Exposição no Museu Histórico Nacional retrata adeus à perimetral
Histórias e curiosidades sobre o Rio e seus habitantes
O Elevado da Perimetral, na Zona Portuária, já virou história para contar. Erguido nos anos 60, foi implodido entre 2013 e 2014, não sem polêmica, no processo de revitalização daquela área da cidade. Tratado como um trambolho urbanístico, tinha também admiradores, que ainda hoje louvam suas qualidades viárias no escoamento do tráfego pelo Centro. Se o trânsito vai melhorar ou piorar sem ele, ainda não deu para sentir. O que podemos ver, por enquanto, é a interessante exposição Adeus, Perimetral, que desde a semana passada ocupa o Museu Histórico Nacional. São imagens de escombros, pichações e, enfim, dos “últimos momentos”, feitas por fotógrafos como Wilson da Costa (registro ao lado), Felipe Varanda e Paulo Marcos.
Desligue isso, amor
Em junho, mês dos namorados, é normal que os motéis aumentem sua rotatividade. Natural também que surjam promoções, pacotes, descontos. O Vip’s, há quarenta anos instalado entre Vidigal e São Conrado, com vista linda e, aliás, um dos mais caros da cidade, inventou neste ano a chamada desligadinha, parceria que envolve dois restaurantes da Zona Sul. O casal que for ao Devassa do Flamengo ou ao Rayz, em Ipanema, e repousar os celulares, em off total, num display em forma de cama (sem tocá-los nem para acessar a internet), vai ganhar um certificado e, quando for ao motel, terá mais quatro horas de bônus em qualquer suíte.
Pom-pom-pom-pom-pom…
A tuba é um instrumento nada convencional, enorme, com graves que parecem uma voz de trovão, pouco dado a solos melodiosos que mereçam aplausos de uma plateia leiga. Pois o mais pesado dos sopros será uma das estrelas da próxima edição do projeto Música no Palácio, no Centro Cultural do Poder Judiciário. A estreia é na próxima quinta (11) e os concertos vão até o dia 23 de julho. Com curadoria de João Vidal, diretor artístico da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a série homenageia os 450 anos da cidade, abrindo espaço, entre os Chopins e Mozarts de sempre, para compositores eruditos cariocas, não tão conhecidos, como Henrique Alves de Mesquita, do século XIX. É de sua autoria a peça que será tocada pelo Art Metal Quinteto, reunindo dois trompetes, trompa, trombone e, rainha do palco, uma tuba, com aquele pom-pom-pom típico das notas baixas. O escritor Machado de Assis, contemporâneo de Mesquita, costumava se referir a ele como “um possível Beethoven brasileiro”.
10 anos
É essa a marca, triste especialmente para seus torcedores, que a Caprichosos de Pilares, uma das escolas mais simpáticas da Zona Norte, pode atingir caso decepcione novamente no próximo Carnaval: se não for campeã e subir, completará uma década afastada do Grupo Especial, a elite do samba carioca. Já andou na segunda divisão, chegou a ser rebaixada para a terceira (em 2011) e tenta se reerguer com um enredo ousado — a entrega da sinopse para os compositores concorrentes foi na terça (2) —, que se chama Tem Gringo no Samba e fala de pessoas que nasceram no exterior mas fizeram sucesso no Brasil. A figura central será o ex-jogador sérvio Petkovic, que nos anos 90 jogou no escrete da então Iugoslávia e, depois, atuou no Vasco, no Fluminense e no Flamengo. Carmen Miranda (portuguesa) e Elke Maravilha (russa) também serão homenageadas.
Roqueiro ostentação
Uma marca ipanemense de joias acaba de lançar uma linha de cordões e pulseiras que tem por inspiração o Rock in Rio. A proposta é pendurar, no peito e no pulso dos fãs do evento, desde palhetas em miniatura até réplicas daquela guitarra-símbolo da festa, cujo molde é o mapa da América do Sul. A parceria da loja com a Artplan, produtora do festival, não vem de hoje: na edição de 2011, a joalheria foi responsável pela confecção de troféus corporativos. Agora aposta em bijuterias com pegada heavy metal (três exemplos ao lado). No site carioquez.com.br estão as outras nove peças da coleção.