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Cinco jovens saíram para se divertir e foram assassinados por PMs

 O carro em que os amigos entre 16 e 25 anos estavam foi alvejado por mais de 100 tiros e por pouco o crime não foi enquadrado como auto de resistência

Por Pedro Tinoco
Atualizado em 5 dez 2016, 11h38 - Publicado em 5 dez 2015, 00h00

Para comemorar o primeiro salário, oriundo do trabalho no Atacadão de Guadalupe, Roberto de Souza Penha, 16 anos, convocou a galera: seus amigos Carlos Eduardo Souza (16), Cleiton Correa de Souza (18), Wesley Castro Rodrigues (25) e Wilton Esteves Domingos Júnior (20). No Palio de Júnior, a turma partiu para o Parque de Madureira. Mais tarde, a caminho de um lanche no subúrbio de Costa Barros, eles foram assassinados por policiais militares. No enterro coletivo, dois dias depois da tragédia, na segunda-feira 30, amigos e familiares expressavam uma mistura doída de tristeza e indignação. Essa reação deveria se espalhar para muito além do círculo de pessoas próximas das vítimas e inspirar mudanças na segurança pública. Responsável pela área, o 41º Batalhão, recordista estadual em mortes em confronto, teve seu comandante destituído. Os quatro PMs envolvidos nas execuções foram presos em flagrante por homicídio qualificado e fraude processual. Eles são acusados de mudar a cena do crime para dar a entender que enfrentaram criminosos — e, assim, justificar o disparo de 111 tiros, 81 de fuzil e trinta de pistola. Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão do governo do estado, apontam 243 autos de resistência registrados no município nos primeiros nove meses deste ano. No mesmo período, em 2014, houve 177 mortes decorrentes de “homicídio cometido por policial ao encontrar resistência do perseguido”. A lista macabra cresce alimentada por moradores de áreas carentes como Costa Barros, o penúltimo bairro carioca no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Até quando?

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