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Cariocas que utilizam a arte para promover a inclusão social

Reunimos personagens que, por meio de diferentes ações, mostram que não há limites para a arte

Por Thaís Meinicke
Atualizado em 2 jun 2017, 12h28 - Publicado em 3 set 2015, 14h06

Desde abril de 2013, a VEJA RIO dedica um espaço em suas páginas para mostrar a história de moradores o Rio que promovem iniciativas voluntárias em prol da cidade e de seus habitantes. É a coluna Carioca Nota Dez que, desde então, já retratou projetos relacionados aos mais variados temas, como música, tecnologia, esportes, saúde… E, como não poderia ser diferente, a arte também estampou nossas páginas como uma ferramenta de inclusão e transformação social. Selecionamos aqui cinco personagens que merecem destaque por suas ações ligadas à arte. Conheça sua história:

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Thomaz Velho, designer

Um curso de desenho no Parque Lage foi a porta de entrada de Thomaz Velho para o mundo das artes plásticas, aos 14 anos. Agora, duas décadas mais tarde, ele utiliza técnicas de pintura, escultura e outras manifestações artísticas para a recuperação de jovens infratores, internos do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), ligado ao governo do estado. O primeiro resultado desse trabalho, iniciado em outubro de 2013, teve como vitrine as ruas da cidade, quando instalações criadas com móveis grafitados foram distribuídas por pontos nobres, como a Praça Sibélius e o Parque dos Patins, para divulgar a peça teatral Edukators, baseada em filme cult do austríaco Hans Weingartner. “Foi uma empreitada com cliente, prazo e metas, sem muito espaço para idealizações ou romantismo. Assim, eles aprenderam na prática como funciona o mercado que pode acolhê-los um dia”, explica. Clique para saber mais sobre o projeto.

Daniel Azulay, desenhista

Daniel Azulay
Daniel Azulay ()
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Com óculos arredondados e um sorriso inconfundível, o desenhista Daniel Azulay é uma das principais referências quando se trata de educar com arte. Criador da divertida Turma do Lambe-Lambe, que passou pela TV e por revistas em quadrinhos e completou quarenta anos em 2014, e apresentador de programas educativos nas décadas de 70 e 80, o ex-advogado é responsável por um projeto destinado a crianças e adolescentes carentes. Criado em julho de 2000, o Crescer com Arte nasceu dos inúmeros pedidos de bolsas de estudo que ele recebia em sua escola de desenho. Com base no que chama de alfabeto visual, didática que estimula o desenvolvimento da coordenação motora e reprodução de desenhos através da observação, ele então gravou seus ensinamentos no formato de videoaulas, que foram divididas em dois módulos com vinte temas cada um. Clique para saber mais sobre o projeto.

Panmela Castro, artista visual

Panmela Castro
Panmela Castro ()

O casamento foi uma experiência traumática para a artista visual Panmela Castro. Passados os primeiros meses, a relação se degenerou em agressões cometidas pelo marido, de quem se separou depois de ter sido mantida em cárcere privado por ele. Na ocasião, ela foi à polícia denunciá-lo, mas a Lei Maria da Penha ainda não existia e nada foi feito. Por quatro anos, Panmela conviveu com a frustração da impunidade de seu agressor até que, em 2008, fundou a Rede Nami, projeto que se vale da arte urbana para promover os direitos das mulheres. “Criei o programa porque queria que outras vítimas não demorassem tanto tempo para se manifestar. Deixei de ser uma jovem alienada, que não tinha noção de seus direitos, e me transformei em uma mulher consciente e ativista de uma causa”, resume. Clique para saber mais sobre o projeto.

Marcelo Andriotti, ator

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Marcelo Andriotti
Marcelo Andriotti ()

Andriotti comanda a ONG Favela Mundo, iniciativa que já atendeu mais de 900 crianças e jovens de 44 bairros e comunidades cariocas. De tão bem-sucedido, o programa foi escolhido para ser exposto em Nova York, em um encontro promovido pela ONU e voltado a transformadores sociais de diversos países. Era o único representante brasileiro em 100 projetos selecionados entre mais de 140.000 inscritos do mundo todo. Sem uma sede fixa, o Favela Mundo começou as atividades em 2010, em um espaço emprestado, atendendo às comunidades do Complexo do Alemão. Desde então, já passou por diversos bairros do Rio. “Num primeiro momento, pensei só nas aulas de teatro, que é o que sei fazer, mas, colocando a ideia no papel, percebi que precisava realizar algo mais abrangente.” Foram incluídas, então, aulas de dança, violão, circo, desenho e maquiagem artística. Clique para saber mais sobre o projeto.

Tânia Piloto, designer e arte-terapeuta

Tânia Piloto
Tânia Piloto ()

Publicitária de formação, Tânia Piloto encontrou no design, ao mesmo tempo, uma vocação profissional e uma alavanca para uma iniciativa solidária. Tudo começou por causa de um hobby: a coleção de máquinas fotográficas analógicas. Foi através dessa atividade que, em 2010, ela conheceu Emika Takaki, arquiteta e doutora em urbanismo, de quem se tornaria amiga e a quem acompanharia em eventos ligados a fotografia. Com materiais que Tânia já tinha em casa, a dupla começou a produzir alças para as câmeras, despretensiosamente. Logo, porém, os acessórios fizeram sucesso entre os amigos, e as duas decidirem criar juntas a marca …com Lola (grafada assim mesmo, com reticências). Originalmente voltadas apenas para produtos dirigidos a fotógrafos, as amigas resolveram personificar Lola em uma simpática bonequinha de pano, que logo estamparia itens como canecas e blocos. Seria o ponto de partida para um trabalho social. Criado em 2012 e batizado como Brincando… com Lola, o projeto já realizou trinta sessões gratuitas de arte-terapia — área em que Tânia também é formada — com crianças de abrigos, orfanatos, creches, escolas e programas sociais do Estado do Rio, a maioria na capital. Clique para saber mais sobre o projeto.

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