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Sabores do Brasil

Pratos que representam a diversidade da culinária brasileira e restaurantes do Rio que oferecem especialidades de diferentes regiões do país

Por Thaís Meinicke
Atualizado em 5 jun 2017, 14h08 - Publicado em 19 mar 2013, 21h48

É um amante da culinária do nordeste e sempre fica com saudades dos temperos apimentados da Bahia? Deu vontade de saborear um tradicional churrasco gaúcho? Ou quer conhecer o pequi, tradicional fruta do cerrado que faz sucesso na cozinha de Goiás? Pois saiba que não é preciso sair da cidade para experimentar os mais variados sabores do Brasil. Diversos restaurantes do Rio dedicam-se à culinária típica dos outros estados, com pratos que resgatam a tradição de outras regiões bem pertinho de casa. É possível, por exemplo, sentir o gostinho do Amazonas à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas ou provar o tempero capixaba em plena Barra da Tijuca. Confira a seleção da VEJA RIO com opções de pratos e restaurantes e delicie-se com a rica gastronomia do país.

Churrasco ? Rio Grande do Sul

A primeira grande área de criação de gado no Brasil foi a região dos pampas, uma extenso espaço de pastagem natural no Rio Grande do Sul. Foi lá que os vaqueiros, também chamados de gaúchos, tornaram o churrasco um prato típico do estado. O tradicional churrasco gaúcho é feito em grandes pedaços de carne preparados em um fogo de lenha com os espetos pregados no chão, dos quais são tiradas lascas das partes externas, enquanto o restante continua assando.

No Rio desde 2011, a Fogo de Chão oferece o tradicional churrasco gaúcho. No rodízio (R$ 103 por pessoa), são oferecidos dezesseis cortes da grife red angus, como maminha, fraldinha e picanha, as mais procuradas pelos clientes.

Fogo de Chão: Avenida Repórter Nestor Moreira, s/n°, Botafogo. Tel. 2279-7117. fogodechao.com.br

Mujica de tambaqui ? Amazonas

A gastronomia da Amazônia é fortemente influenciada pela cultura indígena, com traços portugueses e africanos. Devido às características da região, há uma grande variedade de pratos feitos com peixes amazônicos, como a mujica de tamboqui. Servida como entrada do prato principal da cozinha local, a receita mistura o peixe assado a ingredientes como tomates e farinha branca.

Idealizado pelo empresário amazonense Mário Andrade, o restaurante Palaphita Kicht, na Lagoa, oferece a o prato em seu cardápio, servida com ervas aromáticas em cuia amazônica (R$ 33,50). Também é possível provar outras especialidades da região, como jambu, tucupi, camu camu, cupuaçu, açaí, cajá, sapoti e pupunha, que são apresentados em receitas com inspirações indígenas, ribeirinhas, caboclas e internacionais.

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Palaphita Kitch: Av. Epitácio Pessoa, s/nº, quiosque 20, Parque do Cantagalo, Lagoa. Tel. 2227-0837. palaphitakitch.com.br

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Carne de sol ? Pernambuco

Típica do sertão pernambucano, a carne de sol é igualmente popular em todo Nordeste do país. O prato surgiu em consequência do método uitlizado na região de conservar alimentos de origem animal salgando-os e secando ao sol. Para preparar o prato, a carne de boi é salgada e deixada ao sol até atingir o ponto considerado ideal.

O prato pode ser encontrado em diversos restaurantes da cidade. No Garrafeito Informal, a carne é servida acebolada à tradicional moda pernambucana, acompanhada de aipim cozido e manteiga de garrafa (R$ 48,90).

Garrafeiro Informal: Av. Érico Veríssimo, 821, lojas D, E e F, Barra da Tijuca. Tel. 2494-4722. Ipanema: Rua Barão da Torre 348, Ipanema. Tel. 2247-6712 / 2247-6711

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Moqueca de Camarão ? Espírito Santo

Tradicional prato da cozinha capixaba, a moqueca também ganhou variações nas culinárias baiana e paraense. Trata-se de um cozido de peixe que tem, entre os principais ingredientes, coentro, tomate e cebola. No preparo do prato, o cozimento dos alimentos é feito sem água, apenas com os vegetais e os frutos do mar. A moqueca capixaba é mais leve do que a versão baiana, já que não leva azeite de dendê e leite de coco.

No restaurante Nomangue, especializado em frutos do mar, entre as opções do cardápio é possível encontrar a moqueca de camarão (R$ 84) preparada de acordo com a tradição do Espírito Santo.

Nomangue: Estrada Coronel Pedro Correa, 122, lojas A e B, Barra da Tijuca. Tel. 2441-4195 / 3416-8821. nomangue.com.br

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Pequi ? Goiás

O pequi é uma fruta nativa do centro-oeste brasileiro que, em Goiás e no Mato Grosso, é conhecida como o Rei do Cerrado, tal o seu valor como alimento. É apreciado de diversas formas na culinária local, seja cozido com arroz, frango, macarrão, peixe ou carnes. Além disso, dele é extraído o azeite de pequi e a castanha existente no caroço também é comestível e muito saborosa.

No Rio, o restaurante Skunna oferece receitas típicas do cerrado. Entre elas estão dois pratos preparados com a fruta: a panelinha de frango com pequi (R$ 66 para duas pessoas) e a panelinha de camarão com pequi (R$ 98 para duas pessoas). Ambos os pratos levam ainda milho, açafrão de raiz e arroz.

Skunna: Estrada dos Bandeirantes, 23 363, Vargem Grande. Tel. 2428-1213. skunna.com.br

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Baião de dois ? Ceará

Criado no Ceará, o baião de dois se tornou tão emblemático no Nordeste brasileiro que batizou até uma música de Luiz Gonzaga. O prato consiste em um preparado de feijão-de-corda cozido, arroz, jabá e queijo coalho. A receita também é muito popular nos estados de Rondônia e Acre.

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Na cidade, o melhor lugar para saborear a receita é a Feira de São Cristóvão. No restaurante

Estação Baião de Dois, não é preciso pensar muito para perceber qual é a especialidade da casa. O baião de dois é servido com carne de sol e purê de macaxeira, paçoca e manteiga de garrafa (R$ 60 para duas pessoas). O restaurante dispõe ainda de uma carta de cachaças com cinquenta rótulos.

Estação Baião de Dois: Campo de São Cristóvão, s/n°, Avenida Nordeste, loja 46-A, São Cristóvão. Tel. 3860-3296 / 3860-3238. baiaodedois.com.br

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Feijão tropeiro ? Minas Gerais

No período colonial, o transporte das mais diversas mercadorias era feito por tropas a cavalo ou em lombos de burros, guiados por homens que, por causa disso, ganharam o apelido de tropeiros. A receita vem desta época, em que os viajantes precisavam levar comidas secas, que se conservassem por mais tempo. Por isso, o feijão misturado a ingredientes como farinha de mandioca, torresmo, ovos, alho e cebola, tornou-se um prato básico do cardápio desses homens.

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O restaurante À Mineira oferece uma grande variedade de pratos típicos do estado, que são servidos em forma de bufê. Os valores cobrados podem variar de uma filial para outra. No NorteShopping, ele custa R$ 32,90 (segunda a sexta) e R$ 42,90 (sábado e domingo).

Restaurante À Mineira: – Av. Dom Helder Câmara, 5 332, loja 3906, 1º piso, NorteShopping, Cachambi. Tel. 2178-444. Rua Visconde de Silva, 152, Humaitá. Tel. 2535-2835. Av. das Américas, 16631, Recreio. Tel. 2490-2195. grupoamineira.com.br

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Tutu à mineira ? Minas Gerais

Como a maioria dos pratos típicos de Minas Gerais, o tutu também surgiu na época do tropeirismo, com os viajantes do século XVII. Diferentemente do feijão tropeiro, no entanto, ele tem uma consistência pastosa. Geralmente é servido com pedaços de linguiça de porco ou bifes, acompanhado de couve e farofa.

O restaurante Esplanada Grill, em Ipanema, apesar de ter o churrasco como carro-chefe, tem no seu cardápio uma opção típica de Minas: leitão à pururuca, servido com tutu e couve à mineira (R$114).

Esplanada Grill: Rua Barão da Torre, 600, Ipanema. Tel. 2239-6028 / 2512-2970. esplanadagrill.com.br

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Bobó de camarão ? Bahia

De origem africana, o bobó é um dos pratos mais marcantes da culinária da Bahia. A receita consiste em um caldo de camarões engrossado com creme à base de mandioca cozida e amassada. Entre os temperos está o tradicional azeite de dendê. Pode ser servido como prato principal ou acompanhamento.

No restaurante Do Horto é possível saborear o bobó de camarão servido na moranga (R$ 98 para duas pessoas), além de outras especialidades da cozinha baiana, como acarajés acompanhados de vatapá e pizza doce de tapioca de banana.

Do Horto: Rua Pacheco Leão, 780, Jardim Botânico. Tel. 3114-8439. dohorto.com.br

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Virado à paulista ? São Paulo

O virado à paulista é mais um filho do feijão tropeiro e surgiu no século XVII, na época das incursões de viajantes ao interior do estado de São Paulo, quando os alimentos eram levados em sacos pendurados nos lombos dos cavalos. Como, com o balanço dos animais, os ingredientes se misturavam, veio o nome ?virado?. O prato é uma mistura de arroz e tutu de feijão, e costuma ser servido com linguiça, ovos fritos, couve, torresmo e costela de porco.

O restaurante Fim de Tarde, no Centro, apesar de dedicar-se à culinária espanhola, reserva um espaço no menu para pratos típicos do Brasil. O virado à paulista (R$ 35) está entre as opções. Além disso, a adega do restaurante tem cerca de cem rótulos nacionais e internacionais.

Fim de Tarde: Rua Miguel Couto, 105, loja B, Centro. Tel. 2516-2409.

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