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Ensino a distância ganha espaço entre estudantes de graduação

Com sua relevância reconhecida pelo mercado de trabalho, midalidade de ensino ganha espaço com custo competitivo e conteúdo de qualidade

Por Fernando Rosenthal
Atualizado em 2 jun 2017, 12h22 - Publicado em 31 out 2015, 00h00

Estudante de administração da Universidade Estácio de Sá, Isaque de Oliveira Ferreira, 23 anos, escolheu o próprio quarto como o lugar ideal para assistir às aulas da faculdade. Morador de São João de Meriti, o rapaz é o primeiro de sua família a cursar o ensino superior. Mas, em vez de optar pela cansativa rotina de idas e vindas até uma das unidades da Estácio na capital, decidiu-se pelo ensino a distância. Pela internet, ele tem acesso a vídeos, documentos, fóruns, ferramentas de mensagens e e-mails que disponibilizam todo o conteúdo acadêmico. Também se vale do computador para tirar dúvidas com professores selecionados especialmente para acompanhar alunos sem condições de marcar presença na faculdade todos os dias. “Graças ao ensino a distância consegui chegar aonde cheguei. Mas, para mim, esse é só o começo de uma longa história de sucesso”, comemora Isaque. O esforço já traz bons resultados. Ele passou recentemente por um rigoroso processo seletivo para um estágio no Banco Losango e faz planos para o futuro: quer ser executivo e atuar na área de gestão de pessoas.

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Isaque é parte de um contingente de aproximadamente 6 milhões de estudantes que adotaram o ensino a distancia para obter um diploma universitário ou uma especialização acadêmica. Em geral, são pessoas que escolheram as aulas pelo computador por uma questão de conveniência — seja pelo fato de morarem ou trabalharem em locais distantes das escolas, seja por terem uma rotina que dificulta a frequência de um curso regular. O engenheiro mecânico Gabriel Pinto, de 33 anos, atua na exploração de petróleo em águas profundas, alternando a rotina do escritório no Rio com temporadas em navios ou plataformas de perfuração. Seu objetivo para o próximo ano é terminar o MBA em gestão empresarial, da Fundação Getulio Vargas Online. “O importante é que não existe nenhuma distinção entre quem faz um curso a distância e quem estuda na instituição presencialmente. Todos ­saem com o mesmo diploma da FGV”, explica o estudante.

Para as pessoas pouco familiarizadas com os cursos via internet pode parecer estranho o fato de um aluno se dedicar às aulas no horário e no local que bem entender, sem ter colegas ao lado nem um professor, ao vivo, à sua frente — o que, pelo senso comum, seria uma nítida desvantagem. Na verdade, os estudantes que aderem a essa modalidade de ensino acabam desenvolvendo habilidades específicas. Entre eles, são mais elevados, por exemplo, os indicadores de disciplina, flexibilidade, capacidade de trabalho em equipe, bem como é maior a destreza na utilização de ferramentas de tecnologia da informação. “Por precisarem escrever mais, os estudantes também acabam por ter uma capacidade de expressão escrita mais desenvolvida”, explica Stavros Xanthopoylos, vice-diretor da Fundação Getulio Vargas/Idei. Outra vantagem é o custo, que fica entre 20% e 40% mais baixo que o convencional.

Engenheiro
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Pessoas que buscam cursos de graduação gratuitos dispõem de pelo menos 7 000 vagas oferecidas anualmente pelo governo estadual em quinze carreiras nas universidades públicas fluminenses. Trata-se de um programa gerido pelo Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. A lista de instituições participantes é extensa — Cefet, Uenf, Uerj, UFF, UFRJ, UFRRJ e Unirio, entre elas. Assim que ingressa nessas instituições, o estudante recebe todo o material didático, nas formas on-line e impressa, e é avaliado em atividades presenciais (provas) e a distância, em datas e horários predeterminados. As inscrições para o próximo concurso podem ser feitas até o dia 15.

Aluna
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Se no ambiente universitário o ensino a distância já se tornou corriqueiro, a modalidade agora começa a ganhar força entre as escolas preparatórias para o vestibular e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A estudante Camila Bandeira, 19 anos, moradora da Vila Valqueire, na Zona Oeste, sempre sonhou em fazer uma faculdade de comunicação social. Com a crise econômica, entretanto, ela viu minguar suas chances de estudar para as provas de admissão no ensino superior em um cursinho privado. Ansiosa e preocupada em não perder tempo na preparação para o Enem, realizado na semana passada, a jovem encontrou no curso on-line QG do Enem uma opção de custo acessível e com conteúdo de qualidade. “O valor foi bem mais baixo do que o do presencial. Pude revisar e aprender o conteúdo de forma rápida, principalmente aquilo em que mais tinha dificuldade, como as disciplinas de química e biologia”, explica Camila. A receita para o sucesso nesse caso não é muito diferente da dos cursos tradicionais: basta que o estudante tenha foco nos objetivos que pretende atingir.

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