De volta para casa
Onze anos depois de sua última mostra no Rio, a carioca Beatriz Milhazes ocupa o Paço Imperial com uma panorâmica de seu trabalho
Em 2002, ano de sua última individual no Rio, realizada no CCBB, Beatriz Milhazes já era uma artista de trajetória reconhecida, mas nem de longe tão valorizada quanto viria a se tornar uma década depois ? quando sua tela Meu Limão foi comprada por 2,1 milhões de dólares em um leilão da Sotheby?s. Um dos nomes mais destacados da chamada Geração 80, ela se viu então no topo do ranking de brasileiros vivos com obra mais cara vendida em leilão (posição que já havia conquistado em 2008, antes de ser desbancada por Adriana Varejão, três anos depois). A partir de quinta (29), no Paço Imperial, os cariocas terão novamente a oportunidade de ver uma reunião de trabalhos da festejada artista e, assim, perceber como sua técnica evoluiu ao longo do tempo. Com curadoria do crítico francês Frédéric Paul, a exposição Meu Bem, uma panorâmica de sua produção desde 1989, reúne mais de sessenta criações, entre pinturas, colagens e gravuras. Trata-se de uma boa oportunidade para conferir ao vivo as telas abstratas e multicoloridas que lhe deram notoriedade, povoadas de círculos, arabescos, flores e mandalas, a exemplo de Beleza Pura (2006). Beatriz também desenvolveu, especialmente para o Paço, cinco móbiles. Expressão tridimensional de seu estilo, essas peças trazem flores, miçangas, contas e outros elementos decorativos.
Paço Imperial. Praça XV de Novembro, 48, Centro, ☎ 2215-2093. Terça a domingo, 12h às 18h. Grátis. Até 27 de outubro. A partir de quinta (29).