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Carioca nota dez: José Alípio Machado

O comerciante José Alípio Machado oferece corte gratuito de barba e cabelo a moradores de rua

Por Carolina Barbosa
Atualizado em 5 dez 2016, 12h48 - Publicado em 13 ago 2014, 18h20

Quando jovem, o tijucano José Alípio Machado, 45 anos, sonhava com o dia em que concluiria o curso de direito, o que de fato se tornou realidade há duas décadas. Mas não demorou muito para que ele logo se desinteressasse da profissão e guardasse o Código Civil na gaveta. Três anos depois de formado, decidiu virar empresário e comprou a primeira de duas lojas especializadas em produtos para salões de beleza, no entorno da Praça Tiradentes, no Centro. Bem-sucedido, resolveu criar em um espaço vago em uma de suas lojas um curso profissionalizante de barbeiro. Em um ano, quinze alunos passaram por lá, mas o total de beneficiados pela iniciativa é muito maior e chega à casa das centenas. Esse número corresponde à quantidade de pessoas ? a maioria moradores de rua ou de favelas ? que recebem corte gratuito executado pela turma.

“É comum eles chegarem de roupa suja, mas todos saem muito felizes com a nova aparência”

A ideia de atender o público carente surgiu diante de uma dificuldade bem específica: como a região onde o centro de treinamento está localizado fica às moscas depois das 18 horas, horário do início das aulas, Machado começou a convidar os moradores de rua que frequentam a área para experimentar as sessões de pente e tesoura conduzidas por seus pupilos. Deu tão certo que o local agora vive apinhado, com fila se formando nos dias de curso, antes mesmo de as portas serem abertas. “No começo, íamos às ruas em busca de pessoas. Hoje, elas já sabem quando fazemos o atendimento”, conta o comerciante. “Tem gente que volta sempre. É como se tivéssemos criado uma carteira de clientes”, completa.

Por enquanto, a filantropia se restringe ao corte de cabelo dos voluntários carentes, mas o plano é, no início de 2015, oferecer bolsas de estudo para alunos da nova turma que se iniciará. Além disso, Machado pretende buscar parceiros para instalar o projeto nas favelas da cidade. “Com esse serviço, conseguimos levantar a autoestima dos beneficiados, que se sentem valorizados”, diz. “Às vezes eles chegam com a roupa suja, mas todos saem felizes com a nova aparência.”

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