futebol americano. Professor de biologia do 3º ano do ensino médio, o major Ademar Nicácio explica que, apesar da herança centenária, o CMRJ se mantém atualizado: ?Costumo comparar o conteúdo das aulas com aspectos do dia a dia?, diz.

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Gratuito como o Colégio Militar, o estadual CAp Uerj (cujo nome oficial é Instituto Fernando Rodrigues da Silveira) apresenta um ensino arrojado típico das escolas ligadas a estabelecimentos de ensino superior. Criado em 1957, na época em que a Uerj ainda era chamada Universidade do Distrito Federal, tem 1?200 estudantes, do ensino fundamental ao 3º ano do médio. Muito procurado pelas famílias tijucanas (apesar de, oficialmente, se localizar nos limites do bairro contíguo, Rio Comprido), o CAp atualmente é dirigido pelo professor Miguel Tavares. Ele resume a linha pedagógica: ?Nós verificamos os interesses de cada aluno, seja pela área de exatas, de humanas ou mesmo de música. A partir daí, respeitamos o caminho que ele quer seguir?.

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