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Calor aumenta número de ataque de abelhas na cidade

As altas temperaturas desde o começo de 2015, as maiores em três anos, elevam também o número de ataques dos insetos na cidade

Por Saulo Pereira Guimarães
Atualizado em 5 dez 2016, 12h11 - Publicado em 16 Maio 2015, 01h00

Era para ser mais um domingo de brincadeiras no Parque Lage. Tudo corria bem até que, na tarde do último dia 26, a pequena Beatriz foi picada por uma abelha enquanto desenhava com os coleguinhas. A princípio, a região do ferimento ficou ligeiramente avermelhada. “No dia seguinte, o braço dela, que parece o da Olívia Palito, estava igual ao do Popeye”, brinca a jornalista Clara Passi, mãe da menina de 6 anos. Após duas consultas médicas, três dias sem escola e doze dias tomando antialérgico, Bia passa bem. Esse, no entanto, não foi um caso isolado. Desde o início de abril, há registros de outros episódios semelhantes em áreas como praças e parques. A explicação tem a ver com o clima. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, o começo de 2015 foi o mais quente dos últimos três anos. Com isso, a atividade nas colmeias fica mais intensa e esse tipo de acidente tende a se tornar mais comum. “Não se trata de uma infestação, porque os próprios animais realizam o controle populacional”, esclarece Geisler Vanil, técnico agrícola do Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico. “Mas o calor faz com que os insetos fiquem mais inquietos”, explica.

Responsável pela remoção das colmeias, a Defesa Civil registrou a retirada de mais de 1 000 ninhos em bairros como Barra, Botafogo, Grajaú e Jacarepaguá. Em quatro meses, é mais da metade do total de chamados contabilizados em todo o ano passado, quando foram feitos 1 848 atendimentos. Além de promoverem a remoção, a fim de espantar os insetos, especialistas indicam certos cuidados para evitar possíveis ataques. Não se recomenda o consumo de alimentos com aroma marcante, como café e chá, que podem atrair os insetos, assim como se deve manter as lixeiras fechadas. Outra dica é usar aromatizantes à base de pimenta e limão no ambiente, por funcionarem como uma espécie de repelente. Quando acontece a picada, há algumas recomendações a seguir (veja o quadro abaixo). No caso de pessoas alérgicas como Bia, porém, o indicado é procu­rar atendimento médico de imediato. O inchaço, mesmo que aparentemente inofensivo, pode causar o fechamento da glote e provocar asfixia.

Primeiros socorros

Como proceder de imediato no caso de uma picada

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– Remova o ferrão com uma lâmina para não espalhar a substância contida nele, que pode atrair mais insetos

– Coloque gelo no local do ferimento: isso ajuda a reduzir a dor causada pela picada e a diminuir o inchaço

– Pessoas alérgicas devem procurar atendimento o mais rápido possívelpara que sejam medicadas

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