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Instituto que ajuda jovens da Maré corre risco de fechar

Em 13 anos, o local atendeu 3,1 mil jovens, entre 12 e 17 anos, mas acumula uma dívida de 90 mil reais

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
16 Maio 2017, 14h55
Instituto Vida Real (Facebook/Divulgação)

Há 13 anos, o Instituto Vida Real oferece atividades e cursos para crianças e jovens da comunidade Nova Holanda, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. Com falta de dinheiro, a organização corre o risco de fechar as portas.

O instituto tem uma dívida acumulada de R$ 90 mil. “Chegamos a ter 250 alunos; hoje, a gente tem em torno de 90. Por causa dessas dificuldades, a gente tem deixado de atender. Tivemos que dispensar dez funcionários. Alguns projetos incentivados chegaram ao fim e hoje estamos só com o patrocínio da concessionária Linha Amarela S/A (Lamsa)”, disse o fundador e presidente do instituto, Sebastião Antônio de Araújo, o Tião, morador da comunidade.

Além do débito, é preciso pagar o aluguel de R$ 3 mil mensal e contas de luz, água e telefone.

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Em 13 anos, o instituto atendeu 3,1 mil jovens, entre 12 e 17 anos, com a oferta de reforço escolar, oficinas de música, grafite, design gráfico, serigrafia e fotografia. “Temos hoje jovens ganhando dinheiro com fotografia, tirando fotos de aniversários e casamentos na comunidade; temos jovens já gravando CDs; temos alunos que estão tocando em barzinhos; tem jovens que trabalham com serigrafia fazendo camisetas e hoje o instituto está paralisado por conta de finanças”. 

Há três anos, Lucas Santiago, 15 anos, faz aulas de violão, fotografia, manutenção de computadores e tem reforço escolar no instituto. “Está sendo ótimo. A gente está aprendendo muitas coisas”, disse o jovem, que faz parte de uma orquestra com outros colegas, que fará um recital, em junho, para parentes de alunos e funcionários da instituição.

A professora Júlia Santos dá aulas de reforço escolar há cinco anos. Para ela, o trabalho no instituto é uma experiência bastante positiva. “Como sou moradora da Maré, o objetivo maior é o incentivo a essas crianças à educação, à escola, porque eles são muito desestimulados, e mostrar que eles são capazes também de chegar a uma universidade”.

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O instituto tem hoje dez funcionários, que recebem em média um salário mínimo, além de oferecer café da manhã e lanche para os estudantes. “Há aluno que o alimento que tem é o que nós damos aqui”, diz Tião.

Com o apoio da organização não governamental Move Rio, foi criada a campanha de crowdfunding (financiamento coletivo) #FicaVidaReal, que visa a arrecadar R$ 60 mil para garantir mais um ano de funcionamento do instituto. A campanha se estenderá até o dia 30 de junho.

A campanha pode ser acessada pelo site benfeitoria.com/ficavidareal. O instituto só receberá a verba doada se o total estabelecido na campanha for arrecadado.

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