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Crivella retoma o projeto do Autódromo de Deodoro

Prefeito resgata uma promessa de seu antecessor que entrou para a lista de pegadinhas olímpicas

Por Pedro Tinoco
Atualizado em 11 mar 2017, 12h28 - Publicado em 11 mar 2017, 12h28

O ronco dos motores, em carros de modelos e cores variados que se alinhavam no jardim do Palácio da Cidade, funcionou como uma comemoração, um “hip, hip, hurra!” das máquinas potentes. Lá dentro da sede da prefeitura, em Botafogo, na tarde da quarta-feira (8), Marcelo Crivella anunciou a disposição de construir um novo autódromo, no bairro de Deodoro. Os mais ligados ao assunto vão lembrar que, de boas intenções, como a do prefeito, o ferro-velho está cheio. A destruição do antigo e histórico circuito de corridas carioca, em 2012, foi condicionada à simultânea inauguração de seu sucessor no terreno agora mencionado pelo prefeito — o que não aconteceu.

O Autódromo de Jacarepaguá, fundado em 1966, palco da estreia de Ayrton Senna (1960-1994) na Fórmula 1 e de vitórias do piloto e do arquirrival brasileiro Nelson Piquet, andava em mau estado nos últimos anos. Foi abaixo para dar lugar a instalações do Parque Olímpico. Mesmo maltratado, o complexo demonstrava sua força: em 2010, dois anos antes de sumir do mapa, recebeu mais de 50 000 pessoas, eufóricas para acompanhar uma prova da Fórmula Truck (caminhões em disparada). De olho nesse potencial turístico, Crivella retomou a ideia, propondo-se a assinar um procedimento de manifestação de interesse (PMI), documento que viabiliza a realização das obras com dinheiro privado. A iniciativa conta com o apoio da Frente Parlamentar em Defesa do Novo Autódromo do Rio, liderada pelo vereador Carlo Caiado (DEM) e formada por 45 entidades ligadas ao automobilismo. Vizinho do Parque Radical, herança da Rio 2016, o terreno escolhido tinha entraves ambientais (há ali um pedaço intocável de Mata Atlântica) e problemas de segurança (como área militar, guardaria explosivos em seu subsolo), obstáculos hoje superados. Ainda entre o sonho e o factoide, estima-se que a realização de um projeto desse porte custe, por baixo, 200 milhões de reais. No Palácio da Cidade, já se falava do interesse de um grupo empresarial representado pelo alemão Hermann Tilke, o engenheiro por trás de circuitos criados na Áustria, na China e no Bahrein e da reforma da pista de Hockenheim, na Alemanha, em 2002. Acelera, Crivella!

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