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Secretário de justiça dispara contra UPPs e diz que projeto faliu

Comentário foi feito por Astério Pereira dos Santos em audiência realizada no Senado, na segunda (12)

Por Pedro Tinoco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 jun 2017, 00h02 - Publicado em 16 jun 2017, 00h02

A audiência realizada no Senado, na Comissão de Direitos Humanos da Casa, na segunda (12), tinha como tema a chacina de dez sem-terra em uma fazenda no Pará, ocorrida em maio. Em meio aos debates, um comentário a respeito das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio, feito pelo secretário nacional de Justiça, Astério Pereira dos Santos, chamou atenção. Ex-policial militar e ex-secretário estadual da Administração Penitenciária na gestão de Rosinha Garotinho, Santos está há três meses no cargo e tem pouca visibilidade na pasta. Mas seu disparo foi barulhento. “Falta coragem política para dizer que (o projeto de UPPs) faliu”, atacou.

O programa de UPPs agoniza, é fato, mas isso acontece em razão de erros graves cometidos em sua implantação — treinamento insuficiente, exploração eleitoreira, ausência de políticas sociais e abusos cometidos contra a população das favelas, entre outros. Porém, em seu auge, em 2013, foi elogiado por órgãos respeitáveis como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Não foram poucas as vezes em que o projeto foi comparado a iniciativas bem-sucedidas como o Plan Quadrant, da Colômbia, e o Barrio Seguro, da República Dominicana. Executados com seriedade, ambos seguem firmes, sustentados por uma ampla rede de apoio social à população mais pobre, paralelamente à intervenção policial. Aqui, o contingente de ex-autoridades e ex-poderosos hospedados no presídio de Benfica nos recorda onde foram parar os recursos que poderiam ter sido aplicados no projeto. Uma vez sob os holofotes do Senado, o secretário Santos poderia ter usado sua visibilidade para, sem politicagem, propor iniciativas que ajudassem a resgatar esse empreendimento. Seus conterrâneos agradeceriam.

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