Cor, Luz e Movimento e Inventário da Paixão
Duas coletivas vinculadas ao Prêmio Marcantonio Vilaça ocupam o Museu Histórico Nacional
AVALIAÇÃO ✪✪✪✪
Um dos mais importantes galeristas e colecionadores do Brasil, o pernambucano Marcantonio Vilaça (1962-2000) atuou intensamente como mecenas, ajudando a lançar talentos nacionais e doando obras de seu acervo a instituições de todo o mundo. Assim, é natural que uma celebração de dez anos da premiação que leva seu nome festeje também a arte brasileira. É o que acontece em Inventário da Paixão e Cor, Luz e Movimento, coletivas em cartaz no Museu Histórico Nacional, vinculadas ao Prêmio Marcantonio Vilaça – e que marcam o lançamento de sua quinta edição. A primeira mostra é uma homenagem ao próprio Vilaça, reunindo 61 trabalhos de 36 artistas cuja carreira ganhou visibilidade através do marchand. O acervo privilegia amplamente brasileiros, muitos deles estrelados, a exemplo de Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Angelo Venosa, Daniel Senise, Lygia Pape e Nuno Ramos. Os suportes são os mais variados: há desde fotografias da série Imagens de Arame (1995), de Vik Muniz, até telas de Luiz Zerbini, como a bela A Ilha (1995), além de esculturas, objetos, gravuras e obras em técnica mista. Em Cor, Luz e Movimento, o homenageado é Abraham Palatnik, um dos pioneiros da arte cinética no país. São apresentadas dez de suas criações, dos famosos objetos cinéticos a pinturas que enganam os olhos, dando a impressão de movimento. Outros catorze nomes comparecem com 33 peças que revelam pontos de contato com a obra de Palatnik. Curioso exemplo dessa relação é Isto Não É uma Lâmpada (2013), de Claudio Alvarez, acionada por um motor elétrico.
Museu Histórico Nacional. Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro, ☎ 2550-9220. → Terça a sexta, 10h às 17h30; sábado, domingo e feriados, 14h às 18h. O espaço estará fechado em dias de partida no Maracanã e de jogo do Brasil na Copa do Mundo. R$ 8,00 (ter. a sáb.). Grátis aos domingos. Até sábado (12).