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Cinco programas imperdíveis para o fim de semana

Confira a seleção especial de VEJA RIO para deixar seu fim de semana ainda mais animado

Por Da Redação
Atualizado em 2 jun 2017, 13h17 - Publicado em 11 dez 2013, 19h39

Indicado ao Prêmio Shell pelo texto de Conselho de Classe, ótima comédia apresentada recentemente no Espaço Sesc e na Sede das Cias, o dramaturgo carioca Jô Bilac volta a acertar neste intrigante drama em cartaz no Oi Futuro Flamengo somente até domingo (15). Composta de três monólogos escritos em anos distintos, a encenação é estruturada de forma inovadora: Rita Clemente, Viniciús Arneiro e Inez Viana são não apenas os atores que dão vida às histórias, mas também respondem, cada um deles, pela direção de um dos segmentos da peça. Sob a batuta de Inez, Rita abre os trabalhos com Amanda, texto concebido em 2009 sobre uma mulher que vai, progressivamente, perdendo seus sentidos, mas mantém segredo a respeito de seu estado. Em Luiz Guilherme, de 2011, Arneiro encarna, dirigido por Rita, um moribundo preso às ferragens de um carro após um acidente. Finalmente, Arneiro conduz Inez em Valquíria, texto de 2013 no qual se acompanha a rotina de uma mulher em exaustiva preparação para correr a São Silvestre. A rigor, as tramas não guardam relação entre si, mas há pelo menos um ponto notoriamente comum: defrontados com situações-limite, todos os personagens refletem sobre seu respectivo estado em um jorro de palavras que remete a um fluxo contínuo de pensamento, evocando o nome do espetáculo. Trata-se de uma abordagem que, vale avisar, pode causar alguma estranheza no espectador afeito a uma dramaturgia mais convencional. Felizmente, porém, o resultado encontra a justa medida para não descambar em hermetismo estéril. A ordem dos monólogos, mais do que cronológica, sugere uma progressão, desde a contenção resignada de Amanda, passando pela tentativa de superação da imobilidade de Luiz Guilherme até a agitação contagiante de Valquíria ? climas estabelecidos em cena à custa de um afinado entrosamento entre diretores e atores. Deve-se destacar ainda a excelente cenografia do estúdio Radiográfico, dos designers Olivia Ferreira e Pedro Garavaglia, única para os três monólogos e valorizada pela iluminação de Tomás Ribas. Mais evocativa do que literal, reúne funcionalidade e beleza (70min). 14 anos.

Oi Futuro Flamengo (63 lugares). Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo, ☎ 3131-3060, Largo do Machado. Quinta a domingo, 20h. R$ 20,00. Bilheteria: a partir das 14h (qui. a dom.). Até domingo (15).

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No fim dos anos 50, o crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981) propôs a Tomie Ohtake uma curiosa empreitada: a produção de telas com os olhos vendados. A ideia de privar a pintora do sentido mais utilizado na realização de suas criações se revelou condizente com sua trajetória. Nascida em Kyoto, no Japão, e radicada em São Paulo desde os anos 30, ela vinha desenvolvendo uma obra que já se espraiava para além da figuração. De olhos tampados quase o tempo todo ? em alguns momentos, retirava a venda, olhava o resultado e, novamente sem enxergar, retomava a pintura ?, criou cerca de quarenta peças para essa série. Dedicado a estudos sobre a artista há mais de quinze anos, o crítico e curador Paulo Herkenhoff garimpou esses trabalhos em instituições e coleções particulares. Vinte e três belos exemplares estão reunidos na exposição Pinturas Cegas, em cartaz no Museu de Arte do Rio. Surgidas entre 1959 e 1962, as criações sem título trazem uma evanescente e elegante composição de pinceladas, em abordagem distinta daquela linha mais geométrica que Tomie vinha desenvolvendo até então. Observadas a distância, algumas ainda provocam um curioso efeito óptico, confundindo-se com mármore. Um trabalho de 2009, que evoca um olho, completa a seleção da artista, que acaba de fazer 100 anos e é reconhecida como um dos maiores nomes do abstracionismo no país.

Museu de Arte do Rio. Praça Mauá, s/nº, Zona Portuária, ☎ 2203-1235. Terça a domingo, 10h às 18h. R$ 8,00. Grátis às terças. Meia-entrada para estudantes de escolas particulares e universitários. De quarta a domingo, grátis para alunos e professores da rede pública, crianças de até 5 anos e pessoas com mais de 60 anos. Até 2 de fevereiro.

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Há pouco mais de um ano, os Titãs deram a partida nos festejos de 30 anos de carreira com uma reedição de Cabeça Dinossauro (1986), marco na trajetória do grupo. Desde então, o show inspirado no disco ganhou edição em DVD e teve ingressos esgotados em todos os lugares por onde a turnê passou. Mas nem só de passado vivem Paulo Miklos (voz e guitarra), Tony Bellotto (guitarra), Sérgio Britto (voz, teclado e baixo), Branco Mello (voz e baixo), remanescentes da formação original, e o convidado Mario Fabre (bateria). Na sexta (13), o quinteto volta ao Circo Voador para apresentar uma prévia de Titãs Inédito, com lançamento previsto para o começo do próximo ano. Sem lançarem um álbum inteiro de novidades desde Sacos Plásticos, de 2009, eles mostram na Lapa dez composições fresquinhas. Ao vivo, as recém-chegadas Mensageiro da Desgraça, Não Pode e Terra à Vista dividem espaço com atrações antigas menos óbvias, como Dona Nenê e 32 Dentes. 18 anos.

Circo Voador (2?000 pessoas). Arcos da Lapa, s/nº, Lapa, ☎ 2533-0354. Sexta (13), 22h. R$ 100,00. Desconto de 50% com a apresentação do e-flyer, ou 1 quilo de alimento não perecível. Bilheteria: 12h/19h (ter. a qui.); a partir das 12h (sex.). IC.

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Com direção de Cristina Moura, responsável por montagens bem-sucedidas, a exemplo do infantil O Menino que Vendia Palavras, e Emilio de Mello, a peça é uma adaptação do livro Nós, da premiada escritora e ilustradora Eva Furnari. Curiosos objetos reciclados são utilizados na encenação da história de Mel (Daniele do Rosário, mulher de Emilio) e, de forma sutil, contribuem para o recado principal do espetáculo: tudo pode ser transformado. A menina, habitante da pequena cidade de Pamonhas, sofre com a implicância dos amigos e moradores por viver rodeada de borboletas. Seu drama é externado na forma de nós, que passam a surgir pelo seu corpo a cada palavra reprimida. A protagonista, em seguida, embarca em uma viagem pelas terras de Merengue. Lá, encontra Kiko, Maria Toledo 40 Nós no Dedo, Zé Barafunda Nó na Corcunda e Hortência Nó na Consciência, divertidos personagens que vão ajudá-la a encarar os problemas não como uma barreira, mas como um degrau para o crescimento. Na lista de acertos do espetáculo ainda figuram os amigos Eneida (Carolina Pismel) e Paulo Henrique (Leandro Daniel Colombo), arrancando risadas com suas brincadeiras, e o efeito encantador do manto azul gigante usado para cobrir a plateia na cena em que Mel mergulha no mar (60min). Rec. a partir de 4 anos. Estreou em 16/11/2013.

Oi Futuro Ipanema (95 lugares). Rua Visconde de Pirajá, 54, Ipanema, ☎ 3131-9333. Sábado e domingo, 16h. R$ 15,00. Bilheteria: a partir das 14h (sáb. e dom.). Até dia 22.

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Massagista em Los Angeles, Eva (Julia Louis-Dreyfus) vai de casa em casa diariamente para prestar seus serviços. Essa cinquentona divorciada e mãe de uma adolescente ainda quer encontrar uma cara-metade. É quando, numa festa, conhece Albert (James Gandolfini). Dias depois, eles jantam juntos e rola uma química, sobretudo por uma afinidade no humor. Albert trabalha num arquivo de seriados de TV e, grandalhão, barrigudo e careca, não se assemelha a um príncipe encantado. O romance segue em frente até Eva descobrir algo comprometedor a respeito do namorado. Diretora e roteirista, Nicole Holofcener já havia acertado em seus dois longas-metragens anteriores: Amigas com Dinheiro e Sentimento de Culpa. E esta comédia romântica leva certa vantagem. Além de situações e diálogos críveis, a graciosa história tem a maturidade dos personagens combinada às incertezas das paixões adolescentes. Direção: Nicole Holofcener (Enough Said, EUA, 2013, 93min). 14 anos. Estreou em 6/12/2013.

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