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Com sotaque local

As adaptações que as casas fazem para abrir unidades na Barra da Tijuca

Por Fabio Codeço
Atualizado em 5 dez 2016, 15h20 - Publicado em 31 out 2012, 18h23

Nos últimos dez anos, a população da Barra da Tijuca triplicou. Com 300?000 moradores e renda média de 4?500 reais, a vizinhança ainda será o centro nervoso da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos. Trata-se de uma região em franca expansão, que tem atraído investimentos nas mais diversas áreas. A de restaurantes é uma das mais prolíferas. Tanto que, nos últimos cinco anos, sete grifes consagradas na Zona Sul decidiram fincar sua bandeira por lá. Quem pensa que o reconhecimento da matriz garante o sucesso da filial se engana. “Tivemos de mexer na apresentação dos pratos, deixamos de servi-los em travessas e cataplanas e investimos em arrumações mais modernas”, conta Antonio Perico, do Antiquarius, que assumiu o negócio da família no ano passado e transformou a casa deficitária em um endereço lucrativo após uma série de modificações no cardápio e no serviço.

Com um estilo de vida próprio de quem mora em grandes condomínios, usa o carro quase que diariamente e tem os shoppings e a praia como principais áreas de lazer, os comensais locais não se deixaram seduzir apenas por pratinhos bem-arrumados. Passadas algumas semanas da inauguração do Siri Mole & Cia, que chegou com o cardápio idêntico ao da matriz, em Copacabana, as sócias viram que precisavam mudar algo para fazer o movimento deslanchar. Aceitaram as sugestões dos clientes e incluíram receitas mais leves do que as calóricas moquecas. Depois, reduziram os preços, em alguns casos em até 35%. “Não é falta de dinheiro, mas os consumidores daqui não pagam caro por algo que ainda não conhecem”, explica a proprietária Érika Rangel. As filas na porta durante os fins de semana mostram que as medidas deram certo. Baixar os preços também foi a aposta do Gero. Um ano após a inauguração na Barra, o endereço recebe 1?000 clientes por semana, um pouco menos que em Ipanema, com 1?200. O retorno imediato fez com que o grupo escolhesse a região para abrir mais uma de suas grifes, o Nonno Ruggero.

Conquistar a lealdade desse público, que viu a oferta de restaurantes dobrar em menos de cinco anos, é mais um desafio enfrentado pelos chefs e empresários do ramo. Nessa hora, vale inventar pratos, cardápios, festivais, promoções ou qualquer outra novidade que faça com que o cliente se sinta prestigiado. Sócia do Zuka, Marina Hirsh vai lançar, apenas no endereço do BarraShopping, uma happy hour com rodada dupla de chope e petiscos. Ou seja, quem compra um ganha o outro como cortesia da casa. Algo improvável no Leblon, mas que é muito bem recebido no bairro. “Além de atrair a clientela no período noturno, que costuma ser mais fraco”, revela a restauratrice. Como se vê, flexibilidade é um dos ingredientes principais para fazer sucesso depois do túnel.

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