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Malhação ao ar livre

Circuito de ginástica na areia se espalha e atrai alunos em busca de força, flexibilidade e céu aberto

Por Melissa Jannuzzi
Atualizado em 5 dez 2016, 15h37 - Publicado em 2 Maio 2012, 17h47

Quintal preferido do carioca, a praia permite toda forma de lazer. Dos atletas em ação antes do nascer do sol aos boêmios que se esbaldam em luau madrugada afora, ela se presta à diversão 24 horas. É difícil encontrar uma modalidade esportiva que, salvo o basquete, não tenha lugar na areia. Pois esse democrático território abriu espaço para uma atividade diferente, mas que também faz suar a camisa: o treinamento funcional. Essa é a denominação dada ao circuito que reúne uma série de exercícios realizados com o auxílio de elásticos, bolas, cones e bambolês. Entre os apetrechos, chama atenção um miniparaquedas que fica preso às costas da pessoa e exige dela esforço redobrado quando for correr. Da Barra da Tijuca a Botafogo, as tendas de malhação proliferam, com funcionamento geralmente limitado aos períodos da manhã e da noite. “É um trabalho que dá condicionamento e melhora a resistência aeróbica”, destaca o professor de educação física Adevan Pereira, um dos pioneiros no gênero, com cinco pontos espalhados pela orla e 360 alunos cadastrados.

Clique na imagem e veja os equipamentos usados na série do treinamento funcional à beira-mar.

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O treinamento funcional reúne certos trunfos em comparação às academias. É atraente a possibilidade de fazer ginástica a céu aberto, contemplando a bela paisagem do Rio. Em relação aos exercícios, a areia é um piso benéfico para trabalhar determinadas partes do corpo, propiciando movimentos semelhantes aos que fazemos no dia a dia. Afinal, nem sempre conseguimos caminhar em linha reta, sem obstáculos, ou sobre uma superfície totalmente plana. “Solos instáveis, como a areia, fazem com que o aluno use os músculos estabilizadores das costas e do abdômen”, enfatiza a professora Mariana Brito, instrutora de um grupo na Lagoa. “Essa técnica dá firmeza ao corpo e ajuda a prevenir as lesões causadas por movimentos bruscos.” Em busca do bem-estar, a publicitária Mariana Teixeira trocou a musculação e a ginástica localizada pela atividade na Praia do Leblon. Pesou na decisão o incômodo com o ambiente claustrofóbico de muitas salas de ginástica. “Fazer exercício era encarado por mim como uma obrigação. Hoje faço com prazer e me tornei assídua. Senti logo a diferença no corpo”, conta ela.

A prática na areia tem como marca a variedade de exercícios (veja o quadro), que aprimoram equilíbrio, força, flexibilidade, agilidade e resistência. Há espaço de sobra para correr em zigue-zague, dar passes e cabeçadas com uma bola de futebol ou se esticar com a ajuda de uma faixa de tecido. Devido principalmente ao piso irregular, todas as atividades exigem muito dos músculos de coxas, glúteos e panturrilhas, o que torna o processo mais intenso. Uma sessão de 45 minutos ao ar livre queima em torno de 400 calorias ? gasto similar ao obtido em uma aula de spinning. “Quem está acostumado com ambiente fechado acha aqui fora mais difícil”, avisa a professora Mariana. O aspecto financeiro é outro fator de sedução. As mensalidades estão na faixa de 150 reais, em média, valor compatível com o de uma academia de bairro e pelo menos a metade do que é cobrado pelas grandes redes. Aparentemente, um negócio que satisfaz os alunos e também é vantajoso para os instrutores, uma vez que a prefeitura não cobra taxa pela utilização do espaço público. O único problema que pode surgir é algo alheio à vontade dos homens. “Só paramos quando a chuva ou o vento estão muito fortes”, diz o professor Pedro Menezes, que atua à beira-mar do Leblon.

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