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Andrew Lenz fundou centro educacional para jovens da Rocinha

O espaço é voltado para jovens de 12 a 19 anos e as aulas são gratuitas

Por Heloíza Gomes
Atualizado em 3 jan 2017, 21h31 - Publicado em 2 jan 2017, 16h47

O americano Andrew Lenz chegou ao Rio em 1998, aos 17 anos. Aqui, aprendeu a escalar e tornou-se guia e instrutor profissional de alpinismo. “A atividade virou a minha paixão. Aí, decidi dividir isso com pessoas que não teriam as mesmas oportunidades. Os cursos não costumam ser acessíveis e os equipamentos não são baratos”, diz Lenz, de 35 anos. O antigo desejo virou realidade em 2010, quando ele fundou o Centro de Escalada Urbana (CEU), na Rocinha. O espaço é voltado para jovens de 12 a 19 anos, as aulas são gratuitas e quem conclui o curso básico (com duração de oito semanas) ainda ganha um kit, com cadeira, sapatilhas e capacete. “Durante muitos anos, o projeto andou devagar, porque os pais tinham certa desconfiança. O começo foi difícil, tanto que tínhamos apenas dois alunos”, relembra.

“Os alunos ficam mais confiantes e passam a ter maior capacidade de resolver os próprios problemas”  

Atualmente, o CEU está em plena atividade. Uma vez por semana, quinze jovens assistem à aula, cuja duração varia de quatro a cinco horas. “Alguns alunos já estão sendo reconhecidos, participando e ganhando competições. E há dois ex-alunos que viraram monitores do projeto”, revela o instrutor, que conta apenas com doações de outros apaixonados pelo esporte. “Até este ano, escalávamos na rocha mesmo. Mas ganhamos do Comitê Olímpico da Áustria um muro artificial, com 12 metros de altura e 11 de comprimento, o que nos ajudou muito”, diz.

Animado com a doação, Lenz prepara-se para expandir o projeto. “Estamos montando um muro de escalada em um galpão no Santo Cristo. E, em 2017, vamos oferecer o curso para as comunidades da região”, adianta o americano, feliz com os resultados. “A escalada ajuda a desenvolver a autoconfiança e o trabalho em equipe e a enfrentar o medo. E, no final, o objetivo é aplicar tudo isso na vida. A gente vê a mudança na postura dos alunos, que ficam mais confiantes, passam a se sentir parte de algo e a ter maior capacidade de resolver os próprios problemas”, explica o instrutor, que só exige que os jovens estejam estudando.

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