Se vem aí uma bateria sem surdo de resposta, só com a primeira marcação, pode crer que é a Mangueira. Escola mais popular da cidade, ela mantém suas tradições a ferro e fogo. Neste ano fará uma ode ao bloco Cacique de Ramos, que tem entre seus fãs a nata do samba carioca: Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Arlindo Cruz, Almir Guineto – muitos com presença confirmada no desfile. Também são esperadas baianas todas de dourado, além de um carro mostrando como seria a folia em Marte.
A escola
Nome completo Estação Primeira de Mangueira
Ano de fundação 1928
Símbolo Um surdo
Bases Benfica, Maracanã, São Cristóvão, Rocha, Morro de Mangueira
Cores Verde e rosa
Algumas figuras ilustres Beth Carvalho, Cartola, Delegado, Jamelão
Versos que marcaram ?Tem xinxim e acarajé/ tamborim e samba no pé?
Títulos no grupo principal 17
Último título 2002 (Brazil com Z pra Cabra da Peste, Brasil com S É a Nação do Nordeste)
Ano passado 3º lugar
Atual presidente Ivo Meirelles
O desfile
Enredo Vou Festejar: Sou Cacique, Sou Mangueira
Carnavalesco Cid Carvalho
Mestre de bateria Ailton
Rainha da bateria Renata Santos
Autores do samba Igor Leal, Júnior Fionda, Lequinho e Paulinho Carvalho
Intérpretes Ciganerey, Luizito, Vadinho Freire e Zé Paulo Sierra
Coreógrafo da comissão Jaime Arôxa
Mestre-sala Rahael Rodrigues
Porta-bandeira Marcella Alves
Uma ala bacana A das negas malucas espaciais
Uma alegoria legal O carro do bloco Bafo da Onça, com o animal bem debochado, de pernas cruzadas
Famosos convidados Scheila Carvalho, Rosemary
Concentração Nos Correios
Entrada na avenida Segunda-feira, entre 0h15 e 1h06
O samba
Salve… A tribo dos bambas
Um ?Doce refúgio? de inspiração
Salve… O palácio do sambaOnde um simples verso se torna canção
Debaixo da tamarineira
Um índio guerreiro me fez recordar
Um lugar… O meu berço, num novo lar
Seguindo com os ?pés no chão??Raiz?, que se tornou religião
Da boêmia dos antigos carnavais
Não esquecerei jamais
Firma o batuque que eu quero sambar… Me leva!
Já começou… A festa!
Esqueça a dor da vida, Caciqueando na avenida
?Sim?… Vi o bloco passando
O nobre rezando, e o povo a cantar
?Sim?… Era um nó na garganta
Ver o Bafo da Onça, a desfilar
?Chora… Chegou à hora eu não vou ligar?
Minha cultura é arte popular
Nasceu em Fundo de Quintal
Sou Imortal e vou dizer agonizar não é morrer
Mangueira… Fez o meu sonho acontecer (hei, hei, hei…)
?O povo não perde o prazer de cantar?
Por todo universo minha voz ecoou
?Respeite quem pôde chegar?
?Onde a agente chegou?
Vêm festejar… Na palma da mão
Eu sou o samba… A voz do morro
Não dá pra conter, tamanha emoção
Cacique e Mangueira num só coração