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Polícia investiga racismo contra alunos e professor da Unicarioca

Em blog, agressor se diz “incomodado com o tipo de gente” que tem frequentado a instituição, e afirma que o local não recebe mais a “elite branca”

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 9 jan 2018, 13h44 - Publicado em 9 jan 2018, 13h38

A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar ofensas racistas, homofóbicas e ameaças contra seis estudantes e um professor do Centro Universitário Unicarioca. As vítimas registraram ocorrência nesta segunda (8) na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, na Zona Oeste, acompanhados de uma advogada especializada, contratada pela universidade. A instituição também busca o autor ou autores das mensagens.

Sete pessoas foram citadas de maneira ofensiva pelo blog Rio de Nojeira, no último fim de semana. Tiveram fotos divulgadas em um texto caracterizando a Unicarioca como “uma senzala gigantesca”. Nele, o autor chama alguns de macacos, faz ataques a mulheres e ameaça de morte um dos estudantes negros, provocando indignação.

Nas imagens reproduzidas na internet, o agressor se diz “incomodado com o tipo de gente” que tem frequentado a instituição. Ele diz que o centro universitário não recebe mais a “elite branca”, mas “negros e mestiços que entraram por cota, Prouni e Fies”, esses dois últimos, programas do governo federal para estudantes sem condições de pagar mensalidades.

O reitor da instituição, Maximiliano Damas, disse que o centro universitário repudia os ataque e toma todas as medidas legais para impedir que os casos se repitam. “Prezamos nossa qualidade, as nossas diferenças, a nossa característica de acolhimento e tolerância. O que ocorreu é diametralmente oposto ao que a Unicarioca acredita e pratica”, frisou.

Foram ofendidos e ameaçados seis alunos de cursos variados e um professor, que trabalha na instituição há 26 anos e atualmente coordena um curso de pós-graduação. “Estamos indignados”, completou. “Esse é um momento triste, mas temos apoiado alunos e professor para que saibam da importância deles para a sociedade e para nós”.

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Alunos ofendidos pelas mensagens postaram vídeos em redes sociais cobrando que o autor dos ataques criminosos seja punido. “Eu tenho 25 anos e nunca tinha sofrido racismo de forma direta”, declarou o estudante Luiz Fernando Ferreira. “Mas além de me ameaçar de morte, [o autor] me chamou de homossexual, como se isso fosse ofensa, ainda foi homofóbico”, completou.

O caso está sendo acompanhado também pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos. A pasta encaminhou a denúncia ao Ministério Público.

O blog Rio de Nojeira publicou as postagens no sábado (6). No momento, está fora do ar e não respondeu à reportagem.

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