Numa cidade viva e pulsante como o Rio, é natural que uma novidade surja a cada dia, que um bar diferente aconteça, que um point supere em badalação aquele outro que até ontem mesmo era ?o? lugar. Nesse vaivém de modas e costumes, muita coisa boa vai ficando pelo caminho, e só de olhar a foto (de Maria Bethânia se apresentando lá, em 2009) já bate aquela saudade ? do Canecão, fechado em 2010 após longa disputa de seus proprietários contra a UFRJ, dona do terreno. Desde os anos 60, a casa servia de palco e caixa de ressonância para centenas de cantores. Agora existem estabelecimentos certamente com mais estrutura ? para quem canta e para quem vê ?, mas que ainda engatinham nos quesitos charme, tradição e história, a exemplo do Citibank Hall e do Vivo Rio. Há quem diga que a velha cervejaria (sim, o Canecão foi cervejaria) um dia pode acabar abrindo de novo, no formato de centro cultural.