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Friozinho a uma hora do Rio

A chamada ?cidade imperial? e seus distritos encantam os visitantes com belezas naturais e um patrimônio histórico bem preservado

Por Paulo Vasconcellos
Atualizado em 5 jun 2017, 14h27 - Publicado em 18 jul 2012, 19h58

O clima, com temperaturas qua-se sempre na casa dos 20 graus, o cenário que mistura a exuberância da Mata Atlântica à silhueta das montanhas e o patrimônio histórico aliado à oferta de lazer e serviços fazem de Petrópolis um dos roteiros preferidos para o turismo. A cidade fica a menos de uma hora da capital fluminense e é servida por uma rodovia, a BR-040, que atualmente apresenta boas condições. Atrações não faltam: Museu Imperial, Palácio de Cristal, Casa de Santos Dumont, o comércio da Rua Teresa e a rede hoteleira em distritos famosos e badalados, como Itaipava, Araras e Corrêas.

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Nos três primeiros séculos da colonização portuguesa no Brasil, a região permaneceu praticamente inexplorada. A história começou a mudar quando dom Pedro I, a caminho de Minas Gerais pela Estrada Real, se hospedou na fazenda do padre Correia e se encantou com aquele clima que tinha mais a ver com a Europa do que com os trópicos. O imperador acabou comprando uma área chamada Córrego Seco, posteriormente renomeada como Imperial Fazenda da Concórdia. O tempo e a ocupação se encarregariam de transformar o recanto pouco visitado pelo imperador no que hoje é o agitado centro da cidade de Petrópolis.

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Dom Pedro II daria impulso maior à região em 1843, com um decreto que determinava para lá o assentamento de uma povoação de imigrantes europeus, a construção de um palácio de verão (que ficou pronto em 1847) e, finalmente, a mudança extraoficial da capital e de toda a corte para a cidade sempre que chegava o verão. Entre 1894 e 1903, já com a República, Petrópolis voltaria a ser a capital do estado do Rio (na época em substituição a Niterói) por causa dos tumultos e dos assassinatos ocorridos durante a Revolta da Armada.

A cidade se man-teve praticamente imune às turbulências da política, mas não às calamidades naturais. Um ano e meio depois da enchente que deixou um rastro de destruição e morte por toda a Região Serrana do Rio, hotéis petropolitanos recuperaram o movimento, o centro ganhou novos e mais sofisticados restaurantes e, de lá para cá, três casas noturnas abriram as portas. Em Petrópolis, nenhum ponto turístico sofreu com a chuva e não houve registro de deslizamento nas principais ruas e avenidas, mas no Vale do Cuiabá e em outros pontos do distrito de Itaipava foram confirmadas cerca de cinquenta mortes, pelo menos 200 pessoas ficaram desabrigadas e 6?000, desalojadas.

A tragédia por ali nem de longe teve a dimensão do que aconteceu em Teresópolis e Friburgo. Ainda assim, a previsão é que, por causa dos recursos gastos com a recuperação das áreas atingidas, o município acumule perdas na receita tributária em relação aos últimos anos. Os números mais recentes da economia local, que tem o turismo como um dos mais importantes alicerces, puseram a cidade, em 2011, em décimo lugar no ranking estadual, atrás apenas da capital, de municípios petrolíferos como Campos e Macaé, no norte do estado, e de cidades localizadas em áreas industriais, como Volta Redonda, no Litoral Sul, e Caxias, na Baixada. A bola está com Petrópolis – e os turistas podem funcionar como pontas de lança desse jogo.

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