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Dezessete espetáculos teatrais voltam à cena nos palcos cariocas, que recebem ainda oito novidades neste fim de semana. Nos cinemas, cinco estreias agitam as salas da cidade. Aproveite também para conferir uma peça e oito mostras que encerram suas temporadas. Programe-se!

Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2017, 14h14 - Publicado em 4 jan 2013, 15h54

CINEMA

ESTREIAS

✪✪✪✪ DETONA RALPH, de Rich Moore (Wreck-It Ralph, EUA, 2012). Se a Pixar deu um passinho atrás ao fazer de Valente um desenho animado com a cara da Disney, a Disney ganha aqui a dianteira ao produzir uma espertíssima animação à altura de Carros ou Os Incríveis, dois sucessos da Pixar. Adultos podem curtir tanto quanto a criançada. O tema aborda, basicamente, o universo dos jogos eletrônicos da década de 80, mas há uma menininha muito fofa que vive num mundo megacolorido, atração irresistível para a garotada. Na trama, o grandalhão Ralph é o vilão de um fliperama chamado Concerta Félix. As crianças adoram vê-lo derrotado pelo herói. Dentro da máquina, porém, Ralph sente-se à margem dos outros personagens, mora num lixão e quer ter uma vida melhor. Para isso, decide ir em busca de aventuras. Ralph sai do Concerta Félix e, entre outros games, vai parar no Corrida Doce. Lá conhece a rebelde garotinha Vanellope, esnobada por suas colegas nas competições de carro (101min). Livre. Estreou em 4/1/2013. Dublado: Box Cinemas São Gonçalo 4 e 5, Cinemark Botafogo 2, Cinemark Carioca 6 e 7, Cinemark Downtown 9, Cinemark Plaza Shopping 6, Cinespaço Boulevard 3, Cinépolis Lagoon 5 e 6, Cinesystem Ilha Plaza 4, Cinesystem Via Brasil 4, Espaço Itaú de Cinema 4, Espaço Rio Design 1, Iguatemi 5, Kinoplex Grande Rio 3, Kinoplex Nova América 3, Roxy 2, UCI Kinoplex NorteShopping 6, UCI New York City Center 5 e 6. Dublado, 3D: Bay Market 3, Box Cinemas São Gonçalo 7, Cinecarioca Méier 1, Cinemark Botafogo 6, Cinemark Carioca 3, Cinemark Downtown 3 e 4, Cinemark Plaza Shopping 3, Cinemark Village Mall 2, Cinesystem Bangu 1 e 2, Cinesystem Ilha Plaza 1 e 2, Iguatemi 1, Kinoplex Fashion Mall 2, Kinoplex Grande Rio 2, Kinoplex Leblon 1, Kinoplex Nova América 7, Kinoplex Tijuca 1, Kinoplex West Shopping 5, Rio Sul 2, São Luiz 3, UCI Kinoplex NorteShopping 1 e 10, UCI New York City Center 12, Via Parque 5. Legendado, 3D: Cinemark Botafogo 6, Cinemark Downtown 3, Cinemark Plaza Shopping 3, Cinemark Village Mall 2.

✪✪ PARIS-MANHATTAN, de Sophie Lellouche (Paris-Manhattan, França, 2012). A francesa Alice (Alice Taglioni) tinha 15 anos quando viu uma fita de Woody Allen pela primeira vez. A partir de então, fez do cineasta seu guru e, com ele, tem imaginárias conversas existenciais. A protagonista cresceu, formou-se farmacêutica e vive à procura de um marido. Bonita, solteira e independente, Alice, veja só, receita filmes para seus clientes. Seus pais, a irmã e o cunhado não param de tentar achar o homem ideal para ela. Eis, então, que surge o boa-praça Victor (Patrick Bruel). Charmoso instalador de alarmes, o cara, para desespero de Alice, jamais assistiu a uma produção de seu diretor favorito. Em seu primeiro longa, Sophie Lellouche tenta homenagear Woody Allen com uma comédia romântica que emula de raspão os trabalhos do grande realizador americano. Feito de quiproquós românticos ora previsíveis, ora charmosos , o filme fica só na intenção. A narrativa é embalada por deliciosa trilha sonora, cujo ápice traz Ella Fitzgerald em Bewitched (77min). 12 anos. Estreou em 4/1/2013. Espaço Itaú de Cinema 3, Estação Sesc Barra Point 1, Estação Sesc Botafogo 1, Estação Vivo Gávea 4.

QUAL É O NOME DO BEBÊ?, de Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte (Le Prénom, França/Bélgica, 2012). Na comédia, Vincent (Patrick Bruel) é um quarentão às vésperas de ter seu primeiro filho. Empolgado com a paternidade, ele é convidado para um jantar na casa de sua irmã, em companhia da mulher e dos amigos mais próximos. Questionado sobre qual será o nome da criança, Vincent anuncia sua escolha e cria um grande constrangimento (109min). 10 anos. Estreou em 4/1/2013. Estação Sesc Barra Point 1, Estação Sesc Ipanema 1, Estação Sesc Rio 2, Estação Vivo Gávea 3.

✪✪✪ SETE PSICOPATAS E UM SHIH TZU, de Martin McDonagh (Seven Psychopaths, Inglaterra 2012). O diretor inglês de Na Mira do Chefe (2008) volta a escalar o astro Colin Farrell para sua nova comédia. Embora o roteiro seja mais inteligente e complexo, o tom é melancólico. Vai se divertir mais quem curte enredos sobre os bastidores do cinema a ação se passa em Hollywood e coloca tramas dentro da história central numa engenhosa (e por vezes repetitiva) mistura de ficção e realidade. Farrell interpreta Marty, escritor envolvido com seu novo roteiro, sobre sete psicopatas. Seu melhor amigo, Billy (Sam Rockwell), quer ser ator, mas ganha a vida de uma forma torta. Ele e o aposentado Hans (Christopher Walken) roubam cachorros para pegar a recompensa com os donos. A dupla está prestes a entrar numa fria ao pegar o cãozinho da raça shih tzu pertencente a um mafioso impiedoso, interpretado por Woody Harrelson (110min). 12 anos. Estreou em 4/1/2013. Cinemark Downtown 6, Cinépolis Lagoon 2, Cinesystem Via Brasil 3, Espaço Itaú de Cinema 2, Estação Vivo Gávea 5, Rio Sul 1, UCI New York City Center 1, Via Parque 3.

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✪ O SOM AO REDOR, de Kleber Mendonça Filho (Brasil, 2012). O diretor pernambucano vem colhendo prêmios por este seu primeiro (e superestimado) longa de ficção. Só no Brasil, levou troféus de melhor filme nos festivais do Rio e de Gramado, além da Mostra Internacional de São Paulo. Embora sua crônica recifense traga elementos atuais e contundentes, o disperso roteiro do drama pouco aprofunda temas oportunos. Como existem muitos personagens, as subtramas se perdem e são mal resolvidas. Há ainda sequências totalmente dispensáveis. Em pouco mais de duas horas, o diretor e roteirista apresenta um bairro do Recife e seus vários moradores. Entre eles está Bia (Maeve Jinkings), casada e mãe de duas crianças cujo tormento consiste nos latidos do cachorro da casa ao lado. Já o corretor de imóveis João (Gustavo Jahn) mora num condomínio de classe média, é órfão, tem um primo bandido (Yuri Holanda) e está começando uma relação com Sofia (Irma Brown). Como a região onde moram anda sofrendo com uma onda de roubos, uma milícia particular, liderada pelo segurança Clodoaldo (Irandhir Santos), aparece oferecendo vigilância paga. Irandhir e W.J. Solha (que faz o avô de João) seguram as pontas, mas a maioria dos atores é tão fraca que nem o realizador consegue contornar as deficiências (131min). 16 anos. Estreou em 4/1/2013. Cinemark Downtown 9, Cine Santa Teresa, Espaço Itaú de Cinema 1, Estação Sesc Ipanema 2.

TEATRO

ESTREIAS

A GAROTA DO ADEUS, adaptação de Edson Fieschi para a trama do filme dirigido por Herbert Ross e roteirizado por Neil Simon. Lançado em 1977, o longa rendeu o Oscar de melhor ator para Richard Dreyfuss. Na versão brasileira, o cenário, em vez de Nova York, é a cidade de São Paulo. Na comédia, a dançarina e atriz Paula Menezes (Maria Clara Gueiros) é abandonada pelo namorado, também ator. Para piorar a situação, ele ainda subloca o apartamento em que Paula e a filha (Luisa González) vivem para outro ator, Hélio Garcia (Edson Fieschi), recém-contratado para estrelar uma curiosa adaptação de Ricardo III. Quando o novo morador chega ao apartamento, Paula impede sua entrada. Após algumas conversas, os dois fazem um acordo e passam a dividir a casa. No entanto, as diferenças entre eles trazem conflitos constantes. O elenco conta ainda com Clara Garcia e Sérgio Ricardo. Direção de Elias Andreato (85min). 10 anos. Teatro Fashion Mall ? Sala 1 (474 lugares). Estrada da Gávea, 899, 2º piso, São Conrado, ☎ 3322-2495 e 2422-9800. → Quinta e sexta, 21h30; sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 60,00 (qui. e sex.) e R$ 70,00 (sáb. e dom.). Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). Cc: M e V. Cd: M e V. IC. Estac. (R$ 8,00 por duas horas). Até 31 de março. Estreia prometida para sexta (4).

MINIMANUAL DE QUALIDADE DE VIDA, de Ana Paula Botelho. Depois do sucesso nos palcos com A História de Nós 2, ao lado de Marcelo Valle, Alexandra Richter (foto) enfrenta seu segundo monólogo. Na peça, ela interpreta a palestrante que apresenta à plateia um livro milagroso: a obra ajuda a otimizar o tempo das pessoas, torná-las mais informadas, manter o corpo e a mente em harmonia, tudo isso para alcançar a tão sonhada felicidade e os padrões de qualidade de vida estabelecidos pela sociedade. Cheia de atribuições, ela, no entanto, é a primeira a entrar em colapso. Direção de Daniela Ocampo (70min).

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12 anos. Teatro do Leblon ? Sala Tônia Carrero (200 lugares). Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, ☎ 2529-7700. Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 50,00 (qui.), R$ 60,00 (sex. e dom.) e R$ 70,00 (sáb.). Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IC. Estac. (R$ 4,00 a cada meia hora). Até 3 de março. Estreia prometida para quinta (3).

NO GOGÓ DO PAULINHO, de Maurício Manfrini. O humorista, locutor, dublador e cantor se inspirou em histórias que ouviu nas ruas para criar o personagem Paulinho Gogó, um típico malandro carioca e suburbano. No palco, Manfrini, que há oito anos integra o elenco do programa A Praça É Nossa, do SBT, recheia a apresentação de histórias dos bastidores da TV, como o encontro com Silvio Santos no banheiro e as brincadeiras com Carlos Alberto de Nóbrega. Direção do autor (70min). 14 anos. Teatro dos Grandes Atores ? Sala Azul (400 lugares). Avenida das Américas, 3555, Barra (Shopping Barra Square), ☎ 3325-1645. Sexta e sábado, 23h. R$ 60,00. Bilheteria: a partir das 15h (sex. e sáb.). Cc: D e M. Cd: R. IC. Estac. (R$ 4,00 por duas horas). Até 30 de março. Estreia prometida para sexta (4).

ÓPERA, de Newton Moreno. Baseada em quatro contos inéditos ? Cão, O Troféu, Culpa e Ópera ? do escritor e dramaturgo pernambucano, também autor de Jacinta e As Centenárias, a comédia gay é encenada pela companhia Coletivo Angu de Teatro, de Recife. Com doses iguais de humor e ousadia, a peça aborda o universo homossexual por meio de tramas como a do cachorro gay que bagunça a rotina de uma família tradicional ou a do jovem que tenta se afirmar como mulher. André Brasileiro, Arilson Lopes, Fábio Caio, Ivo Barreto, Tatto Medinni, Luciano Pontes e Andréa Close integram o elenco. Direção de arte de Marcondes Lima (80min). 18 anos. Teatro Glauce Rocha (204 lugares). Avenida Rio Branco, 179, Centro, ☎ 2220-0259, ? Carioca. Quinta a domingo, 19h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 14h (qui. a dom.). Até 20 de janeiro. Estreia prometida para quinta (3).

VEM TRANSAR COM A GENTE, de Nizo Neto e Tatiana Presser. Tatiana, especialista em sexo, estreia como atriz ao lado do marido, o ator Nizo Neto. O casal apresenta, em estilo stand-up comedy, diferentes situações de relações sexuais. Em cena, eles tiram dúvidas sobre a performance na cama, ensinam quais são as partes mais prazerosas do corpo e ainda deixam o público à vontade para fazer perguntas, como se estivesse numa palestra. Direção de Fernando Ceylão (70min). 14 anos. Teatro Vannucci (400 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52, Gávea, 3º piso (Shopping da Gávea), ☎ 2239-8545 e 2274-7246. Sexta e sábado, 23h30. R$ 70,00. Bilheteria: a partir das 14h (sex. e sáb.). IC. Estac. (R$ 6,00 por duas horas). Até 23 de fevereiro. Estreia prometida para sexta (4).

O LUGAR ESCURO, de Heloisa Seixas. Adaptação do livro homônimo, e autobiográfico, lançado pela escritora em 2007. Heloisa relata como a degradação física e mental de sua mãe, provocada pelo Alzheimer, afetou as relações afetivas de toda a família. Em cena, o drama é interpretado por personagens definidos como uma velha (Camilla Amado), uma mulher (Clarice Niskier) e uma jovem (Laila Zaid), obrigadas a encarar a dura realidade de quem convive com um portador de doença degenerativa. Direção de André Paes Leme (60min). 12 anos. Espaço Sesc ? Arena (290 lugares). Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, ☎ 2547-0156. → Quinta a sábado, 20h30; domingo, 18h30. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). Até 3 de fevereiro. Estreia prometida para sexta (4).

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Leo Aversa/divulgação
Leo Aversa/divulgação ()

ROCK IN RIO ? O MUSICAL, de Rodrigo Nogueira. Uma história de sucesso, escrita em doze edições do festival (quatro no Brasil, cinco em Portugal e três na Espanha), inspira o musical. Uma trama fictícia costura as referências à trajetória do Rock in Rio. Trata-se da relação de Alef (Hugo Bonemer, de Hair), rapaz que deixou de falar após a morte do pai e só se expressa por meio da música, e Sophia (Yasmin Gomlevsky, na foto com Hugo). Filha do organizador de um grande festival de rock, ela não suporta ouvir um acorde sequer. Acompanhados por mais 23 atores, entre eles Lucinha Lins e Guilherme Leme, e nove músicos, os protagonistas cantam mais de cinquenta sucessos que marcaram o evento. Entre eles, Pro Dia Nascer Feliz, de Cazuza, Freedom, de George Michael, Marvin, dos Titãs, Fear of the Dark, do Iron Maiden, nas versões originais ou em adaptações para o português. Quinze cenários completam a superprodução que inaugura a Cidade das Artes, na Barra. O teatro tem 24 lugares para cadeirantes. Direção de João Fonseca (170min). 14 anos. Cidade das Artes ? Grande Sala (1?248 lugares). Avenida das Américas, 5300, Barra da Tijuca. Quinta, sexta e sábado, 17h30 e 21h30; domingo, 16h e 20h. R$ 40,00 (camarotes laterais 9 e 10) a R$ 160,00 (plateia). Vendas exclusivas pelo IC. Até 28 de abril. Estreia prometida para quinta (3).

Fernando Lemos
Fernando Lemos ()

TUDO POR UM POPSTAR, de Gustavo Reiz, a partir do livro homônimo de Thalita Rebouças.

O musical conta a história das amigas Gabi (Thati Lopes), Ritinha (Larissa Bougleux) e Manu (Jullie). Moradoras de Resende, elas se aventuram em uma viagem ao Rio de Janeiro para assistir ao show de seus ídolos, a boyband Slavabody Disco Disco Boys. O elenco conta ainda com Christian Villegas, Gabi Porto, Igor Pontes, Marco Bravo, Raphael Rossatto, Rosana Chayin e Thais Belchior. Direção de Pedro Vasconcelos (90min). Livre. Imperator – Centro Cultural João Nogueira: Rua Dias da Cruz 170, Méier, tel. 2596-1090. Sábado, 20h e domingo, 19h30. Sessões extras: sábado (5) às 17h e domingo (6) às 16h. Não haverá sessão no dia 11/01. R$ 20 (meia-entrada), R$ 28 (clientes e funcionários da Bradesco Seguros e Previdência) e R$ 40 (inteira). 90 minutos. Classificação livre. Até 25 de abril.

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REESTREIAS

✪✪✪✪ ALÔ, DOLLY!, texto de Michael Stewart, com músicas e letras de Jerry Herman. Clássico da Broadway, o musical levou dez estatuetas no Prêmio Tony, considerado o Oscar do teatro, em sua primeira montagem, de 1964. Dois anos depois, ganhou uma encenação no Brasil com a diva Bibi Ferreira no papel principal, num espetáculo que encantou o menino Miguel Falabella, então com 8 anos de idade. Ator e diretor nesta nova montagem, ele vive Horácio Vandergelder, um rico e intratável comerciante que contrata Dolly Levi (Marília Pêra), uma célebre viúva casamenteira, para lhe arranjar uma esposa. Da cenografia aos figurinos, passando por iluminação, som e coreografia, a produção é em tudo grandiosa e esmerada. O elenco de 29 atores conta com integrantes de larga experiência em musicais, caso de Alessandra Verney. Falabella empresta graça ao avarento Vandergelder, mas é Marília quem põe todos eles no bolso quando entra em cena, seja com falas hilariantes, seja cantando esplendidamente (140min, com intervalo). 10 anos. Teatro Oi Casa Grande (926 lugares). Avenida Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon, ☎ 2511-0800. Quinta, 21h; sexta, 21h; sábado, 18h e 21h30; domingo, 19h. R$ 40,00 a R$ 190,00. Bilheteria: 15h/20h (ter. e qua.); a partir das 15h (qui. a dom.). Cc: todos. Cd: todos. IC. Estac. no Shopping Leblon (R$ 4,00 por duas horas). Até 24 de fevereiro. Reestreia prometida para quinta (3).

O AUTO DA COMPADECIDA, de Ariano Suassuna. Na montagem da comédia pela Cia. Limite 151, o personagem João Grilo é representado pela primeira vez por uma atriz: Gláucia Rodrigues, indicada ao Prêmio Shell em 2009 por sua atuação em O Santo e a Porca, também de Suassuna, Outro protagonista da trama, Chicó é interpretado por Gabriel Naegele. Com mais dez atores, o espetáculo aborda uma história popular: após uma chacina, Grilo encontra no purgatório sete personagens que ludibriou. No tribunal divino, suas almas serão disputadas por Manuel, uma representação de Jesus, e pelo Encourado, um dos muitos nomes do capeta. Direção de Sidnei Cruz (90min). 10 anos. Sesc Tijuca — Teatro I (210 lugares). Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca, ☎ 3238-2100. Sexta a domingo, 20h. R$ 16,00. Bilheteria: a partir das 13h (sex. e sáb.); a partir das 15h (dom.). Até 3 de fevereiro. Reestreia prometida para sexta (4).

O CARA, de Miguel Thiré. Ator e ex-apresentador do programa TV Globinho, Paulo Mathias Jr. interpreta este monólogo cômico sobre a vida de um profissional de marketing viciado em trabalho. Ambicioso, o personagem Getúlio Batista encara o batente compulsivamente para se tornar o homem mais rico do mundo antes dos 30 anos. Direção do autor (90min). Livre. Teatro dos Quatro (402 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 2º piso, Gávea, ☎ 2274-9895. → Sexta e sábado, 19h. R$ 40,00 (sex.) e R$ 50,00 (sáb.). Bilheteria: a partir das 15h (sex. e sáb.). IC. Estac. (R$ 6,00 por duas horas). Até 23 de fevereiro. Reestreia prometida para sexta (4).

CASAR PRA QUÊ?, de Alessandro Anes. O próprio autor interpreta Pedro Paulo, marido de Ana Lúcia (Michelle Martins), na comédia romântica. O espetáculo aborda um tema recorrente do cotidiano. Enquanto ela gosta de ir ao shopping, falar horas com as amigas no telefone e assistir novela, ele não dispensa um futebol, uma cerveja gelada e adora falar mal da sogra. Mesmo assim, eles não se largam, mas vivem conflitos frequentes. Direção de Eri Johnson (75min). 14 anos. Teatro do Leblon Sala Tônia Carrero (200 lugares). Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, ☎ 2529-7700. Sexta e sábado, 23h. R$ 60,00. Bilheteria: a partir das 15h (sex. e sáb.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IC. Estac. (R$ 4,00 a cada meia hora). Até 31 de março. Reestreia prometida para sexta (4).

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✪✪✪ EM NOME DO JOGO, de Anthony Shaffer. Drama policial do autor inglês, adaptado duas vezes para o cinema, que estreou em 1970 com o título original de Sleuth. Dois anos depois, ganhou a primeira montagem brasileira, batizada de O Jogo do Crime, traduzida por João Bethencourt e encenada no Teatro Glória por Paulo Gracindo e Gracindo Jr. Na produção atual, com ótima tradução de Marcos Daud, Marcos Caruso e Erom Cordeiro dividem o palco nos papéis do escritor de histórias policiais Andrew Wyke e do cabeleireiro sedutor Milo Tindolini, respectivamente. O romancista descobre que sua esposa, Marguerite, o trai com o italiano. Durante uma viagem da mulher, Wyke convida Tindolini para ir à sua casa e lhe faz uma proposta que envolve o roubo das joias do casal. O que parece ser um bom negócio para ambos, porém, vai redundar em uma sucessão de reviravoltas em que um tenta sempre estar à frente do outro, em um jogo de gato e rato. O bem engendrado texto, além de prender o espectador, se presta bem ao jogo cênico entre os atores. Direção de Gustavo Paso e Fernando Philbert (90min). 14 anos. Teatro do Leblon — Sala Fernanda Montenegro (414 lugares). Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, ☎ 2529-7700. Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 70,00 (qui. e sex.) e R$ 80,00 (sáb. e dom.). Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IC. Estac. (R$ 4,00 a cada meia hora). Até 24 de fevereiro. Reestreia prometida para quinta (3).

✪✪✪✪ ESTA CRIANÇA, de Joël Pommerat. Renata Sorrah e a Cia. Brasileira de Teatro, fundada há doze anos em Curitiba pelo ator, dramaturgo e diretor Marcio Abreu, trazem o texto do autor francês ao Brasil. Além da própria Renata (excelente), Giovana Soar, Ranieri Gonzalez e Edson Rocha formam o elenco do drama, dividindo-se entre 22 personagens ao longo de dez histórias curtas (a rigor, cenas) que abordam a relação entre pais e filhos, invariavelmente mostrados em conflito. A intrigante cenografia de Fernando Marés, em que o espaço de circulação dos atores cruza o palco longitudinalmente e avança sobre a plateia, é plenamente valorizada pela belíssima luz de Nadja Naira, cheia de climas. Também é de elogiar a direção rigorosa de Marcio Abreu, buscando as sutilezas nas passagens aparentemente mais emotivas. O elenco contribui de forma decisiva para o êxito da montagem, com excelentes atuações. A propósito, a peça obteve o maior número de indicações (cinco) no Prêmio Shell, que será entregue em 2013. Direção de Marcio Abreu (90min). 16 anos. Centro Cultural Banco do Brasil — Teatro I (175 lugares). Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. Quarta a domingo, 19h. R$ 6,00. Bilheteria: a partir das 10h (qua. a dom.). Até 27 de janeiro. Reestreia prometida para quarta (2).

FORA DO NORMAL, de Fábio Porchat. Um dos integrantes do grupo Comédia em Pé, o ator, diretor e roteirista apresenta o espetáculo de humor focado em situações cotidianas, como as que envolvem telemarketing e aviões. Como de hábito na stand-up comedy, tudo se resolve no texto e na interpretação do ator, que sobe ao palco munido apenas de um microfone. Na nova temporada, ele se reveza entre o Teatro das Artes e o Teatro Miguel Falabella. Direção do autor (60min). 14 anos. Teatro das Artes (457 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 2º piso, Gávea, ☎ 2540-6004. Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h30. R$ 70,00 (sex. e dom.) e R$ 80,00 (sáb.) Bilheteria: a partir das 15h (sex. a dom.). Cc: M e V. Cd: M e V. IC. Estac. (R$ 6,00 por duas horas). Teatro Miguel Falabella (456 lugares). Avenida Dom Helder Câmara, 5332 (NorteShopping), 2º piso, Cachambi, ☎ 2597-4452. Quinta a domingo, 18h. R$ 40,00 (qui.), R$ 50,00 (sex.) e R$ 60,00 (sáb. e dom.). Bilheteria: a partir das 14h (qui. a dom.). IC. Estac. R$ 4,50 (por quatro horas). Até 3 de março. Reestreia prometida para sexta (4).

✪✪✪ GONZAGÃO — A LENDA, de João Falcão. A vida de Luiz Gonzaga (1912-1989), o Rei do Baião, inspira o musical. Em vez de apenas passear pela trajetória do homenageado, como é comum em montagens do gênero, o espetáculo traz duas tramas que se cruzam. Na primeira, uma companhia teatral nômade propõe-se a contar o que seus integrantes chamam de “lenda do Rei Luiz”. A outra, claro, é a história que esses atores contam — ou seja, a vida de Gonzagão. Eventuais imperfeições na costura entre esses dois planos se tornam irrelevantes diante da alegria contagiante no palco. Adrén Alves, Alfredo Del-Penho, Eduardo Rios, Fabio Enriquez, Marcelo Mimoso, Paulo de Melo, Renato Luciano, Ricca Barros e Laila Garin compõem o divertido elenco, que solta a voz com eficiência e se reveza em vários papéis, inclusive o de Gonzagão. Quatro bons instrumentistas acompanham a turma: Rafael Meninão (sanfona), Rick De La Torre (percussão), Daniel Silva (violoncelo) e Beto Lemos (rabeca e viola). Eles executam mais de cinquenta canções, entre os sucessos O Xote das Meninas, Pau-de-Arara e Asa Branca, com arranjos renovados, mas que não subvertem sua essência. Os figurinos e adereços escapam à obviedade e sugerem um Nordeste estilizado. Tanto a música quanto o figurino foram indicados ao Prêmio Shell, a ser entregue em 2013. Direção do autor (120min). 12 anos. Teatro Sesc Ginástico (513 lugares). Avenida Graça Aranha, 187, Centro, ☎ 2279-4027. → Quinta a domingo, 19h. R$ 24,00 (qui. e sex.) e R$ 32,00 (sáb. e dom.). Bilheteria: a partir das 13h (qui. a dom.). Até 3 de fevereiro. Reestreia prometida para quinta (3).

✪✪✪✪ JACINTA, de Newton Moreno, Aderbal Freire-Filho e Branco Mello, a partir da obra de Newton Moreno. A comédia musical é uma hilária e sensível declaração de amor ao teatro. Andréa Beltrão é a personagem do título, atriz portuguesa de meados do século XVI que simplesmente não sabe atuar. Em sua estreia, diante da rainha de Portugal, a performance oferecida é de tal maneira terrível que a monarca perde o ar e morre. Como punição, Jacinta é exilada no Brasil, onde vai buscar aquilo que jamais conheceu: o aplauso. Interpretando diversos papéis com o auxílio de poucos adereços, Augusto Madeira, Gillray Coutinho, José Mauro Brant, Isio Ghelman e Rodrigo França mantêm o nível das atuações nas alturas e arrancam risadas. Também no palco, um quarteto de instrumentistas escolta o elenco ao longo de treze divertidas músicas. Direção de Aderbal Freire-Filho (110min). 12 anos. Teatro Poeira (150 lugares). Rua São João Batista, 104, Botafogo, ☎ 2537-8053. Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 80,00 (balcão) e R$ 100,00 (plateia). Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). IC. Até 31 de março. Reestreia prometida para quinta (3).

✪✪ MEDEA EN PROMENADE, de Clara de Góes. A atriz Guta Stresser faz sua estreia profissional na direção com este drama inspirado na tragédia grega Medeia, de Eurípides. Vanessa Pascale vive a protagonista, que mata os próprios filhos para se vingar da traição do marido. A trama joga luz sobre o período em que, após ser banida de sua cidade, ela vaga sem rumo. Em seu caminho, ela encontra uma antiga criada (Márcia Laviola) e é obrigada a confrontar-se com a mulher por quem seu marido se apaixonara (Ana Bugarim) — a quem ela também atacou por vingança, deixando terríveis marcas em seu corpo. Francisco Taunay faz as vezes de corifeu. É ele quem manipula ou entrega aos personagens os adereços cênicos que fazem referência ao sangue derramado na história, uma ideia boa, mas que ora se dilui na encenação, ora distrai o espectador. Com destaque para Ana Bugarim, o elenco não compromete, mas fica aquém da extraordinária carga dramática sugerida pela história (60min). 12 anos. Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas (40 lugares). Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa, ☎ 2224-3922. Sexta a domingo, 21h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 19h (sex. a dom.). Até 13 de janeiro. Reestreia prometida para sexta (4).

✪✪✪✪ MILTON NASCIMENTO — NADA SERÁ COMO ANTES — O MUSICAL, de Charles Möeller e Claudio Botelho. Incentivados pelo êxito de Beatles num Céu de Diamantes, que fez temporadas sucessivas desde a estreia, em 2008, Möeller e Botelho dão um passo além neste tributo musical a Milton Nascimento. Mais uma vez, não há uma linha de diálogo no espetáculo. Toda a força da peça reside na seleção de 43 composições do cantor, a exemplo de Clube da Esquina Nº 2, Maria Maria, Cais e Nada Será Como Antes, lindamente arranjadas por Délia Fischer. A pianista integra o equilibrado elenco de catorze atores-cantores animados por coreografias e, algumas vezes, sutis dramatizações das letras. Evocativo de Minas Gerais, o cenário de Rogério Falcão embeleza a cena. Arranjos instrumentais de Délia Fischer e vocais de Jules Vandystadt. Direção dos autores (90min). Livre. Teatro Clara Nunes (499 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 3º piso, Gávea, ☎ 2274-9696. Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 80,00 (lateral) e R$ 110,00 (central). Bilheteria: a partir das 14h (qui. a dom.). IC. Estac. (R$ 6,00 por duas horas). Até 3 de março. Reestreia prometida para sexta (4).

← NÓS SEMPRE TEREMOS PARIS, de Artur Xexéo. Dois anos depois de homenagear a atriz Sônia Mamede (1936-1990) em A Garota do Biquíni Vermelho, Xexéo volta à dramaturgia nesta comédia romântica sobre os encontros e desencontros de um casal vivido por Françoise Forton e Luiz Nicolau (substituindo Tadeu Aguiar), tendo a capital francesa como pano de fundo. Os músicos Roberto de Brito (violão e baixo), Talita Pereira (percussão) e Priscilla Azevedo (teclado e acordeão) acompanham os atores ao longo de doze canções de Charles Trenet, Edith Piaf e Charles Aznavour, entre outros. Resgatar esse belo — e hoje um tanto esquecido — repertório é uma ideia ótima, mas que infelizmente naufraga em sua execução. O texto é tão frágil que justifica a suspeita de que tenha sido pensado apenas como escada para a trilha sonora. Mas mesmo essa deixa a desejar, com atores muito aquém do brilho das músicas, ainda mais desvalorizadas por arranjos pobres. O cenário mambembe também não ajuda. Direção musical de Marcelo Nogueira e direção de Jacqueline Laurence. (50min). Livre. Teatro das Artes (457 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 2º piso, Gávea, ☎ 2540-6004. Quarta a sábado, 19h. R$ 60,00. Bilheteria: a partir das 15h (qua. a sáb.). Cc: M e V. Cd: M e V. IC. Estac. (R$ 6,00 por duas horas). Até 28 de fevereiro. Reestreia prometida para quarta (2).

✪✪✪ ORÉSTIA, dramaturgia de Patrick Pessoa a partir da obra de Ésquilo, com tradução de Alexandre Costa e Patrick Pessoa. Longe dos palcos havia cinco anos, a atriz Malu Galli idealizou esta montagem da tragédia do grego Ésquilo (525-456 a.C.). Além de integrar o elenco, ela dirige em conjunto com Bel Garcia a encenação. Trilogia composta de Agamênon, Coéforas e Eumênides, a histórica obra trata da sangrenta maldição que se abate sobre a família do rei Atreu, envolvida em um ciclo de mortes aparentemente interminável. O grande mérito da montagem está na maneira ousada de conciliar intervenções modernas com o respeito ao clássico. O exemplo mais evidente disso é o coro: largamente valorizado por Ésquilo, dominando muitas vezes mais da metade do texto de suas peças, o conjunto teve sua importância preservada. No espetáculo, canta músicas cujas letras foram tiradas diretamente da obra do autor grego, mas embaladas por melodias de Romulo Fróes, compositor badalado da cena paulistana, e Cacá Machado. Os figurinos de Claudia Kopke e Marina Franco e a cenografia de Afonso Tostes produzem efeito semelhante ao trazer referências ao tempo atual, sem, no entanto, situar a montagem em uma época específica. Por vezes, a recorrência de certos cacoetes de teatro contemporâneo pode aborrecer a plateia, mas tal sensação é diluída principalmente pela força do elenco, formado ainda por Daniela Fortes, Gisele Fróes, Júlio Machado, Luciano Chirolli e Otto Jr., alternando-se entre o coro e os personagens (100min). 16 anos. Casa de Cultura Laura Alvim — Teatro (245 lugares). Avenida Vieira Souto, 176, Ipanema, ☎ 2332-2016. Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 40,00 (qui. e sex.) e R$ 50,00 (sáb. e dom.). Bilheteria: a partir das 16h (qui. e sex.); a partir das 15h (sáb. e dom.). Até 27 de janeiro. Reestreia prometida para quinta (3).

✪✪✪ TARJA PRETA, de Adriana Falcão. Leia em Veja Rio Recomenda. Direção e adaptação de Ivan Sugahara (60min). 14 anos. Centro Cultural Justiça Federal (142 lugares). Avenida Rio Branco, 241, Centro, ☎ 3261-2550, ? Cinelândia. Quinta a domingo, 19h. R$ 30,00. Bilheteria: a partir das 16h (qui. a dom.). Até 27 de janeiro. Reestreia prometida para quinta (3).

✪✪✪ RAZÕES PARA SER BONITA, de Neil LaBute. A comédia dramática é a terceira peça da trilogia em que o autor americano discute o tema das aparências — as outras duas, A Forma das Coisas e Gorda, já foram montadas no Brasil. Ingrid Guimarães vive Steph, uma mulher que fica sabendo que seu namorado, Greg (Gustavo Machado), comentou com um amigo que acha o rosto dela comum. O fato gera uma crise no relacionamento. Melhor amigo de Greg, o cafajeste Leo (Marcelo Faria) namora Carla (Aline Fanju), que enfrenta dificuldades por ser muito bonita. Não se trata do melhor texto de LaBute, mas, como de hábito, o dramaturgo levanta questões pertinentes — aqui, notadamente, sobre a preocupação excessiva com aquilo que os outros pensam de nós. No elenco, a ala masculina tem atuações corretas, em sintonia com seus personagens. Ingrid alterna bem um tom mais dramático com o registro cômico que lhe deu fama. A surpresa, no entanto, é Aline, enternecedora mesmo em um papel coadjuvante, como a moça linda e só aparentemente segura de si. Direção de João Fonseca (100min). 14 anos. Teatro dos Quatro (402 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), 2º piso, Gávea, ☎ 2274-9895. → Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 70,00 (qui. a dom.) e R$ 80,00 (sáb.). Bilheteria: a partir das 15h (qui. a dom.). IC. Estac. (R$ 6,00 por duas horas). Até 24 de fevereiro. Reestreia prometida para quinta (3).

TAMBÉM QUERIA TE DIZER — CARTAS MASCULINAS, de Martha Medeiros. Correspondências extraídas do livro Tudo que Eu Queria Te Dizer, de Martha, são compiladas neste monólogo dramático, o primeiro da carreira do ator Emilio Orciollo Netto. Em primeira pessoa, ele relata experiências de seis homens, abrangendo visões sobre temas como culpa, traição, sexo, aborto e morte. Direção de Victor Garcia Peralta (60min). 12 anos. Midrash Centro Cultural (50 lugares). Rua General Venâncio Flores, 184, Leblon, ☎ 2239-1800. Sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 50,00. Bilheteria: a partir das 18h (sáb. e dom.). Até 31 de março. Reestreia prometida para sábado (5).

✪✪✪ TIM MAIA — VALE TUDO, O MUSICAL, de Nelson Motta. Sucesso estrondoso na temporada teatral de 2011, o musical é uma adaptação da biografia Vale Tudo — O Som e a Fúria de Tim Maia, de Nelson Motta. Tiago Abravanel, revelação a bordo do papel-título, agora se divide entre as sessões com Danilo de Moura, que estrelou a peça na temporada paulistana. A produção repassa a trajetória de Tim Maia (1942-1998) em um amplo painel que inclui passagens como a temporada em que o cantor viveu nos Estados Unidos, sua parceria com Roberto Carlos e sua conversão à seita Cultura Racional, entre outras. Completam o entrosado elenco Isabella Bicalho, Lilian Valeska, Pedro Lima, Andreh Vieri, Bernardo La Roque, Reiner Tenente, Evelyn Castro, Pablo Ascoli, Aline Wirley e Leticia Pedroza. No palco, são onze números executados de forma contagiante por uma banda com sete músicos — sucessos como Do Leme ao Pontal, Azul da Cor do Mar e Não Quero Dinheiro. Direção de João Fonseca e direção musical de Alexandre Elias (160min). 14 anos. Theatro Net Rio — Sala Tereza Rachel (789 lugares). Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping dos Antiquários), 2º piso, Copacabana, ☎ 2147-8060, ? Siqueira Campos. → Quinta a sábado, 20h30; domingo, 20h. R$ 100,00 (balcão) e R$ 150,00 (frisa ou plateia). Bilheteria: 10h/22h. Cc: D, M e V. Cd: todos. IR. Estac. (no shopping, Rua Figueiredo Magalhães, 598, R$ 10,00 a primeira hora, mais R$ 5,00 a fração). Até 24 de fevereiro. Reestreia prometida para quinta (3).

ÚLTIMA SEMANA

✪✪✪ DZI CROQUETTES EM BANDÁLIA, de Ciro Barcelos. Um dos remanescentes do grupo que, com sua mistura de música, humor e androginia, sacudiu o showbiz brasileiro nos anos 70, Barcelos assina o texto e a direção deste musical. A ideia de trazer a trupe para os dias de hoje esbarra numa incontornável sensação de anacronismo. Na trama, oito jovens atores meio desiludidos decidem viver uma experiência teatral baseada na filosofia dos Dzi. Para tanto, eles contam com a ajuda de um dos integrantes da formação original — o próprio Barcelos, fazendo o papel dele mesmo — e começam a montar números musicais inspirados na estética do grupo. Resumida a duas cenas curtas e sem conclusão alguma, a história dos rapazes não diz muito a que veio. As ressalvas não obscurecem o brilho daquilo que aqui realmente importa: os números, interpretados com carisma, humor e impressionante vigor físico. A trilha inclui composições do autor, mas também passa por sucessos de Titãs e Mamonas Assassinas. Outros dois ex-Dzi estão envolvidos com a produção: Bayard Tonelli, no elenco, e Claudio Tovar, responsável pelos esfuziantes figurinos (75min). 16 anos. Estreou em 16/10/2012. Teatro do Leblon — Sala Marília Pêra (417 lugares). Rua Conde Bernadotte, 26, Leblon, ☎ 2529-7700. Quinta a sábado, 21h; domingo, 20h. R$ 80,00. Bilheteria: a partir das 15h (sex. a dom.). Cc: D, M e V. Cd: todos. IC. Estac. (R$ 4,00 a cada meia hora). Até domingo (6).

EXPOSIÇÕES

ÚLTIMA SEMANA

✪✪✪ ANTONIO BOKEL. Transfiguração do Rastro é o nome da individual do artista plástico que marca a abertura do projeto Espaço Experimental, nas galerias laterais do Centro de Arte Hélio Oiticica. Com curadoria de Bruno Garcia e Rodrigo Elias, a mostra reúne obras produzidas desde 2005, dispostas em dois conjuntos. Revisitando seus primeiros trabalhos, Bokel apresenta, em um ambiente mais escuro, seis pinturas com técnica mista e dez desenhos que mostram deformações do real, rostos desfigurados, além de intervenções urbanas como grafite e colagens. Nessa segunda lista, um dos destaques é a série Cuba x New York (2008), de seis desenhos sobre papel. Outro espaço, uma sala branca, abriga produções recentes, como duas esculturas de bronze e cimento ? uma delas é parte da instalação Sua Verdade ?, e quatro pinturas de grandes dimensões, a exemplo do díptico Ouro de Tolo (2012). Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica ? Espaço Experimental. Rua Luís de Camões, 68, Centro, ☎ 2232-4213 e 2242-1012. Terça a sexta, 11h às 18h; sábado, domingo e feriados, 11h às 17h. Grátis. Até quinta (3). Fecha na terça (1º).

✪✪✪ BRUNO PELLERIN. Fotógrafo de eventos como o Festival de Cannes e queridinho de grifes, a exemplo de Yves Saint Laurent, Dior, Chanel e Paco Rabanne, Pellerin apresenta Os Bastidores da Moda, com 39 fotografias em preto e branco sobre o universo da alta-costura francesa. Na seleção de imagens, Carla Bruni, ex-modelo, cantora e mulher do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, aparece retratada segurando um cachorrinho no camarim. Curadoria de Bruno Stefani. Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, ☎ 2253-1580. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até domingo (6). Fecha na terça (1º).

DANIEL ACOSTA E DANIEL MURGEL. A convite de Mauro Saraiva, programador responsável pela sala A Contemporânea, do CCBB, a dupla, que até então não se conhecia, criou a única obra da mostra O Sacrifício pela Vida na Guarita (Sacredfishyousystem). Com a intenção de abordar a questão dos sistemas de segurança, Acosta e Murgel exibem duas guaritas de isopor, suspensas em cantos opostos do ambiente, além de plantas irrigadas por um mecanismo que retira água de dois aquários com peixes, esvaziando os recipientes aos poucos. Lâmpadas piscando, como em um alarme, completam a cena. Centro Cultural Banco do Brasil ? Sala A Contemporânea. Rua Primeiro de Março, 66, Centro, ☎ 3808-2020. → Terça a domingo, 9h às 21h. Grátis. Até domingo (6). Fecha na terça (1º).

✪✪✪✪ MÁRIO DE ANDRADE ? CARTAS DO MODERNISMO. Com curadoria de Denise Mattar, a mostra reúne um acervo bem completo e variado sobre um dos protagonistas do movimento modernista: o escritor Mário de Andrade (1893-1945). São exibidas 22 cartas originais enviadas pelo autor de Macunaíma para Portinari e outras quinze recebidas por ele de nomes como Tarsila do Amaral e Brecheret. Também são apresentadas trinta obras de expoentes do modernismo brasileiro, a exemplo de Di Cavalcanti, Cícero Dias, Ismael Nery, Lasar Segall e Tarsila do Amaral. Completam a exposição uma instalação interativa e o documentário Mário: um Homem Desinfeliz, de Adilson Ruiz, com duração de 25 minutos, além de uma linha do tempo sobre fatos da vida do homenageado. Uma caixa de correio permite ao visitante deixar uma carta para o escritor ? e, adiante, receber de brinde uma cópia de um dos textos de sua farta correspondência. Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, ☎ 2253-1580. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até domingo (6). Fecha na terça (1º).

MARTA JOURDAN. Com uma câmera fotográfica de alta velocidade, que registra até 1?000 quadros por segundo, a artista desenvolveu as obras apresentadas em Súbita Matéria. Uma delas é a enorme projeção de uma cena protagonizada pela performer Carol Cony. Para compor o filme, Marta usou mais de 20?000 litros de água, que batem contra o corpo da atriz, e provocou várias explosões ? imagens velozes, mas aqui captadas em detalhes que o olho humano não é capaz de perceber normalmente. Também são apresentadas 21 fotografias, sendo duas sequências pinçadas de cenas do filme, três esculturas e seus cadernos de estudo, nos quais ela revela um pouco de seu processo criativo, através de desenhos, storyboards e projetos. R$ 1?000,00 a R$ 15?000,00. Galeria Artur Fidalgo. Rua Siqueira Campos, 143 (Shopping dos Antiquários), lojas 147/150, Copacabana, ☎ 2549-6278. Segunda a sexta, 10h às 19h; sábado, 10h às 14h. Grátis. Até sábado (5). Fecha na segunda (31) e na terça (1º).

✪✪✪ PHOTO WEB 2011. Quarenta e sete registros dos três vencedores da segunda edição do prêmio Photo Web, que teve como tema Viver na França, Viver no Brasil, estão na mostra. O mineiro Vinícius Leandro Terror apresenta Portão: uma Janela Resplandecente Aberta sobre o Litoral do Nordeste, série de doze imagens clicadas a partir do mesmo ângulo: uma janela com um varal, na qual muda apenas a imagem ao fundo. Olivia Gay Larrayadieu, francesa, expõe O Corpo do Outro, retratando, em onze fotografias, o uso do véu por motivos religiosos ou culturais. Os Vaqueiros, de Luis Tadeu Vilani, reúne doze imagens em preto e branco sobre o universo dos criadores de gado do Rio Grande do Sul. Além deles, é exibido o trabalho coletivo dos fotógrafos do programa Imagens do Povo, ligado ao Observatório de Favelas. Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí , 20, Centro, ☎ 2253-1580. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até domingo (6). Fecha na terça (1º).

✪✪✪✪ ROBERTO BURLE MARX ? A FIGURA HUMANA NA OBRA EM DESENHO. Apesar de ter se aventurado diversas vezes pelas artes plásticas, foi nos projetos paisagísticos que Burle Marx (1909-1994) fez de seu nome uma referência. Ele concebeu, por exemplo, as áreas verdes do Aterro do Flamengo e do MAM, o Eixo Monumental, em Brasília, e o Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Uma faceta menos conhecida de sua obra é apresentada nesta mostra, com 138 trabalhos. O rico acervo de ilustrações, em boa parte desconhecido do grande público, abrange a produção de Burle Marx dos tempos de juventude ? ele tinha 20 anos quando desenhou Autorretrato, com carvão ? à década de 40. As obras estão divididas em dois grupos. No primeiro encontram-se retratos, cenas familiares que evidenciam traços mais acadêmicos, desenhos em nanquim e nus, como Duas Figuras Humanas, feita com crayon. A segunda seção destaca exemplares da série Cenas de Bar, em que o autor descortina encontros boêmios em bares e restaurantes, a exemplo de Pessoas em Volta da Mesa, também a carvão. Centro Cultural Correios. Rua Visconde de Itaboraí, 20, Centro, ☎ 2253-1580. Terça a domingo, 12h às 19h. Grátis. Até domingo (6). Fecha na terça (1º).

SILVIO BARROS. O Mundo Inteiro de Novos Dias, primeira individual do carioca Silvio Barros, está em cartaz na Tatlin_Loja de Ação Estética, na Lapa. A mostra do artista, um dos criadores do encontro de música e poesia CEP 20?000, ao lado de nomes como Michel Melamed, Chacal e Guilherme Zarvos, reúne dois objetos de aço e dez pinturas sobre suportes variados. R$ 70,00 a R$ 80?000,00. Tatlin_Loja de Ação Estética. Rua do Senado, 338, Lapa, ☎ 9176-5806. Segunda a sexta, 10h às 20h. Grátis. Até domingo (6). Segunda (31) até 18h; fecha na terça (1°).

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