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Estoque de vacinas contra febre amarela está reduzido no Rio

A secretaria informou que aguarda reposição, cuja responsabilidade de compra e distribuição é do Ministério da Saúde

Por Agência Brasil
3 fev 2017, 15h25

Pouco mais de uma semana após anunciar a chegada de 150 mil doses da vacina contra a febre amarela no município do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde admitiu que o estoque já está reduzido nas unidades de atenção primária. A secretaria informou que aguarda reposição, cuja responsabilidade de compra e distribuição é do Ministério da Saúde.

No Rio de Janeiro, muitos buscam a vacina para viajar ao exterior, já que alguns países exigem o Certificado Internacional de Vacinação contra a Febre Amarela para turistas brasileiros. No Centro Especial de Vacinação Dr. Álvaro Aguiar, no centro do Rio, um dos poucos postos que emitem o certificado internacional, as doses para esta sexta (3) já haviam se esgotado no meio da manhã.

Foram distribuídas 60 senhas que rapidamente se esgotaram. Quem chegou depois, terá que retornar em outro dia. É o caso da aposentada Dirlene Machado, que viajará para a Bolívia na primeira quinzena de abril e também não conseguiu se vacinar.

“Fiz tudo direitinho, como deve ser feito. Trouxe declaração médica, já que tenho 67 anos e preciso dela para ser vacinada, procurei me informar de quem não podia ser medicada, caso das pessoas que têm alergia a ovos e derivados, etc. O jeito é voltar em outros dias até conseguir”.

Outro que não conseguiu se vacinar foi o motorista de ônibus Gilmar dos Santos, que viajará para Ouro Preto durante o carnaval e tenta receber a vacinar desde quinta (2). “É complicado porque venho de Jacarepaguá até aqui e não encontro vacina. Eu já vim ontem e ainda foi pior, pois foram distribuídas apenas dez senhas. Menos mal que a minha empresa compreende e me libera esses dias. Mas e quem não pode perder um turno ou faltar ao trabalho, como fica?”, indagou.

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Para a guia de viagem Larissa Newton, muitas pessoas estão correndo aos postos de saúde sem a necessidade de se vacinar e, com isso, o estoque de vacinas está reduzido. “As pessoas não se informam direito, apenas ouvem por alto que há um surto de febre amarela em determinada região e ficam nesse desespero, nessa histeria coletiva para se vacinar sem motivo. Aí, quem necessita fica exposto? Eu viajarei para a Jamaica e lá exigem o certificado internacional de vacinação. E agora? Se as vacinas acabarem, não sei como vai ser. Tinham que estabelecer limites nisso”, disse.

Em nota, a Secretaria de Saúde fez questão de reforçar que só devem se vacinar pessoas que tenham passado por avaliação e tenham indicação médica para receber a dose, assim como as pessoas que estão com viagem agendada para locais com casos da doença. A vacina contra a febre amarela não está isenta de provocar efeitos colaterais e, por isso, deve ser aplicada com cautela, após a devida avaliação do paciente e apenas nos casos indicados. A secretaria lembrou que o Ministério da Saúde dá prioridade às áreas de risco e o Rio não é uma delas.

 

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