Bia Willcox dá aulas de inglês gratuitamente a crianças carentes

Há cerca de um mês, a empresária, educadora e jornalista pôs-se à disposição para ajudar as crianças carentes que são atendidas pelo Isai, em Laranjeiras

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 5 dez 2016, 11h16 - Publicado em 11 jun 2016, 01h00

Bia Willcox, fundadora e CEO do curso de inglês Wowl (com unidades em Ipanema e Icaraí, em Niterói), sempre quis fazer um trabalho social, mas nunca soube muito bem como começar. Até que conheceu o Instituto Sociedade Amante da Instrução (Isai), fundado em 1829, em Laranjeiras. Resultado: há cerca de um mês, a empresária, educadora e jornalista pôs-se à disposição para dar aula de inglês às 188 crianças carentes que são atendidas pela entidade. “Elas desfrutam a mesma metodologia e o mesmo material que os alunos do Wowl, têm aula gratuita duas vezes na semana, com duração de 45 minutos cada uma, e estão bem empolgadas”, conta Bia, que divide a tarefa de ensinar com outros professores. A turma é formada por meninos de 5 e 6 anos, e Bia acredita que, se conseguir dar prosseguimento ao trabalho, daqui a dez anos a garotada estará apta a falar um segundo idioma.

“Meu desejo é abrir a janela da motivação. Isso é mais importante do que ensinar a língua”

As aulas são sempre divertidas e contextualizadas. No seu primeiro contato com os alunos, por exemplo, a professora levou um globo terrestre e disse: “Existe um mundo muito maior do que este em que vocês moram, e o inglês será o seu passaporte”. “É uma forma de dar esperança”, acredita. “Meu desejo é abrir a janela da motivação. Isso é mais importante do que ensinar a língua”, diz Bia. “Procuro trazer a vivência deles para a sala de aula, trabalho os seus sentimentos.” Bia, no entanto, não pretende dar apenas esperança. “Quero, por meio do inglês, desenvolver o pensamento crítico, estimular a reflexão e a consciência cidadã. Sempre levanto questões, como ‘Por que Pinóquio mente sem motivo?’, ‘Como vocês estão se sentindo hoje?’, e por aí vai”, discorre a empresária, que pretende ampliar o projeto. “Estou tirando dinheiro do meu bolso para as despesas do curso no Isai, mas quero buscar apoio e patrocínio de empresas para atender mais crianças e, assim, mudar a realidade da minha cidade.”

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