Da figura à ideia
Obras produzidas por Manabu Mabe nos anos 40 e 50, reunidas na Caixa Cultural, mostram sua evolução rumo ao abstracionismo
Ao desembarcar no Brasil, no início da década de 30, o japonês Manabu Mabe (1924-1997) teve o mesmo destino de boa parte de seus conterrâneos na época: a lavoura. O interesse pela arte demonstrado desde a infância, porém, falou mais alto. No meio da plantação de café na qual trabalhava, em Lins, no interior paulista, ele montou um ateliê. Ali começou sua trajetória consagrada, que inclui o prêmio de melhor pintor nacional na quinta Bienal de São Paulo. O artista é relembrado em Chove no Cafezal ? Mabe, da Figura à Abstração, em cartaz a partir de terça (16), na Caixa Cultural. Com trinta pinturas e cinco desenhos, o acervo reunido se concentra entre os anos de 1945 e 1959, período em que, como sugere o nome da mostra, a estética de Mabe se transformou. Assim, há desde obras mais literais, como uma paisagem de Lins, pintada em 1949, até imagens totalmente abstratas de fins da década de 50, além de pontos de intersecção, a exemplo de No Cafezal (1956).
Caixa Cultural ? Galeria 2. Avenida Almirante Barroso, 25, Centro, ☎ 3980-3815, ? Carioca. Terça a domingo, 10h às 21h. Grátis. Até 8 de setembro. A partir de terça (16).