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Histórias Cariocas

Por Lula Branco Martins
Atualizado em 5 jun 2017, 14h51 - Publicado em 9 set 2011, 15h40

Entre cores e tracinhos

Uma roda de samba com gente azul e rosa está na coleção de quadros de Patrícia Brasil, no Centro Laurinda Santos Lobo, em Santa Teresa. São trinta obras da série Etnografia Singela Carioca. O sobrenome da artista guarda uma história curiosa, que tem a ver com a visita de estrangeiros a seu ateliê. Ela se chama Lima, mas incorporou o nome do país depois de dar aos gringos, por centenas de vezes, cartõezinhos assinando ?Patrícia, tracinho, Brasil?. Passou a ser sua marca.

Memória da cidade

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Houve um tempo em que a Lagoa Rodrigo de Freitas servia de cenário para passeios de bote, era lugar bom para namoricos, e nossos parentes mais velhos juram que já nadaram em suas águas. A gente acredita, e a foto, tirada em 1930 da Curva do Calombo, nos deixa com saudade até do que não vivemos ? aliás, Saudade é o nome do longa que lá estava sendo rodado, com Mário Marinho e Didi Vianna, da Cinédia. O estúdio acabou, mas ainda vive na forma de centro cultural, na Glória, e no mês que vem promove palestras sobre filmes daquela época.

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Leia, viaje e, se quiser, desenhe

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Alguém mais desatento deixará escapar dezenas de referências cariocas citadas no novo livro do designer e escritor Heleno Bernardi. A noite de autógrafos será na terça (20), na galeria Coleção de Arte, no Flamengo. Lá estará o próprio, dando pistas, mas não muitas. Explica-se. Truques de Autor, a começar pelo título, é repleto de charadas. São 160 páginas contando uma história que se passa entre Botafogo e o Centro, em que os cenários não aparecem revelados com todas as letras ? na verdade eles são apenas sugeridos. Além disso, numa proposta ousada, as folhas pares estão todas em branco. ?O leitor deve projetar ali sua interpretação visual das passagens do livro?, diz ele. Sem tirar a graça da leitura, podemos adiantar dois lugares citados: a livraria Prefácio e o Píer Mauá.

Coleção primeiros passos

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Já ouviu falar de batalha do passinho? Se der uma volta no fim de semana que vem pelo Borel, Morro do Andaraí ou Salgueiro, poderá ver, com os próprios olhos, o ritmo e a coreografia que vêm despertando interesse de gente como a pesquisadora de mídia Ivana Bentes e o jornalista Silvio Essinger. Eles compõem a banca que elegerá os melhores dançarinos do evento, uma parceria do Sesc com o Laboratório Cultural. Os feras dessa modalidade, misto de break, frevo e capoeira, estão no Jacarezinho e no Vidigal. Cada bailarino (ou grupo) tem cinco minutos para se apresentar. Nem precisa ter música tocando, bastam palmas. Segundo os produtores, um dos objetivos é mostrar que funk não rima com obscenidade.

Música no quartel

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Se depender do arquiteto Jaime Lerner, prefeito de Curitiba por três mandatos e ex-governador do Paraná, os prédios do 23º Batalhão da PM, no Leblon, estão com os dias contados. Na quinta (15) ele mostrará, na Casa do Saber, na Lagoa, desenhos do Museu da Bossa Nova, a ser erguido onde hoje estão as dependências do quartel. Conhecido pelos projetos urbanísticos implantados em sua cidade, que com ele avançou no transporte público e no meio ambiente, Lerner defenderá a tese de que o movimento musical tem a cara do Rio ? e é urgente que haja um lugar onde sua história esteja documentada e exposta. As formas sinuosas do edifício são inspiradas num verso de Garota de Ipanema: ?Num doce balanço / a caminho do mar?.

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