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Doçura em cartaz

Jovem herdeira de um império de cinemas vira confeiteira de sucesso

Por Alessandra Medina
Atualizado em 5 dez 2016, 16h09 - Publicado em 15 jul 2011, 18h09

O pai, Luiz Severiano Ribeiro, esperava que ela cursasse administração de empresas ou qualquer outra carreira compatível com os negócios da família, proprietária de um império de cinemas quase centenário, com mais de 200 salas de exibição pelo país. A mãe, a socialite Glória, nunca exibiu aptidão para a cozinha. Sem a menor influência dos pais, a filha caçula do casal, Raphaela Severiano Ribeiro, 19 anos, escolheu um ofício sur­preen­dente: saiu do berço esplêndido para colar o umbigo no fogão. Ela frequenta o 4º período da faculdade de gastronomia e fundou uma empresa especializada na produção de bolos e doces. Trata-se de uma empreitada caseira, mas já bem-sucedida, em que a jovem é responsável por todo o processo: de mexer as panelas a vender os quitutes em si. “O Rio não tem muitas lojas que comercializam produtos legais, como as existentes em São Paulo”, afirma. “Além disso, nos grandes bufês a parte de sobremesa é toda terceirizada.”

Os dotes de confeiteira de Raphaela vêm de longe. Quando criança, seus livros preferidos não eram os de princesas ou fadas, mas sim cadernos de receitas. Aos 5 anos, já fazia bolo de micro-ondas e biscoito amanteigado. Apesar do pouco estímulo doméstico, seu interesse pelo tema só cresceu. Até que, na última Páscoa, ela decidiu testar seu talento culinário. Confeccionou 200 ovos de chocolate e quarenta cestas de bombons, tudo enfeitado com fitas coloridas e ursinhos trazidos dos Estados Unidos pela mãe. Glória convidou algumas amigas da alta-roda para o soft opening da microempresa de Raphae­la, que foi um sucesso. Em uma hora e meia, tudo estava vendido, por 15?000 reais.

Satisfeita com o desempenho inicial, a mãe resolveu dar outro empurrão na carreira da filha. Pediu que a arquiteta Joy Garrido transformasse a garagem da mansão da família, no Leblon, numa cozinha industrial. É lá que Raphaela passa o dia trabalhando para dar conta das encomendas. A guloseima mais barata é o brownie, que sai a 5,50 reais. No outro extremo da tabela de preços está uma cesta de 150 reais. “Gosto de preparar tudo no dia da entrega, para ficar mais saboroso”, conta ela, que por causa do trabalho teve de diminuir as idas ao cinema com o namorado, Pedro Alberto de Orleans e Bragança. “Estamos muito orgulhosos”, conta Glória. “Enquanto as meninas da idade dela estão no shopping gastando dinheiro, Raphaela já está preocupada com as encomendas do Natal.”

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