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Lagoa às escuras

Com pontos de luz improvisados, comerciantes do Parque dos Patins tentam amenizar o prejuízo causado pela falta de energia elétrica na região

Por Ernesto Neves
Atualizado em 5 jun 2017, 14h56 - Publicado em 11 jul 2011, 16h50

O medo entrou na rotina de quem frequenta o Parque dos Patins. À beira da Lagoa Rodrigo de Freitas, a região é um tradicional ponto de encontro de famílias e grupos de amigos que podem desfrutar de áreas de lazer para a criançada e de quiosques com comes e bebes variados. Desde fevereiro, no entanto, o local está às escuras com dezenas de postes apagados. Segundo comerciantes, o problema começou após a prefeitura instalar um canteiro de obras por ali, e se agravou há um mês. ?Na minha última ligação para a RioLuz, eles mandaram que eu contasse quantos postes estavam apagados e que só retornasse a ligação depois, com esse número?, relata Vivian Arab, do quiosque que leva seu sobrenome. Com a falta de luz permanente, as consequências imediatas são a redução do movimento e o aumento da sensação de insegurança. ?Isso aqui está parecendo um motel ao ar livre, além de ter se tornado ponto para consumo de drogas?, diz Jonas Aicardi, proprietário do Mediterrâneo, que já perdeu 40% do público que frequentava seu quiosque.

Fernando Frazão
Fernando Frazão ()

Em 2010, VEJA RIO promoveu uma eleição com os melhores bairros do Rio. A Lagoa saiu vencedora como a melhor região da cidade para praticar esportes e para fazer programas com as crianças. Porém, o cenário do parquinho onde os pequenos costumavam se reunir é ainda mais desolador. Os brinquedos estão quebrados, há pilastras rachadas e o mato cresce em volta. As paredes estão cobertas por pichações e os jardins ao redor encontram-se em péssimo estado. No entorno, entulho acumulado e canteiros de obras completam o total abandono. Moradora do Rio Comprido, Flávia Oliveira também constatou o agravamento da situação. ?Caminho na Lagoa três vezes por semana. Mas só passo aqui quando estou acompanhada pelo meu cunhado. Está muito arriscado?. Segundo os comerciantes, dificilmente se veem policiais por ali. Conclusão: não é raro ver pivetes rondando a área e alguns assaltos já foram registrados.

Fernando Frazão
Fernando Frazão ()

Para amenizar o problema, os donos de quiosques instalaram pontos de luz particulares e pagam do próprio bolso para ter o mínimo de iluminação. Segundo a RioLuz, será feita uma vistoria para averiguar o problema. A empresa afirma que a fiação da região está envelhecida e que a última intervenção urbanística aconteceu nos anos 90, quando foram erguidos os quiosques nos parques dos Patins e do Cantagalo. De acordo com a assessoria, serão gastos 8,3 milhões de reais na melhoria das instalações, que inclui também a troca dos postes por versões mais modernas, equipadas com lâmpadas brancas, que aumentam a luminosidade. Mas acredite se quiser: a previsão é de que a obra seja concluída apenas em 2012.

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