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Histórias Cariocas

Por Rachel Sterman
Atualizado em 5 jun 2017, 14h40 - Publicado em 3 fev 2012, 16h41

A inflação na areia

Todo verão é a mesma coisa: basta a temperatura subir para que os preços cobrados por serviços e produtos na orla acompanhem o termômetro. Enquanto o índice oficial de inflação em 2011 ficou em 6,5%, alguns itens na economia informal da areia subiram até 33% (veja as variações ao lado). Em dias de sol a pino, os critérios são mais arbitrários e variam de acordo com a procura e a localização dos banhistas. Em Ipanema, o aluguel de uma barraca pode bater em 10 reais.

No embalo do Porto Maravilha

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A direção do Museu Histórico Nacional decidiu surfar na onda de recuperação da região central e tentar tirar do papel velhos planos de expansão. A historiadora Vera Lúcia Bottrel Tostes, à frente da instituição há dezoito anos, se prepara para reivindicar o vasto terreno onde hoje funciona o posto de vistoria do Detran na Travessa Santa Luzia. Sua proposta é negociar junto ao governo do estado a doação da área, que originalmente pertencia à União, para a instalação de uma biblioteca, um arquivo de documentos históricos e uma nova reserva técnica. “A ampliação formaria um complexo arqueológico e cultural, com a interligação da Santa Casa de Misericórdia, o prédio do museu, que já foi o Antigo Arsenal Real, e a Ladeira da Misericórdia”, explica Vera.

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Os bastidores da folia

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Por trás das fantasias e marchinhas que animam os blocos de rua do Carnaval carioca, escondem-se histórias e personagens para lá de pitorescos. O produtor e diretor Candé Salles teve a ideia de retratar parte desse universo em um documentário dividido em cinco capítulos exibidos pela internet ? dois já podem ser vistos no site www.carnavalderuadorio.com.br. Seu trabalho resgata personagens como Bira, presidente do Cacique de Ramos, e Capilé, do Bafo da Onça, e, em meio a dezenas de depoimentos, relembra a origem das agremiações e a criatividade dos foliões na hora de inventar os nomes dos grupos ? alguns capazes de chocar os mais pudicos.

Memória da Cidade

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Fugindo da perseguição aos judeus em seu país natal, o alemão Kurt Deichmann aportou na cidade no fim da década de 30. Em 1942, abriu uma delicatessen na Avenida Ataulfo de Paiva que, com o passar do tempo, se tornaria uma das melhores docerias da cidade. Na época, o próprio Kurt ? na foto com sua filha Marion, na confeitaria ? resolveu pôr a mão na massa e vasculhou as velhas receitas de sua mãe. De lá, saíram delícias como o bolo picada de abelha e a torta de damasco, produzidas da mesma forma que eram feitas há setenta anos, agora na loja da Rua General Urquiza, comandada por Evelyn Deichmann, sobrinha de Kurt e responsável pela administração do negócio desde 1989.

Final feliz em meio à tragédia

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Além da trágica marca de pelo menos dezessete mortos e cinco desaparecidos, o desabamento do Edifício Liberdade deixou um vazio na vida das pessoas que trabalhavam no local e perderam bens e documentos em meio aos escombros. Funcionária da produtora de cinema MPC, localizada no 5º andar, Isabel Graça pode se considerar uma pessoa de sorte. Depois de peregrinar por vários locais que receberam o entulho, ela chegou ao Aterro de Gramacho. Ali, entre os detritos, encontrou seu estojo do Snoopy, papéis da empresa e o roteiro de um longa-metragem que será produzido pela equipe. O nome do filme? A Esperança é a Última que Morre.

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