Continua após publicidade

Meu Rio com Fatboy Slim

Apaixonado pelo Brasil, o DJ internacional já perdeu a conta de quantas viagens fez ao Rio - são mais de dez. Abrindo mais uma turnê pelo país nesta quinta (19), no Riocentro, Fatboy Slim conversou com VEJA RIO sobre o que o encanta na cidade

Por Louise Peres
Atualizado em 5 dez 2016, 15h48 - Publicado em 18 jan 2012, 17h09

Desde que esteve no Rio pela primeira vez, em 2004, ele já vestiu a camisa canarinho incontáveis vezes, gravou um hit em que clama a multidão a saudar o Brasil (Put Your Hands Up For Brazil) e virou o DJ gringo que mais vezes tocou para os cariocas. E nesta quinta (19), no Riocentro, o britânico Fatboy Slim começa mais uma turnê pelo país, apresentando uma prévia do que mostrará em junho em Brighton, na Inglaterra – mesmo local onde realizou, dez anos atrás, um show lendário que o alçou ao primeiro escalão da cena eletrônica mundial. Amante de Santa Teresa e louco por pão de queijo, um bem humorado Fatboy – que também atende pela alcunha de Norman Cook – recebeu VEJA RIO no Leblon, onde está hospedado, e falou sobre as maravilhas do Rio que, mesmo depois de tantas visitas, ele não se cansa de ver.

Você é o DJ internacional que trouxe mais turnês ao Rio. O que te faz voltar sempre?

Já são mais de dez vezes, eu acho. Eu amo o Rio, e os brasileiros parecem amar o que eu faço também. É um lugar delicioso, e eu continuo sempre querendo voltar. Alguns países eu vou a cada 2, 3 anos. Para o Brasil eu cheguei a vir duas vezes no ano passado! Às vezes venho no Carnaval, outras, como essa, viemos um pouco mais cedo… Tem sempre alguma coisa acontecendo aqui. E se me perguntarem: “quer tocar de novo no Brasil?”, eu vou sempre dizer sim!

Para você, o que a cidade tem de melhor?

Eu sempre vou responder: os brasileiros. As praias são incríveis, o país é adorável, o clima é fantástico, mas as pessoas realmente fazem a diferença. Eu viajo pelo mundo, e percebo que vocês são as pessoas mais amigáveis que já vi. Muito mais abertos! Eu levo uns dois dias para me acostumar aos dois beijinhos sempre que venho pra cá (risos).

O que você gosta de fazer quando está na cidade? Tem algo que você sempre procura fazer quando vem?

Aqui, especialmente, é sempre bom ter um pouco de contato com a cultura. Normalmente não tenho muito tempo livre para isso, ainda mais no Rio, onde as coisas costumam ser bem corridas. Quando temos tempo, aproveitamos. Da última vez, fomos a Búzios! Tivemos quatro dias livres lá. Foi incrível! E hoje à noite vamos a um ensaio de escola de samba! (Ele vai assistir ao ensaio da G.R.E.S. Porto da Pedra).

É a sua primeira vez?

É! A minha vida inteira eu quis ver isso de perto! Sempre venho no Carnaval, época em que já não acontecem mais ensaios. Nós temos pequenas bandas de samba em Londres, mas não se comparam a uma escola de samba, com a bateria, as fantasias, e tudo mais. Estou muito empolgado!

Qual é o seu lugar favorito aqui?

Santa Teresa! É um bairro muito agradável, gostei muito de lá.

Continua após a publicidade

Que lugar você recomendaria a um amigo/turista que viesse ao Rio?

Eu tenho certeza que como turistas eles vão querer vir a Ipanema, ao Leblon. Mas foi muito legal conhecer uma outra parte da cidade, diferente, mas também bonita. Então indico Santa Teresa de novo (risos).

Indica algum restaurante, um bar legal?

Fui a um restaurante incrível lá, em que comemos em uma espécie de casa na árvore (Aprazível). Mas também recomendo a qualquer amigo que vá ao Porcão, pelo menos uma vez na vida, porque não há nada parecido com aquilo na Europa. Provar um churrasco brasileiro é uma experiência gastronômica única.

Qual é a sua vista favorita na cidade?

A visão mais bonita que já tive aqui foi na vez que tocamos no Aterro do Flamengo, em 2004. Eu coloquei aquela imagem como proteção de tela do meu laptop! A multidão, os barcos na Baía, as montanhas ao fundo… Sem dúvida, é a minha vista favorita.

E seu prato favorito aqui? Tem alguma comida que você provou e come sempre que vem?

Tudo que tenha palmito – mais uma coisa que não temos na Europa. E também queijo! Ah, claro, pães de queijo! Adoro! A primeira coisa que faço no aeroporto é procurar por eles. Não estou parecendo um turista idiota falando essas coisas? (risos)

Que música melhor representa o Rio para você? Por que?

Aquela: “La/larara/lara/lara…” (cantarola Aquarela do Brasil). Tocou uma vez em um filme que assisti, em uma cena em que os personagens chegavam ao Rio, e nunca mais esqueci. Cresci nos anos 60, o samba e a bossa nova estavam ganhando o mundo. Ouvi muito, porque meus pais adoravam.

Continua após a publicidade

E você gosta de música brasileira?

Muito! Gosto de Caetano Veloso, Gilberto Gil… Quando toquei no Aterro, fiz uma versão de Garota de Ipanema com um pouco de hip hop e drum n? bass, ficou uma coisa meio parecida com um baile funk. A plateia veio abaixo.

Já foi a um baile funk?

Já! Muito rapidamente. Era demais para a minha esposa (risos). Ela achou muito barulhento, muito alto… Mas é algo realmente único.

Se a cidade fosse um estilo musical, qual seria?

Samba, claro!

Qual é a melhor memória que você tem dos seus shows aqui?

Justamente a reação do público quando toquei a versão para Garota de Ipanema em 2004. Resolvi experimentar e deu certo, diante de uma das maiores plateias da minha carreira. Foi incrível.

Em 2007 você voltou ao Rio e tocou na casa do Big Brother Brasil. Nesse momento, a casa está cheia de novo. Como foi essa experiência? Alguma chance de você voltar lá?

Nada que eu tenha ouvido a respeito (risos). Da última vez que fizemos isso, não foi planejado. Tínhamos uns três dias aqui, eles descobriram quando já estávamos na cidade e fizeram a proposta. Foi fantástico. Tive muita sorte, porque das doze pessoas que estavam lá, sete já tinham ido a um show meu, conheciam as músicas. Eu quebrei as regras, deixei o som, pulei na piscina, afoguei meu celular que estava no bolso… E o mais legal foi o dia seguinte, quando eu estava andando na rua e uma senhorinha apontou para mim e disse: “Você, né, bagunceiro?” (risos). Vi que, depois daquele único show transmitido pela TV, fiz amigos no Brasil todo.

Continua após a publicidade

Sobre o seu show amanhã, o que o público pode esperar? É só um ensaio para o seu show em Brighton?

O show que fizemos lá dez anos atrás não tinha a tecnologia que temos hoje, então o desta quinta já se torna algo muito maior: as telas em HD, as imagens que mixo e sincronizo com as músicas, os lasers… E por ser indoor, vira uma experiência muito mais intensa. Hoje cada show já é um grande ensaio, as coisas sempre melhoram em algum ponto. Mas prometo surpresas, como sempre (já tenho uma nova brincadeirinha na manga), com certeza vou tocar Put Your Hands Up For Brazil, It?s Brazil Bitch… É inevitável! E sabe, todo canto do mundo onde toco tem uma bandeira do Brasil na multidão, e eu sempre fico tentado e acabo tocando essas músicas. É muito tentador, eu não resisto! Os brasileiros estão sempre nos meus shows, eu me sinto acolhido. É como se fosse parte da família deles.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.